Políticas de enfrentamento à COVID-19
O governo federal não tem se preocupado com a população LGBTQIA+, principalmente agora no que se refere ao combate ao coronavírus. A população LGBTQIA+ já é mais vulnerável ao desemprego e à depressão, sendo uma das que mais sofre com a violência dentro de casa, tudo isso piora durante a pandemia e o confinamento.
O Brasil continua sendo o país que mais mata travestis e transexuais no mundo e, no primeiro semestre deste ano, aumentou em 39% o número de casos de assassinatos.
A saúde da população LGBTQIA+
também precisa de maior atenção. Pessoas LGBTQIA+ têm menos acesso à saúde de qualidade (e planos de saúde) e estão mais vulneráveis à ansiedade, depressão e suicídio. Agora, com todos os esforços voltados ao combate do coronavírus, a atenção do sistema de saúde a outras infecções fica comprometida.
O estigma e a falta de acesso ao tratamento fazem com que pessoas que vivem com HIV desenvolvam a AIDS, e muitas delas são LGBTQIA+.
Além do mais, a população LGBTQIA+ tem maior probabilidade de trabalhar em setores altamente afetados pela crise do COVID-19, muitas estão desempregadas, desenvolvem trabalho informal, autônomo ou sexual (como é o caso de grande parte das travestis). Essa situação ainda se agrava quando consideramos pessoas LGBTQIA+ nos presídios.
A comunidade artística LGBTQIA+ e demais trabalhadoras da Cultura também foram muito afetadas pela crise do coronavírus. Sem contar a dificuldade no acesso e na aprovação do auxílio emergencial, o que coloca as pessoas LGBTQIA+ em grande risco.
Algumas iniciativas e redes de apoio
Durante a pandemia, muitas ações coletivas têm sido realizadas para ajudar diferentes grupos. Você ficou sabendo de alguma ação que beneficie pessoas LGBTQIA+?
Separamos uma lista, assim, você pode ficar por dentro!
A campanha LGBTs contra a covid 19, aqui em Pelotas/RS, que tem arrecadado material de higiene, roupas e alimentos e distribuído à população LGBTQIA+ da cidade. No dia 28 de junho, dia do orgulho LGBTQIA+, a campanha realizou um Drive Thru de arrecadação.
A Solidariedade em Ação, da Associação Igualdade RS, tem arrecadado doações e ajudado pessoas trans e travestis da cidade de Porto Alegre que estão passando por dificuldades durante a pandemia.
Projeto Balaio, que ajuda pessoas que vivem com HIV e pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade em São Paulo.
A campanha #FortaleçaUmaPessoaTrans, que reúne coletivos para arrecadar dinheiro e ajudar homens e mulheres trans neste período de quarentena.
O programa USP Diversidade, em São Paulo, vinculado ao Núcleo de Direitos Humanos da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), que trabalha na criação e fortalecimento de ações e de políticas de diversidade que combatem o preconceito e a discriminação.
Outra iniciativa é da CASA Nem, também em São Paulo, que é um abrigo e que está acolhendo pessoas que estão em situação de rua neste momento de pandemia.
O Distrito Drag que tem convocando toda população para soltar um acuézinho (dinheiro) e contribuir para o Fundo de Apoio Emergencial a artistas LGBTI+ do Distrito Federal
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