Mercado de Trabalho

Apesar da crise econômica mundial, iniciada em 2008, quem procura emprego na área de Engenharia Eletrônica não encontra dificuldade. Além das tradicionais áreas de transmissão e distribuição de energia elétrica, com demanda em todo o Brasil, há procura pelo especialista por parte de centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas e indústrias.

O conteúdo curricular proposto é bastante coerente quanto à sua abrangência, por enfatizar tanto o mercado de trabalho presente quanto futuro, considerando a diversidade de áreas nas quais o Engenheiro Eletrônico pode vir a atuar na economia moderna, sustentada pela evolução tecnológica das telecomunicações, da computação e dos controles automáticos. Assim, o objetivo é uma sólida formação geral e especializada, sempre influenciada pela evolução tecnológica, pelo desenvolvimento da economia e por inovadores instrumentos de administração e gerência empresarial.

Desta forma, o egresso do curso de Engenharia Eletrônica estará habilitado a atuar em diversas áreas, de grande absorção de mão de obra pelo mercado de trabalho, tais como as áreas Industrial, Telecomunicações, Instrumentação Eletrônica, Microeletrônica, Automação, Engenharia Biomédica, Informática, Domótica, etc.

Na área industrial, o egresso deverá projetar equipamentos eletrônicos destinados à automação de linhas de produção industrial, a desenvolver circuitos eletrônicos para aquisição de dados (por exemplo, áudio, temperatura, umidade, pressão), transmissão de dados por radiofreqüência, entre outros, e a atuar no desenvolvimento de componentes eletroeletrônicos em geral.

Nas áreas de Instrumentação e Microeletrônica, poderá projetar e desenvolver equipamentos para realização de medidas, registro de dados e atuadores, bem como projetar, fabricar e testar circuitos integrados (chips) para sistemas de computação, telecomunicações e de entretenimento, entre outros.

Muitas companhias multinacionais, como a Freescale Semicondutores, recém-instalada em Campinas, contratam engenheiros eletrônicos para desenvolver e testar novos produtos, além de participar de processos de gestão internos.

Outros dois campos em ascensão são o de Telecomunicações e o de Tecnologia da Informação, aquecidos em razão da chegada da TV digital ao país e do uso das redes elétricas para a transmissão de dados. Nas empresas de telecomunicações (desde fábricas de celulares até operadores de sistemas de comunicação), o graduado atuará desenvolvendo serviços de expansão de telefonia e de transmissão de dados por imagem e som, assim como projetando e construindo equipamentos para telefonia e comunicação em geral e de processamento digital de sinais.

O Brasil apresenta um vasto potencial para geração de energia renovável, em função da grande incidência solar, que propicia a formação, em grande velocidade, de biomassa e de bons ventos. Com a ratificação do protocolo de Kyoto, muitos investimentos estrangeiros deverão ser feitos no país com o objetivo de sequestrar carbono disperso na atmosfera. Com isso, surgirão grandes oportunidades de emprego/trabalho para os engenheiros eletrônicos, pois toda e adequação da energia elétrica provinda de fontes alternativas se dá por meio de equipamentos de Eletrônica de Potência.

Com a privatização de vários setores, entre eles o das empresas geradoras e fornecedoras de energia elétrica e o de telecomunicações, o mercado de trabalho tende a aumentar as chances de colocação, tendo em vista a necessidade de renovação dos quadros profissionais que atuam nesses setores.

A maioria das vagas encontra-se nas regiões Sudeste e Sul, que contam com polos industriais bastante desenvolvidos. Mas o Norte e o Nordeste, carentes de mão de obra especializada, também demandam profissionais.

O campo de trabalho para os engenheiros eletrônicos é amplo. O mercado, promissor, inclui empresas das áreas de construção naval, petróleo e gás químico, hospitais, empresas comerciais de equipamentos eletrônicos e telecomunicações, empresas de projetos e instalações elétricas, parques temáticos, universidades e instituições de pesquisa científica.

Especificamente, na região sul do Rio Grande do Sul, o desenvolvimento da indústria naval deverá absorver profissionais egressos do curso de Engenharia Eletrônica da UFPel.