O Passo dos Negros,
localizado às margens do canal São Gonçalo, é um desses territórios que se constrói e reconstrói, por meio de várias histórias, narrativas e memórias. Na época das charqueadas, o Passo dos Negros, foi um importante porto.
Local de travessia do gado, de fiscalização, de cobrança de impostos e de comercialização de pessoas escravizadas. Também foi muito importante na época do arroz.
Hoje é um lugar vivido e construído
por várias famílias, algumas que estão ali há muitas gerações, outras nem tanto tempo assim. Todas, por meio de suas vidas, tornam aquele território sua casa.
Queremos que diferentes elementos do Passo dos Negros, como a Ponte dos Dois Arcos, o Engenho Cel. Pedro Osório, as figueiras centenárias e o caminho das tropas virem oficialmente patrimônios, para que possam ser conhecidos, reconhecidos e preservados. Estes patrimônios são importantes marcos da cidade de Pelotas, pois contam histórias das comunidades negras, de trabalhadoras e trabalhadores, de fé, de lutas, de opressões, de vitórias e de resistências, ao longo do tempo.
O patrimônio de uma cidade deve reconhecer muitos grupos, sem privilegiar alguns, deve valorizar diferentes temporalidades e espacialidades.
Patrimônio sem gente não faz sentido!
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