Grupos de trabalho:
GT 1. Teoria Social: Repensar a modernidade
Coordenação: Lucas Trindade da Silva, Eduardo Guedes e Sandro Adams.
Debatedores: Léo Peixoto e William Héctor
O interesse deste grupo de trabalho é de reler clássicos e contemporâneos da teoria social a partir dos problemas e inquietações postos por uma perspectiva do Sul Global, abrangendo aqui as críticas, intensificadas a partir dos anos 50, à teoria da modernização desde a Cepal e da teoria da dependência, assim como os esforços mais recentes cristalizados em projetos como os subaltern studies, a decolonialidade do poder/saber, o debate sobre modernidades múltiplas e modernidade global, as teorias do sul, as indigenous sociologies, etc. Diferente de uma postura exclusivamente destrutiva em relação ao cânone da teoria social clássica e contemporânea, o GT também abriga trabalhos que buscam reter os avanços deste cânone e pontos de diálogo entre discursos hegemônicos e contra-hegemônicos.
GT 2. Novas sociologias: digital, algoritmos, mídia
Coordenação: Elaine Leite e Julio Marinho Ferreira
Com o advento das tecnologias de mídias digitais passamos a viver em uma sociedade mediada por redes sociais, plataformas virtuais e algoritmos, que alimentam subjetivações geradas a partir de novas formas de sociabilidades que desafiam o fazer sociológico. O objetivo deste grupo de trabalho é discutir pesquisas que abordam temáticas como mídias digitais, algoritmos, redes sociais, plataformas virtuais, organizações online que transformam a cultura, a sociedade e a economia contemporâneas. Serão bem-vindos trabalhos de diferentes perspectivas teóricas, metodológicas e empíricas, buscando considerar limites e potenciais avanços para compreender tais temáticas e sua relação com a sociedade.
GT 3. Conflitos e controvérsias
Coordenação: Camila Prates e Sandro Miranda
Debatedores: Sérgio Botton e Rafael Braz
O objetivo deste grupo de trabalho é discutir pesquisas (concluídas ou em andamento) que se inserem no campo da sociologia ambiental e da sociologia rural e que tratem sobre a temática dos conflitos socioambientais, desenvolvimento e sustentabilidade, controvérsias em ciência e tecnologia em torno de projetos que englobem: geração de energia, exploração minerária, assentamentos populacionais, projetos agropecuários, reforma agrária, dentre outros. Procura-se trabalhos que estejam associados à questão ambiental, ao desenvolvimento, às novas ruralidades, que tratem de questões controversas sobre o modelo econômico de exploração capitalista, que exponham a crise do conhecimento técnico e científico, e, sobretudo, que promovam reflexões às ciências sociais sobre as formas distintas de pensar e analisar os temas conexos a esses tópicos.
GT 4. Raça, Gênero, Classe
Coordenação: Mara Beatriz Nunes Gomes e Mabielle Pedra
Debatedores: Marcus Spolle, Georgina Nunes
Este GT objetiva promover debates articulados entre os demarcadores de raça, gênero e classe na batida do “devir” científico em produção no Sul Global na área das ciências sociais, ou seja, repensar esses fatores sob a lente de concepções epistemológicas que suleam [2] o tema frente a um contexto sociopolítico que corporifica e potencializa as práticas científicas denominadas como periféricas. Assim, procura-se trabalhos que problematizam novas formas de abordagens daquelas categorias, avançando, portanto, para além das reflexões usuais que costumam centralizar em nível hegemônico a discussão desta temática.
GT 5. Reconfigurações no mundo do trabalho
Coordenação: Ana Paula F. D’Avila, Neidiâne Cardoso da Silva e Máximo Ávila.
Debatedores: Pedro Robertt e Attila Magno
O presente grupo de trabalho tem por objetivo proporcionar um espaço para discussão de pesquisas em andamento, em fase de conclusão e concluídas, as quais têm interface com os contextos de trabalho, em seus diversos recortes, alinhados com as alterações em curso, considerando os impactos da reestruturação do capitalismo, oriundas da mundialização do capital. Nesse sentido, considerando a heterogeneidade do mercado de trabalho brasileiro, o GT pretende refletir sobre as configurações e reconfigurações que o trabalho assume, seja em termos de flexibilização das relações de trabalho, do empreendedorismo e da precarização como grandes linhas gerais nas quais se inserem outros subtemas. Além disso, procura identificar, para além da dimensão objetiva, como essas mudanças influenciam a subjetividade das/os trabalhadoras/es no que tange a sua atuação profissional, as formas de resistência e de organização. Considera que há um conjunto de discursos empresariais que incita novas práticas econômicas, portanto, nos interessar conhecer quais são essas novas práticas. Por fim, considerando a desregulamentação do mercado de trabalho, em um contexto de desemprego acentuado, objetiva refletir sobre quais os possíveis impactos das tendências recentes para o trabalho no país.
GT 6 – Múltiplas perspectivas sobre violência e criminalidade
Coordenadores: Carolina Oliveira Silva e Matheus Lira Bento
Debatedores: Amílcar Freitas e Simone Gomes
Nos últimos cinquenta anos estabeleceram-se novas formas de relação dos indivíduos entre si e com o Estado. Essas modificações atingiram pontualmente a natureza e resolução dos conflitos sociais, trazendo novos padrões de violência e delinquência que diversificadas abrangem os crimes contra a pessoa, o sistema financeiro, as economias populares, movimentos sociais, políticos, narcoviolência, contra as minorias sociais ou as causadas por agentes do Estado. Desta forma, este grupo de trabalho pretende fomentar as discussões que permeiam o tema da violência e os diferentes arranjos da criminalidade. Partindo de uma perspectiva interdisciplinar, interessa-nos pesquisas realizadas nas ciências sociais, em andamento ou concluídas, que propiciem a reflexão e questionem as problemáticas que estão inseridas neste campo de estudos como: violências – militar, política, de gênero, indígena, simbólica -, controle social, punibilidade, narcotráfico e estudos sobre o funcionamento do sistema de justiça.