Estudante colombiana cumpre agenda em Pelotas por questões ambientais
A acadêmica Diana Katherine Guerra, da Universidade Santo Tomás, de Villavicencio, na Colômbia, esteve em Pelotas para debater questões ligadas à temática ambiental, por meio da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Diana foi aluna intercambista no semestre passado, quando desenvolveu trabalhos junto à comunidade acadêmica da UFPel. A estudante retornou ao município para participar de uma série de atividades ligadas aos frutos desse envolvimento.
Na agenda em Pelotas, Diana foi recebida pelo reitor da UFPel, Pedro Curi Hallal, ministrou palestra, apresentou trabalho no 3º Seminário de Gestão Ambiental Pública -realizado no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) -, visitou o Núcleo de Tecnologias Sociais (TecSol) da UFPel e participou de atividades junto aos colegas da UFPel.
Durante seu intercâmbio, a estudante colombiana cursou disciplinas nas graduações de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental, desenvolvendo estudos nos segmentos de geopolítica ambiental, em parceria com o professor Maurício Pinto da Silva, e políticas alimentares nas instituições de ensino.
Ao receber a acadêmica, o reitor da UFPel falou sobre o papel das universidades nos processos de gestão ambiental pública, que deve ser de protagonismo – a exemplo do que ocorre na cidade de Diana e que ela relatou em sua palestra. Ao mesmo tempo, o dirigente salientou a importância de os intercâmbios gerarem produtos, como é o caso da estudante, que além de publicar trabalhos científicos, compartilha experiências e reforça a união entre os países. “Muitas vezes o intercâmbio fica como uma passagem apenas. Mas pelo perfil e interesse dela, foram gerados produtos dessa relação”, observou Pinto da Silva.
Palestra
Na tarde do dia 16, Diana falou sobre os desafios sociais e ambientais da substituição de veículos de tração animal, processo que está em discussão em Pelotas e pela qual sua cidade, Villavicencio, passou recentemente. O município colombiano tem aproximadamente 400 mil habitantes e características socioambientais semelhantes às pelotenses.
Diana abordou questões ligadas à fauna e resíduos e ainda a situação dos trabalhadores que usam veículos de tração animal e o uso do espaço público. Na Colômbia, a mudança está ligada ao Código Nacional de Trânsito e proíbe, desde 2002, circulação de veículos de tração animal. De acordo com a estudante, um decreto em 2010 determinou a regulamentação disso, com informações sobre adoção de animais, destinação dos veículos, capacitações, entre outros aspectos. Segundo ela, não apenas deve se proibir, mas conscientizar e orientar sobre como fazer essa substituição.