LEUR e FAUPEL iniciam projeto de Cartografia Social das Hortas Urbanas em Pelotas

O Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais (LEUR) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o Fórum de Agricultura Urbana de Pelotas (FAUPEL), deu início ao projeto de extensão “Cartografia Social das Hortas Urbanas em Pelotas”, uma iniciativa voltada ao reconhecimento, valorização e fortalecimento das práticas de agricultura urbana e periurbana no município.

Em reunião realizada no LEUR, na segunda-feira (10/11/25), com a participação do coordenador do laboratório, professor Sidney Gonçalves Vieira e dos integrantes Samuel de Jesus Cabral e Janice Jara Dutra, juntamente com o coordenador do Fórum de Agricultura Urbana de Pelotas (FAUPEL) professor Alceone Silveira, foram estabelecidas as bases da proposta. Agora, o grupo vai buscar os interlocutores institucionais e comunitários para dar seguimento à proposta.

A proposta tem como objetivo mapear e descrever as hortas urbanas existentes na cidade, identificando seus modos de organização, vínculos comunitários e contribuições para a soberania e segurança alimentar. Mais do que um levantamento técnico, o projeto adota a metodologia da cartografia social, que envolve a participação direta das comunidades na construção coletiva do conhecimento sobre seus territórios produtivos.

Por meio dessa abordagem participativa, a equipe busca não apenas localizar as hortas, mas também compreender seus significados sociais e ambientais, destacando o papel que essas iniciativas exercem na sustentabilidade urbana, na educação ambiental e no fortalecimento de redes solidárias de produção e consumo de alimentos.

A ação integra ensino, pesquisa e extensão universitária, reafirmando o compromisso da UFPel com o desenvolvimento sustentável e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável, 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis e 17 – Parcerias e Meios de Implementação.

O projeto prevê a realização de visitas de campo, oficinas participativas e a criação de um mapa público colaborativo, que permitirá acompanhar a evolução das hortas urbanas e fortalecer o diálogo entre universidade, poder público e sociedade civil.

Produção de Cartas Funcionais com o Emprego de Bancos de Dados

Curso/Oficina Começa dia 08/10

O Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais (LEUR/UFPEL) em colaboração com o Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPERR), da UNESP/Presidente Prudente, estará oferecendo um treinamento para uso dos bancos de dados do Cadastro Nacional das Atividades Econômicas (CNAE/IBGE) e Cadastro Nacional dos Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE/IBGE) na elaboração de cartas funcionais.

A atividade faz parte das ações do projeto Paisagens Alimentares e visa criar cartas para identificação da localização de estabelecimentos que comercializam alimentos em Pelotas, tendo em vista detalhar os mapas de pântanos e desertos alimentares.

O treinamento será ministrado por professores de diversas universidades participantes dos grupos de pesquisas envolvidos:

Docentes Ministrantes:

Arthur Magon Whitacker

Universidade Estadual Paulista, Unesp

Graduado (Bacharelado e Licenciatura), Mestre e Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui Pós-Doutoramento pela Universidade do Porto e estágios de pesquisa em outras universidades estrangeiras. Desenvolve atividades de docência, pesquisa e extensão junto ao Departamento de Geografia e ao Programa de Pós-Graduação em Geografia nessa mesma Universidade, lecionando em diversos cursos de graduação, no mestrado acadêmico e no doutorado. É investigador associado do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), da Universidade do Porto, pesquisador do Grupo de Pesquisa sobre Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPERR), da Unesp, e pesquisador da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe). Atua principalmente nas áreas de Geografia do Consumo, Geografia Urbana, Urbanismo e Planejamento Urbano com pesquisas sobre produção do espaço urbano, estruturação urbana, morfologia urbana, centralidade intraurbana e cidades médias. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa Nível 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.

 Heloísa Mariz Ferreira

Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ

Possui Graduação em Geografia (2013) pela FCT/Unesp – Campus de Presidente Prudente, Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geografia de Presidente Prudente (2018), na linha de pesquisa Produção do Espaço Urbano e atualmente realiza pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com bolsa do Edital Pós-doutorado Nota 10, da FAPERJ. Membro do Grupo sobre Reestruturação Urbana e Centralidade (GRUCE) e da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe). Tem experiência na área de Geografia, especialmente Geografia Urbana, atuando nas linhas de produção do espaço urbano, centro e centralidade, reestruturação urbana, práticas espaciais de consumo, cidades médias, metropolização, subcentros e shopping centers.

 Késia Anastácio Alves da Silva

Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF

Professora na área de Geografia da População e Estudos Populacionais na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).Bacharel e licenciada em Geografia, com mestrado e doutorado em Demografia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Durante a pós-graduação, desenvolveu pesquisas sobre mobilidade espacial da população e suas relações com o processo de metropolização, tendo atuado como pesquisadora júnior no Centro de Estudos da Metrópole (CEM-CEBRAP).Realizou estágio de pós-doutorado no Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPER), no âmbito do projeto temático Fragmentação socioespacial e urbanização brasileira: escalas, vetores, ritmos e formas (FragUrb), com foco na linha de pesquisa centro, centralidade e mobilidade. Nessa etapa, investigou as transformações nas centralidades urbanas em diferentes cidades brasileiras (20182024).Durante o pós-doutorado, realizou também um estágio de pesquisa no exterior, no Centro de Estudios Demográficos (CED) da Universitat Autònoma de Barcelona, onde atuou em projetos sobre mobilidade residencial e produção das desigualdades socioespaciais.Tem experiência consolidada em estudos populacionais, com ênfase na distribuição espacial da população, urbanização, migração interna e metropolização. Atualmente, é também pesquisadora associada do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Laércio Yudi Watanabe Silva

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, SEDUC – SP

Universidade Estadual Paulista, Unesp

Licenciado (2022) e Mestre (2024) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Presidente Prudente, onde também cursa Doutorado na mesma área; é integrante do Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPERR) e atua como Professor de História e Geografia pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

 Letícia Aparecida Dias Carli

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, SEDUC – SP

Mestre em Geografia (2019) pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) – Campus de Presidente Prudente-SP. Possui licenciatura (2015) e bacharelado (2016) em Geografia pela mesma instituição. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) no período de 2014 a 2018. Participou do Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPERR) e da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe), na linha de pesquisa Produção do Espaço Urbano, com temas como: Cidades Médias, Produção do Espaço Urbano, Áreas Centrais, Índice de Densidade Informacional, entre outros. Atualmente trabalha como professora do ensino básico, ministrando aulas no ensino fundamental e médio e na educação de jovens e adultos (EJA).

 Natália Daniela Soares Sá Britto

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS

Doutora em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Possui experiência na área de Geografia Urbana, Econômica e Regional, com foco em pesquisas sobre reestruturação socioespacial, reestruturação econômica, reestruturação imobiliária, mercado de terras urbano e políticas habitacionais.

Vitor Koiti Miyazaki

Universidade Federal de Uberlândia, UFU

Graduado (2005), Mestre (2008) e Doutor (2013) em Geografia pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, campus de Presidente Prudente. Foi professor de educação básica da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e da rede privada de ensino. Desde 2009 é professor da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Campus Pontal, atuando no curso de graduação em Geografia (licenciatura e bacharelado) e no Programa de Pós-graduação em Geografia do Pontal – PPGEP. Também é docente permanente do Programa de Pós-graduação em Geografia (mestrado e doutorado) da Universidade Federal de Jataí – UFJ. É membro do Grupo de Pesquisa “Observatório das Cidades”, da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias – ReCiMe e do Grupo de Pesquisa “Produção do Espaço e Redefinições Regionais” – GAsPERR/UNESP, onde realizou estágio de pós-doutorado com bolsa da FAPESP. Foi coordenador do curso de graduação em Geografia da FACIP/UFU (2012-2014) e coordenador do Programa de Pós-graduação em Geografia do Pontal – PPGEP (2016-2017). Foi Assessor Especial da Reitoria no Campus Pontal (2021-2024). Tem experiência na área de Geografia Urbana, atuando principalmente nos temas: aglomeração urbana, morfologia urbana, rede urbana, desigualdades socioespaciais, comércio e consumo.

A programação do evento seguirá o seguinte cronograma:

TEMA 1 – 8 de outubro

“O Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE: definição, utilidades, pesquisas precursoras e exemplos de aplicação na Geografia Urbana e na Geografia do Consumo e do Comércio”

Vitor Koiti Miyazaki

Bibliografia Indicada:

MIYAZAKI, V. K. Estruturação da cidade e morfologia urbana: um estudo sobre cidades de porte médio da rede urbana paulista.  2013.  305f.  Tese (doutorado em Geografia).  Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista,Presidente Prudente, 2013.

PORTO-SALES, A. L.; COUTO, E. M. J.; WHITACKER, A. M.; SPOSITO, M. E. B.; MORENO, S.; MIYAZAKI, V. K. Pesquisa em Geografia urbana: desafios e possibilidades de análise espacial com o uso do Cadastro Nacional de Endereços para fins Estatísticos (CNEFE), Caderno Prudentino de Geografia, v. 2, p. 81-103, 2014.

PORTO-SALES, A. L. A Situação Espacial de Franquias na América do Sul: morfologia e centralidade urbanas em cidades médias da Argentina, Brasil e Chile. 2014. 299f. (doutorado em Geografia).   Presidente   Prudente, Universidade   Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2014.

SANTOS, G. C.; MIYAZAKI, V. K. Concentração de estabelecimentos em Ituiutaba-MG e Jataí-GO: contribuições a partir do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos do Censo Demográfico 2022 do IBGE. In: Simpósio Nacional de Geografia Urbana, 2024, Niterói-RJ. Anais do Simpósio Nacional de Geografia Urbana. Niterói-RJ: UFF, 2024. v. 18. p. 1-22.

TEMA 2 – 9 de outubro

“Metodologia e procedimentos para a produção de cartas funcionais a partir do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE: da organização de dados à produção de cartas funcionais”

“Procedimentos para produção de índices de densidade informacional na dimensão intraurbana: fundamentos e procedimentos”

Letícia Aparecida Dias Carli

Bibliografia Indicada:

CARLI, L. A. D. Inovações tecnológicas e mudanças em padrões locacionais de atividades de comércio e serviços: estudo sobre a configuração da centralidade em Ribeirão Preto – SP.  2019. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2019.

WHITACKER, A. M.; CARLI, L. A. D. . Densidad del territorio y densidad informacional. Lecturas del espacio de consumo en ciudades brasileñas. El caso de Riberão Preto. In: Maria Laura Silveira; Rodolfo Bertoncello; Josefina Di Nucci. (Org.). Ciudad, comercio y consumo: temas y problemas desde la Geografía. Buenos Aires, Argentina: Editorial Café de las ciudades, 2020, v. 1, p. 361-383.

TEMA 3 –  10 de outubro

“A CNEFE 2022 e o par centro-periferia na análise de unidades espaciais supramunicipais ou arranjos populacionais”

Laércio Yudi Watanabe Silva

 

Bibliografia Indicada:

SILVA, L. Y. W. Dispersão Urbana e Centralidade Interurbana na Aglomeração Maringá-Sarandi-Paiçandu/PR: Entre Continuidades Espaciais e Territoriais. Geoingá: Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Maringá, v. 17, n. 1, 2025. DOI: 10.4025/geoinga.v17i0.74984.

SILVA, L. Y. W. A CNEFE 2022 e o par centro-periferia no arranjo populacional Petrolina/PE-Juazeiro/BA. Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, Rio Claro, no prelo, 2025.

TEMA 4 – 14 de outubro

“Utilização do banco de dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE para delimitação e identificação do comércio e dos serviços de áreas centrais: relações de subordinação, concorrência e complementaridade em cidades policêntricas”

Heloísa Mariz Ferreira

 

Bibliografia Indicada:

DUARTE, H. da S. B. A cidade do Rio de Janeiro: descentralização das atividades terciárias. Os centros funcionais. Revista Brasileira de Geografia, v.36, n.1, 1974, p.53-98.

FERREIRA, H. M. O centro preexistente e o centro principal nas cidades policêntricas: transformações e permanências em Marília, Presidente Prudente e São Carlos-SP. 2018. 448 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2018.

TEMA 5 – 16 de outubro

“O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica como recurso metodológico para as pesquisas socioespaciais: potencialidades e limitações da Base de Dados Nacional”

Késia Anastácio Alves da Silva

Natália Daniela Soares Sá Britto

 

Bibliografia Indicada:

SILVA, K. A.; SÁ BRITTO, N. D. S. O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica como recurso metodológico para as pesquisas socioespaciais: potencialidades e limitações da base de dados nacional. Caminhos de Geografia, v. 25, p. 279-300, 2024.

ENCERRAMENTO – 21 de outubro

“A produção de cartas funcionais na Geografia Urbana e na Geografia do Comércio e Consumo: histórico, metodologias e exemplos de aplicação”

“O emprego de bancos de dados georreferenciados no mapeamento intraurbano: notas metodológicas e procedimentos operacionais”

Arthur Magon Whitacker

As vagas são limitadas. O curso deverá ser realizado de maneira síncrona com transmissão on line no LEUR e seguirá o seguinte cronograma:

Cronograma

Datas Período Tema Responsáveis
8/10 14h30 às 17h30 Tema 1 Vitor Koiti Miyazaki
9/10 14h00 às 17h00 Tema 2 Letícia Aparecida Dias Carli
10/10 14h00 às 16h30 Tema 3 Laércio Yudi Watanabe Silva
14/10 14h00 às 17h00 Tema 4 Heloísa Mariz Ferreira
16/10 14h00 às 17h00 Tema 5

Késia Anastácio Alves da Silva

Natália Daniela Soares Sá Britto

21/10 14h30 às 16h30 Encerramento Arthur Magon Whitacker

 

Para participar, preencha o formulário disponível AQUI.

O Brasil saiu do mapa da desnutrição crônica, não da fome, diz palestrante do XIX SEUR

 

Entrevista com o professor José Raimundo Ribeiro Jr., palestrante do XIX Seminário de Estudos Urbanos e Regionais.

Acesse o site do evento para maiores informações.

XIX SEUR – 1, 2 3 E 4 DE OUTUBRO DE 2025

Por José Cícero

28,5 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar no país, segundo relatório da ONU

O Brasil está fora do Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). Isso significa que menos de 2,5% da população está em situação de subnutrição, mas não que a fome acabou.

Segundo o relatório “O Estado da Insegurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)”, da ONU, entre 2022-2024, 28,5 milhões de pessoas estavam em condição de insegurança alimentar no Brasil. Sendo 21,4 milhões em situação moderada e 7,1 mi em nível grave.

O Brasil havia voltado para o Mapa da Fome em 2021. Além da pandemia de Covid-19 e do governo Bolsonaro, que esvaziou políticas públicas como o Plano de Aquisição de Alimentos (PAA), o geógrafo e professor da Universidade Federal do ABC, José Raimundo Ribeiro, estudioso da fome e da pobreza com teses de mestrado e doutorado na área, diz que o país saiu do mapa da desnutrição crônica, mas que ainda existe fome. A fome e a insegurança alimentar, ele explica, estão ligadas a políticas de emprego e renda, uma vez que a reforma trabalhista, a reforma previdenciária e o congelamento de salários, anos antes, no governo Temer, já haviam piorado a crise alimentar no Brasil.

Em entrevista à Agência Pública, Ribeiro, que também integra o Laboratório Justiça Territorial (Labuta), falou sobre a importância da saída do país do Mapa da Fome e os desafios que o Brasil ainda enfrenta para combater a insegurança alimentar.

De acordo com a ONU, a insegurança alimentar é medida com base na Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES), que classifica a severidade em dois níveis:

Moderada: Quando as pessoas enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e são obrigadas, em determinados períodos do ano, a reduzir a quantidade ou qualidade dos alimentos consumidos devido à falta de dinheiro ou outros recursos;
Grave: Quando as pessoas provavelmente ficaram sem alimentos, passaram fome e, no caso mais extremo, passaram dias sem comer, colocando em grave risco sua saúde e bem-estar.

O que significa a saída do país do Mapa da Fome? O brasileiro está comendo três refeições ao dia?

Para entender o que significa sair do Mapa da Fome, tem que olhar para três conceitos. O primeiro é o próprio conceito de fome, que tem uma grande disputa em torno dele.

Tem gente que acha que fome é quando a pessoa está esquelética, com os ossos à mostra. Quem deu essa definição de fome, em 2019, foi o próprio Bolsonaro. Ele falou assim: “não tenho fome no Brasil, não vejo ninguém magro”. Na medicina, essa medição de fome, que é muito restrita, bem pouco utilizada, é uma medição de fome pelo IMC, pelo Índice de Massa Corporal.

Então, a pessoa tem que estar muito magra pra ser considerada com fome. Esse é o estágio mais avançado. Se a gente pega um autor como Josué de Castro, que, lá nos anos 40 já falou assim: ó, tem um fenômeno que é a fome total, que é a inanição. A gente pode usar a ideia de fome total pra pensar o que Israel está fazendo com Gaza hoje. É, literalmente, matar de fome.

Mas o Josué falou assim, mas tem uma outra fome, que é a fome parcial ou oculta. É a fome daqueles que, mesmo comendo todo dia, morrem lentamente de fome. Eu gosto de falar usando essa expressão: vive uma vida inteira com fome.

Então, com o Josué, a gente abre o conceito de fome e pensa que a fome tem várias formas. É um fenômeno polimórfico. Tem mais de uma forma. Tem a fome total, mas tem a fome parcial ou oculta. E a gente pode pensar também que ela tem mais de uma forma com relação à duração dela.
Por que isso importa?

A saída do Brasil do Mapa da Fome, anunciada pela ONU, significa que menos 2,5% da população está subnutrida, mas ainda há desafios;
A insegurança alimentar ainda é uma realidade para 25,8 milhões de pessoas no país, aponta pesquisador.

Então é preciso entender a fome de uma forma mais ampla para entender se a população brasileira está bem ou mal alimentada? Existe um parâmetro único que é avaliado para entendermos melhor o que diz o Mapa da Fome?

Eu trabalho com o conceito de fome mais amplo, que fala sobre essa privação de alimentos. Mas sendo bem real, usando o nosso elemento aqui no Brasil, são três refeições por dia para se estar bem alimentado. Com três refeições que a pessoa levanta da refeição e se sente satisfeito. Porque também tem gente que vai diminuindo o tamanho da refeição pra poder fazer três por dia.

Tem um conceito que é o de desnutrição crônica. Desnutrição crônica é aquilo que está te aproximando daquela fome total. Desnutrição crônica para ONU, para FAO, é quem fica um ano inteiro consumindo menos de aproximadamente 1.800 calorias. É esse dado de desnutrição crônica que produz o Mapa da Fome. Então, o que aconteceu de fato, do meu ponto de vista, o Brasil saiu do mapa da desnutrição crônica.

Saiu do mapa que indica em quais países mais de 2,5% da população está em desnutrição crônica. Esse é um indicador criado nos anos 70 para captar a crise de fome em país com guerra, em país que está passando por catástrofes, em país que está completamente desorganizado.

Então, ele é um dado importante, porque ele fala de uma fome muito intensa. Uma vergonha que o Brasil tivesse feito parte até 2014. E de fato, é horrível que o Brasil tenha voltado para este Mapa da Fome.

Saímos do Mapa da Fome, mas ainda temos uma grande parte da população em insegurança alimentar. Pode explicar um pouco esse conceito?

Quando é pra falar sobre as experiências de fome das pessoas, eu acho insegurança alimentar um eufemismo que quer passar um certo ar técnico pro debate. Que aí você fala que insegurança alimentar não tem o mesmo impacto, o mesmo horror, que a palavra fome cria. Então, as primeiras escalas de insegurança alimentar, na verdade, o nome delas eram escalas de fome.

Elas foram desenvolvidas lá nos Estados Unidos por pesquisadores que perceberam que a fome estava aumentando, que esse indicador de desnutrição crônica não dava conta de ver a fome, e elas criaram escalas de fome. O que é uma escala de fome? É um questionário em que o pesquisador pergunta se certas experiências de fome estão presentes no domicílio.

É um método ótimo. É um método barato, é um método que indica com clareza, é um método que eu defendo. O problema é que na hora que ela foi virar uma escala oficial nos Estados Unidos, trocaram o nome. Ah, não vamos chamar de escala de fome, porque a gente vai produzir um dado que tem fome aqui, vamos falar que isso chama de insegurança alimentar.
Em foto de perfil, o estudioso da fome e da pobreza e geógrafo e professor da Universidade Federal do ABC, José Raimundo Ribeiro, tem teses de mestrado e doutorado na área e fala sobre a fome no Brasil
Para o pesquisador José Raimundo Ribeiro, apesar do país sair do mapa da desnutrição crônica, ainda há fome no Brasil

A escala americana, para você ter uma ideia do tamanho do eufemismo, quando ela foi criada, era a insegurança alimentar grave com fome. Era o rótulo. Hoje, o rótulo para este mesmo estágio é insegurança alimentar muito baixa. Insegurança muito baixa ao invés de fome é horrível. Então, o que a gente tem nos dados do relatório da ONU é que a desnutrição crônica baixou para menos de 2,5%.

Vitória! É importante estar fora, é conquista deste governo, tem relação com política pública, está tudo certo.O que o governo sabe, tem dados, porque o próprio IBGE também produz esses dados, é que a quantidade de pessoas naquilo que é chamado de insegurança alimentar moderada e grave, eu vou chamar aqui de fome, é bem maior. Então, no dado da ONU tem lá 13,5% da população em insegurança alimentar moderada e grave.

A minha defesa é: saímos do mapa de desnutrição crônica, não acabou a fome. Para você ter uma ideia, esses 13,5%, de acordo com esse mesmo relatório, dá quase 28,5 milhões de brasileiros nessa situação.

O país demorou para sair do Mapa da Fome. Conseguimos isso em 2014, mas voltamos rapidamente. Como não ocupar mais esse posto?

Acho que essa conversa sobre sair e entrar no Mapa da Fome ela tem um mérito, que é de mostrar que, de fato, a situação alimentar da população é bastante dinâmica. Não dá pra descansar e falar, “ah, superamos, não volta mais”.

Eu acho que a alternância de projetos políticos foi responsável pela volta do Brasil ao Mapa da Fome. De 2003, quando começa o Fome Zero [programa criado pelo governo Lula para erradicar a fome no país]até 2014, a gente tem uma queda, tanto do risco de fome, como da fome. E é este momento que gerou este processo, que gerou a saída do Mapa da Fome.

Então, tem um mérito de um governo que, num cenário de crescimento econômico, garantiu melhoria de vida para milhões. E aqui, eu acho que não é nem só a questão do Bolsa Família, que é sempre muito dito neste momento, mas me parece que algo que foi essencial para isso foi valorização de salário mínimo, valorização real de salário mínimo.

Melhoria da inserção das pessoas no mercado de trabalho, trabalho mais estável, trabalho com direito, isso tudo diminui a fome. Quando chegou em 2014, que saiu do Mapa da Fome, do meu ponto de vista, era a hora de falar assim: legal, conseguimos acabar com a desnutrição crônica, mas a gente tem aqui ainda, naquela época, 25% em algum grau de insegurança alimentar, um quarto da população ainda estava sem ter certeza se vai ter o que comer, 8,7% cortando quantitativamente.

Seria a hora de intensificar o que a gente faz para além das políticas públicas, já que as políticas públicas batem esse teto. A gente sabe que, de 2013 em diante, o cenário político mudou. E aí, a gente tem uma pesquisa do IBGE, muito importante, em 2018, que fala sobre o aumento da fome antes da pandemia.

Então, já no governo Temer, 2018, o avanço de 10 anos, em termos de fome e risco de fome, tinha quase tudo ido por água abaixo. A gente tem que, a partir disso, dizer que a reforma trabalhista produz fome, reforma previdenciária produz fome, congelamento de salário produz fome, congelamento de valor do Bolsa Família produz fome, ataque à política pública produz fome.

Com o Bolsonaro, isso se intensifica. E aí, a gente tem o maior azar do mundo, que foi a tempestade perfeita, que é o Bolsonaro e a pandemia juntos. Também não vamos tirar a pandemia deste cenário, porque a fome aumentou no mundo inteiro na pandemia. É uma tendência mundial. Mas o projeto do Bolsonaro, como eu te disse, em 2019, o primeiro ano dele como presidente, logo no início do mandato, ele já diz, não tem fome no Brasil. A gestão de Bolsonaro na pandemia foi desastrosa. Aí foi aquele show de horrores, fila dos ossos. Ele desmontou o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos].

Então, mesmo no atual governo, as verbas ainda são muito distantes, mas Bolsonaro cortou, ele deixou no osso. Este governo vem e recompõe uma parte das verbas das políticas agrícolas, das políticas públicas. Faz diferença? Sim, tanto que tira de novo do Mapa da Fome. Porque tem esse compromisso em fazer, do meu ponto de vista, um ataque à fome. Mas essa perspectiva da segurança alimentar, por vezes, rebaixa as metas.

Como a perspectiva de segurança alimentar rebaixa as metas?

Ela se contenta com metas que, do meu ponto de vista, são pequenas. A gente tem que pensar que tem que zerar todas as formas de insegurança alimentar. Porque não dá pra ninguém começar o mês não sabendo se vai ter o que comer. Então, eu acho que a alternância dos projetos políticos fala sobre o tamanho da fome.

Eu prefiro pensar que diferentes projetos políticos lidam de maneiras diferentes com a fome. O projeto conservador produz fome e nega sua existência.O projeto liberal social reconhece a existência, tende a subdimensionar e gerir. O que eu acho que nos falta é um projeto emancipador. Que é o projeto da soberania e da emancipação da população com relação a essa chantagem.

Porque as iniciativas de combate à fome no país são tão vulneráveis à atuação dos governos?

Às vezes, a gente fala muito de governo e para de falar sobre Estado. A gente tem um Estado brasileiro que muda com diferentes gestões, mas é um Estado capturado pelas elites. Então, o agronegócio captura o Estado e aí pode entrar um projeto progressista, mas é muito difícil reverter essa captura. Porque a captura do Estado não é só na presidência, a gente tem que pensar a captura do Estado no Judiciário, no Legislativo, não é só no Executivo.

E não é só o agronegócio, porque às vezes a gente está falando de fome e aí a gente já liga diretamente com a produção de alimentos, mas a Faria Lima capturou o Estado, o capital financeiro capturou o Estado. E quando há essa captura do Estado por parte de uma elite que historicamente, e vou citar aqui indiretamente o Florestan Fernandes, uma elite que historicamente é dócil com os poderes internacionais, que aceita ser parceira menor na relação internacional, mas é violentíssima internamente com aqueles que eles entendem que são seus subordinados, é muito difícil que um governo consiga reverter isso.

Então a gente precisa, nesse sentido, de transformações mais estruturais. Porque senão, de fato, uma mudança de governo gera uma mudança de políticas públicas que você reverte rapidamente. Uma forma de enfrentar essa captura seria a reforma agrária. Reverter os ganhos de uma reforma agrária seria mais difícil. Você colocou as pessoas na terra, as pessoas estão plantando, as pessoas estão com assessoria técnica.

É um processo mais difícil do que congelar o valor do Bolsa Família O Armínio Fraga [economista e ex-presidente do Banco Central] falou outro dia que tem que congelar o salário mínimo durante seis anos. Isso é um absurdo. O salário mínimo é o salário de fome.

Por que você acha que o salário mínimo é o salário de fome?

Eu vou usar só o dado do IBGE para pegar os dados que o próprio governo está produzindo. A gente tem, entre pessoas com renda de um a dois salários mínimos per capita, 5,5% dessas pessoas com fome e 13,6% em risco de fome. Entre meio a um salário mínimo per capita, 23% em risco de fome e 10% em fome.

A chance de estar com fome ou risco de fome é uma em cada três. Esse salário é o salário de fome. Você pega o dado do Dieese e ele fala: olha, o salário mínimo, de acordo com a lei, deveria ser seis mil e tanto, sete mil e tanto. Então, quando um cara fala que tem que congelar o salário mínimo para o Brasil voltar para o eixo, ele tá dizendo que tem que fazer a pessoa passar fome.

Apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de alimentos, ao mesmo tempo, o país vive o histórico paradoxo de ter dificuldades para alimentar toda a população. Como equilibrar isso?

Isso é um projeto de séculos no Brasil. O agronegócio é o nome que eles deram pra gente parar de falar de latifúndio e monocultura. Eles criaram esse rótulo porque aí fica um nome bonito e tal.

O agronegócio, no fundo, é a continuidade do latifúndio e da monocultura, cujo sentido é o enriquecimento dos grandes proprietários de terra. O sucesso dele vem produzindo a fome há séculos. Porque essa riqueza que é produzida, não se distribui por quem trabalha nessa cadeia produtiva e de distribuição. E aí, quando essa riqueza não se distribui, evidentemente que aqueles que ficam mais precarizados passam fome.

A gente pode olhar para o avanço da fronteira agrícola, que, em geral caminha com aquele esquema de desmatamento, para depois virar uma monocultura, como isso vai produzindo a fome também. Hoje em dia, de acordo com o IBGE, a região com a maior proporção de fome é a região norte. Na minha hipótese, essa fronteira agrícola, que tá indo lá pro norte, vai produzindo fome.

Ao mesmo tempo, a gente vive num país que 80% da população vive nas cidades. Então, a economia urbana também produz fome. Não é só a economia rural. A indústria que paga mal, o serviço que paga mal, os salários muito baixos, isso produz fome também; custo com aluguel, que é a renda da terra – todo proprietário de terra quer o seu pagamento no fim do mês – e a renda da terra em São Paulo é uma coisa assombrosa.

Como é que pode a pessoa com um salário mínimo e mesmo assim estar com fome? Para quem vive em São Paulo não é difícil entender quando o salário mínimo é um salário de fome e significa que o Estado está legitimando essa situação. Ele lava a mão porque está pagando salário mínimo e tá dentro da lei. Então, dá pra passar fome dentro da lei. Esse é o ponto.

Quais são os desafios para que o país se mantenha fora do Mapa da Fome e para zerar a insegurança alimentar?

Difícil! Acho que a primeira coisa que ameaça o país a voltar ao Mapa da Fome é o retorno de um projeto ultraliberal e autoritário. O retorno desse projeto, que foi encampado pela família Bolsonaro, mas que pode ser encampado por outros agentes políticos, é um grande risco de voltar para o Mapa da Fome.

Eu acho que a permanência de uma frente ampla, um projeto progressista, tende a manter o Brasil fora do mapa da fome. Vai manter o Brasil, vai fazer uma gestão das políticas públicas com a tentativa de, aos poucos, ir diminuindo a fome no país.

A ideia de uma soberania alimentar, que seria o único caminho mesmo para a gente superar a fome, ela, hoje em dia, é sustentada sobretudo por movimentos sociais. Não me parece que nem os partidos políticos mais à esquerda trazem essa perspectiva de maneira forte para o seu debate, para a sua atuação. Então, a superação da fome demanda uma mobilização popular muito grande.

E tem algum exemplo no mundo de projetos deste tipo?

Eles não estão com o Estado na mão. O MST [Movimento Sem Terra] tem experiências assim. Por exemplo, o MST Copave, lá no Paraná. Você conversa com o pessoal desse assentamento, esse pessoal vive a soberania alimentar, planta de outro jeito, sabe? Isso é uma coisa bonita. Você tem uma vila, cada um tem a sua horta, mas também trabalham juntos, tem um refeitório. Eles vivem dentro deste assentamento a soberania alimentar. Do assentamento para fora a gente não tem.

Se a gente for olhar a fome como ela é produzida, o primeiro passo é arrancar do povo a terra. A terra e qualquer meio de produção, meio de subsistência.

Disponível em: https://apublica.org/2025/08/fome-no-brasil-nao-acabou-diz-pesquisador/#_

Republicação autorizada.

SEUR está de volta com foco na Geografia da Fome

GEOGRAFIA DA FOME: PAISAGENS ALIMENTARES, SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Após uma breve pausa, o tradicional Seminário de Estudos Urbanos e Regionais (SEUR) retoma suas atividades em 2025 com uma temática urgente e atual: Geografia da Fome: Paisagens Alimentares, Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional. Esta será a 19ª edição do evento, que acontece nos dias 1º, 2 e 3 de outubro, com a realização de um trabalho de campo no dia 4.

Organizado pelo Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais (LEUR) do Instituto de Ciências Humanas da UFPel, o SEUR é um dos eventos mais longevos da Geografia no Rio Grande do Sul e reúne anualmente pesquisadores, estudantes e profissionais para debater os desafios e transformações do espaço urbano e regional.

Nesta edição, o evento contará com a participação de palestrantes e painelistas já confirmados, que irão aprofundar o debate sobre as desigualdades no acesso aos alimentos, as múltiplas formas de produção e abastecimento, e os territórios marcados pela insegurança alimentar.

Além das conferências e mesas-redondas, o SEUR 2025 também abre espaço para a apresentação de trabalhos acadêmicos, com publicação nos Anais do evento, e a realização de oficinas práticas, voltadas ao diálogo entre teoria e prática no campo das políticas alimentares e territoriais.

As inscrições e mais informações estão disponíveis no site oficial do evento.

DATAS IMPORTANTES

14/09/2025
Prazo para Submissão de Trabalhos (até às 23h59min);

20/09/2025
Divulgação do Resultado da Avaliação da Comissão Científica;

26/09/2025
Prazo Máximo para Envio dos Trabalhos com Revisões (até às 23h59min).

Esperamos por você.

Paisagens Alimentares tem Palestra Internacional no LEUR

Na segunda-feira, dia 02/06/25, às 14h, o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Paisagens Alimentares estará realizando uma palestra com a professora Ana Laura González Alejo, da Universidad Nacional Autónoma de Mexico, que irá falar sobre o tema “Desigualdades en el acceso a los alimentos en la Ciudad de México: un reto para la salud pública“.

Quem desejar assistir a transmissão ao vivo juntamente com os integrantes do Grupo de Estudos deverá se inscrever pelo formulário https://forms.gle/AaVyYkEfbRXDuXq17 . Os inscritos deverão comparecer com 15 minutos de antecedência no endereço da Rua Almirante Barroso, 1202, Sala 212 – LEUR (Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais). As vagas para a sessão presencial são limitadas.

A palestra será transmitida pelo Canal do Leur no YouTube e poderá ser acessada pelo link https://www.youtube.com/watch?v=NBKwmcwhbJ0 .

O evento é resultado das redes das quais os membros do LEUR participam. A professora Ana Laura coordenará juntamente com o professor Sidney Gonçalves Vieira (LEUR), as professoras Cláudia Troncoso e Mariana Arzeno (Universidad de Buenos Aires) e o professor Benjamin Ajuria Muñoz (Universidad de Puebla) um Grupo de Trabalho sobre Paisagens Alimentares no XX Encontro de Geografías de América Latina y Caribe (EGALC), que será realizado na Ciudad de Mexico, de 12 a 16 de junho de 2025.

Grupo de Estudos Paisagens Alimentares

O Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais (LEUR) iniciará o Grupo de Estudos sobre Paisagens Alimentares, com o intuito de discutir as fome e as desigualdades socioespaciais na produção de alimentos. Temas como o conceito de paisagem alimentar. feiras livres e territorialidades populares, segurança e soberania alimentar e nutricional, entre outros.

As discussões serão realizadas nas terças-feiras, a partir do dia 20/05, às 14h30min, no LEUR(Sala 212 do Campus 2.

Para fazer sua inscrição, acesse o QR Code na imagem.

 

Laboratory resumes planning for 2025

In a meeting held on Thursday (02/27/25), members of the Urban and Regional Studies Laboratory resumed planning activities for 2025. It was decided to hold a Workshop to present LEUR research at the beginning of the first half of 2025. The event will include a presentation in the classroom and fieldwork with an urban tour of downtown Pelotas.

 

 

Initial planning was also made for the XIX SEUR (Urban and Regional Studies Seminars) on October 1, 2 and 3. The proposed theme was the Geography of Hunger: Socio-spatial Inequalities in the City.

 

 

LEUR retoma trabalho com planejamento de atividades e XIX SEUR

Em reunião nesta quinta-feira (27/02/25) os integrantes do Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais retomaram o planejamento de atividades para o ano de 2025. Ficou definido a realização de um Workshop para apresentação das pesquisas do LEUR no início do primeiro semestre de 2025. O evento contará com uma apresentação em sala e um trabalho de campo com a realização de um percurso urbano no centro de Pelotas.

Também foi feito o planejamento inicial para o XIX SEUR (Seminários de Estudos Urbanos e Regionais) nos dias 1, 2 e 3 de outubro. O tema proposto foi o da Geografia da Fome: Desigualdades socioespaciais na cidade.

 

 

Em breve novas atualizações sobre os eventos.

Resultado do Processo seletivo de Bolsista para Projeto Paisagens Alimentares

RESULTADO DA SELEÇÃO DE 01 BOLSISTA

A Coordenação do Projeto PAISAGENS ALIMENTARES E SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL. Análise do comércio popular de alimentação: estudo de caso em Pelotas, RS  divulga o resultado do processo seletivo para 01 bolsista no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica PIBIC/CNPq.

A inscrição de Camille Gonçalves Silveira não foi homologada por não terem sido enviados os documentos necessários. As demais inscrições foram homologadas. A avaliação foi feita com base nas informações prestadas no formulário e nos documentos anexados nas mensagens para o e-mail apropriado.

As notas foram obtidas de acordo com o seguinte critério: média aritmética das notas do Histórico Escolar, da Disponibilidade de horário (1 ponto para cada período disponível, até 5 pontos + 1 ponto para cada período na turno da tarde, até 5 pontos) e da avaliação duplo cego (dois avaliadores sem identificação da autoria) do memorial.

Classificação:

Posição CANDIDATO/AS HISTÓRICO DISPONIBILIDADE MEMORIAL MÉDIA
1 Clara dos Santos Lenhard 9,09 10,00 10,00 9,70
2 Samuel De Jesus Cabral 7,64 10,00 8,50 8,71
3 Alexandra Luize Spironello 9,71 8,00 8,00 8,57
4 Maria Fernanda Ghisi 8,56 10,00 7,00 8,52
5 Vinicius Albuquerque de Lima 9,56 8,00 6,00 7,85
6 Iuri de Almeida Costa 7,88 8,00 7,50 7,79

Com base no resultado será feita a indicação para bolsista da estudante Clara dos Santos Lenhard.

– O(a) bolsista indicado deve obrigatoriamente possuir conta corrente como titular no Banco do Brasil (não são aceitas contas poupança ou outra titularidade) cadastrada no COBALTO;

– O(a) bolsista deve possuir currículo lattes cadastrado (as informações do currículo devem ser atualizadas e enviadas ao CNPq até o dia 31/08/2024 para que o currículo não fique em preenchimento no momento da indicação);

– O(a) bolsista deve dar aceite no termo e indicar os dados bancários para recebimento da bolsa através do e-mail que receberá do CNPq para que a bolsa fique ativa.

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA SELEÇÃO DE 01 BOLSISTA

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA SELEÇÃO DE 01 BOLSISTA

Alunos/as da Graduação em Geografia/UFPEL, interessado/as em pesquisa na área de Paisagens Alimentares

A Coordenação do Projeto PAISAGENS ALIMENTARES E SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL. Análise do comércio popular de alimentação: estudo de

caso em Pelotas, RS divulga que estão abertas as inscrições para seleção de 01 bolsista no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica PIBIC/CNPq.

A duração da bolsa será de 12 (doze) meses, com início em 01/09/2024 e término em 31/09/2024. A bolsa terá valor mensal de R$ 700,00 (setecentos reais), que poderá ser reajustado de acordo com as definições das agências financiadoras.

Para se inscrever na seleção o candidato deve preencher o formulário disponível em AQUI

e enviar mensagem com o assunto: “Seleção Bolsa de Iniciação Científica”

para o seguinte endereço: leur.ufpel@gmail.com

anexando cópia atualizada:

  • do currículo cadastrado na plataforma Lattes e
  • do histórico escolar.

– O(a) bolsista indicado deve obrigatoriamente possuir conta corrente como titular no Banco do Brasil (não são aceitas contas poupança ou outra titularidade) cadastrada no COBALTO;

– O(a) bolsista deve possuir currículo lattes cadastrado (as informações do currículo devem ser atualizadas e enviadas ao CNPq até o dia 31/08/2024 para que o currículo não fique em preenchimento no momento da indicação);

– O(a) bolsista deve dar aceite no termo e indicar os dados bancários para recebimento da bolsa através do e-mail que receberá do CNPq para que a bolsa fique ativa.

O prazo para envio da documentação vai até sexta-feira, 23/08/2024.

Outras informações podem ser obtidas pelo contato no e-mail indicado.

 

Sidney Gonçalves Vieira

Coordenador do Projeto