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CLHD, Laboratório de Antropologia e Arqueologia – LEPAARQ / UFPel e Polo UAB Hulha Negra convidam: O passado aflora nos cacos: Arqueologia, Pré-história e História do RS

Data: 11/04/2024

17h Abertura  Local: Biblioteca Pública Minicipal

19h Palestra do Prof. Dr. Fábio Vergara Cerqueira sobre Patrimônio e Arqueologia no Polo UAB de Hulha Negra

 

O Projeto Exposição Itinerante “Arqueologia”  Apresenta:

 

      O passado aflora nos cacos:

Arqueologia, Pré-história e História do RS

 

 

Realização:

Curso de Licenciatura em História a Distância – CLHD /  UFPel

Laboratório de Antropologia e Arqueologia – LEPAARQ / UFPel

 

Os objetos presentes nessa exposição exemplificam de forma genérica os tipos de sítios arqueológicos mais comuns no nosso estado, especialmente na região sul do Rio Grande do Sul e, por isso, também os mais pesquisados pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da UFPel.

A arqueologia é a ciência que estuda sociedades do passado, buscando compreender os estilos de vida e a evolução dos seres humanos a partir dos objetos, estruturas construídas e paisagens modificadas. Os locais onde há objetos que testemunham a ocupação humana do passado são chamados de sítios arqueológicos. Eles podem ser compostos por vestígios de uma antiga habitação, objetos feitos de barro cozido, de pedra lascada ou polida, de louça, de vidro, etc. Num mesmo sítio arqueológico podem ser identificados diferentes espaços de atividades: para produzir objetos, para cozinhar, para festividades, entre outros.

A arqueologia brasileira costuma ser dividida em duas grandes áreas de pesquisa, a arqueologia pré-colonial e a arqueologia histórica. E, dentro de cada uma dessas áreas existem várias especialidades.

Arqueologia pré-colonial estuda os sítios arqueológicos que possuem vestígios relacionados a povos indígenas que ocupavam determinada região antes da invasão europeia. Os artefatos encontrados podem variar entre material de barro cozido (fragmentos de potes, panelas, urnas funerárias, adornos, cachimbos), material lítico (objetos de pedra como machadinhas e pontas de flecha), restos alimentares (como ossos e moluscos), entre outros. A ocupação pré-histórica no Rio Grande do Sul ocorreu durante o processo de transição climática pleistoceno-holoceno, iniciado há aproximadamente 12.770 anos AP. Neste período sucedeu uma diversidade de ocupações, desde os caçadores coletores até os grupos horticultores ceramistas, que entraram em contato com os europeus.

Arqueologia histórica investiga sítios arqueológicos relativos ao período posterior à colonização europeia. Os vestígios encontrados podem ser objetos de ferro, louças (como porcelanas e faianças finas), garrafas, grés e vidro. O material ósseo em geral vem de restos da alimentação das pessoas que habitavam aquele local, ou, em alguns casos, podem ser matéria-prima para utensílios domésticos, como cabos de facas. Também podem ser encontradas estruturas edificadas, material de construção, ferramentas de trabalho, e até vestimentas.

Existe uma variedade de tipos de sítios históricos e cada um tem características específicas. Essas diferentes tipologias podem, por vezes, ser consideradas especialidades da arqueologia histórica, como por exemplo, sítios urbanos (residências, praças, edifícios públicos, etc.), sítios rurais, como as sedes de fazendas de diferentes períodos, fábricas, senzalas, etc. Da mesma forma a arqueologia pode ser classificada de acordo com as tipologias materiais que estuda, como a arqueologia da arquitetura, ou da saúde.

 

Publicado em 09/04/2024, na categoria Notícias.