ACERVOS E COLEÇÕES
O Museu do Doce preserva uma série de objetos que tem origem nas tradições doceiras de Pelotas e região, como também de peças que se relacionam direta ou indiretamente com essas tradições. O doce local como fenômeno cultural que se reconhece por meio desses diversos suportes e registros, ganha narrativas e representações a partir das diferentes articulações possíveis entre esses conjuntos. É parte da rotina do museu, do aperfeiçoamento de sua estrutura de acondicionamento e protocolos de documentação/catalogação e de guarda, que são também desenvolvidos processos investigativos em torno das peças de modo a potencializar as qualidades comunicacionais do acervo.
Todas as coleções preservadas no Museu do Doce surgiram a partir de doações realizadas pela comunidade. Algumas dessas coleções devem sua conformação a partir de expressivos conjuntos com origem em um único doador. Frequentemente o museu recebe doações individuais de peças que dialogam com as coleções já existentes. Interessados em realizar doações de peças para o acervo do museu devem contatar a instituição por meio do e-mail: museudodocedaufpel@gmail.com
Atualmente são seis as coleções preservadas, além de duas subcoleções. Essas divisões materializam uma organização contextual para as peças, bem como oferecem uma marca distintiva por grupo de objetos (sigla) para a documentação gerada sobre o acervo. Em 2019 iniciou-se ainda uma coleção referente a doces industrializados com origem em tradições e modelos de produção diversos e com origem em outras regiões, tendo surgida a partir de doações recebidas para a realização da exposição temporária intitulada “De Madeleines e Pirulitos: o doce na infância”.
Identificada pela sigla “DA”. Esta coleção é formada por fotografias, documentos e objetos tridimensionais provenientes de doceiras e doceiros responsáveis pela produção de doces em sua casa, seja para uso privado ou comercial em pequena escala.
Identificada pela sigla “FDFr”. O acervo ligado a esta coleção é oriundo das fábricas de doces de frutas de Pelotas e região, principalmente pelas fábricas de compotas de frutas e de doces em pasta e cristalizados.
Representada pela sigla “FDF”. Ela está relacionada à produção de doces finos por empresas que comercializam este produto em grande escala. Esses empreendimentos detêm uma importância emblemática para a economia do município uma vez que geraram e ainda geram diversos empregos.
Identificada pela sigla “CF”. O acervo é oriundo das antigas e atuais confeitarias de Pelotas e região. As confeitarias são percebidas no Museu do Doce como locais de sociabilidade, pontos de encontro na cidade, local onde decisões políticas foram tomadas e muitos dos rumos da região foram planejados.
Identificada pela sigla “Fenadoce”. A coleção possui objetos bi e tridimensionais oriundos da Organização da Feira. A 1ª Fenadoce aconteceu em 1986, e em 2019 teve sua 27ª edição, com a marca de 246 mil visitantes e a comercialização de um milhão e trezentos mil doces durante os 19 dias do evento.
Identificada pela sigla “CCM”. São objetos relacionados ao prédio que abriga o museu, tombado pelo IPHAN desde 1977. O casarão foi construído em 1878 para abrigar a família do Conselheiro do Império Francisco Antunes Maciel.