Não há idade para ser feliz
Por Jéssica Lopes
Através das mudanças do tempo e da idade vamos descobrindo novos caminhos, nos quais, consistem num turbilhão de experiências e aprendizado. Contudo a nossa disposição e fugacidade vai ficando mais amena, exigindo do nosso corpo mais tranquilidade e descanso para o próprio bem estar.
Na Associação Beneficente Lar São Francisco de Assis nos deparamos com 28 idosos que usufruem de um espaço no qual é proporcionado todo o cuidado necessário e atenção de toda uma equipe bem preparada e capacitada para o seu cuidado.
No dia 17 de setembro, alunos de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas contribuíram com a Barraca da Saúde no Lar de idosos, localizada na cidade de Pedro Osório, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e a participação dos cursos de Odontologia e Gestão Ambiental.
A proposta da barraca da saúde teve como objetivo instruir os velhinhos a como cuidar da saúde higiênica e bucal, além disso foi conversado sobre as mudanças ambientais que vêm ocorrendo com o passar do tempo e a geração de consumo. A atividade durou toda uma manhã e foi realizada por meio de um cronograma de iniciação que conteve uma mensagem de reflexão e música cantada por uma das graduandas de enfermagem.
Marlene Maria Machado (62), domiciliada no lar, não deixou de expressar a sua alegria em receber os alunos:
“Eu gostei muito! É sempre muito bom aprender coisas novas. É muito legal, ver o trabalho que vocês fazem para a comunidade, aqui no caso foi de grande ajuda para nós, pois muitos aqui não falam mais, e receber essa atenção nos dá muita alegria”.
Marlene também compartilhou que sente muita vontade de voltar a estudar: “Ser técnica em enfermagem, quem sabe? Eu adoro muito aprender”. É importante ressaltar o quanto é importante desenvolver esses trabalhos na comunidade, pois não leva apenas conhecimento aos ouvintes, mas acaba culminando em uma troca de experiências entre nós, alunos, e aqueles que abrem as portas para o projeto.
A visão do lar é tornar todos ali uma grande família. Milene Lima, de 46 anos é auxiliar administrativa e compartilhou que ali o trabalho realizado é feito com o coração.
“Nós aprendemos muito com eles. É uma troca de experiências, de amor, de aprendizados e carinho. Quando você passa pela rua você tem uma visão. No entanto quando se tem a oportunidade de conhecer nosso trabalho de perto, aí você vê que não é apenas uma casa de idosos. Eles estão abrigados, têm amor, têm carinho. Nós tentamos ser o suficiente pra eles, como filhos, eu me sinto filha deles muitas vezes”.
É fundamental entendermos que o respeito pelo idoso não está relacionado a sua idade, mas a trajetória vivida e os caminhos percorridos pela vida. Estamos aqui de passagem, e amanhã é a nossa vez de viver a velhice. Então vamos abraçá-los e tratá-los com apreço, que os conhecimentos adquiridos na corrida acadêmica possam ser transcorridos de forma afortunada.