Lançamento de livros

Local: Auditório do CEHUS (Centro de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas, Artes e Linguagem) / UFPel (R. Cel. Alberto Rosa, 117 – Centro, Pelotas/RS)

Este é um livro que apresenta os resultados de cinco caminhadas feitas em diferentes percursos por Porto Alegre, onde foram visitadas quarenta e sete instituições educativas existentes e também aquelas já foram extintas. Estas caminhadas resultaram de um Projeto de Extensão realizado pela equipe autoral que atua junto ao Centro de Memórias da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mobilizaram vinte e um autores.
A coletânea Educação em transformação: percursos históricos de ideias, instituições e práticas resulta do 29º Encontro da Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE), realizado em 2024 na Unipampa, campus Bagé. Reunindo jovens pesquisadores em formação e docentes experientes, a obra reflete a vitalidade dos debates historiográficos e a relevância da História da Educação como campo plural e em constante renovação. Os capítulos exploram como ideias, instituições e práticas educativas foram moldadas por projetos políticos, culturais, econômicos e sociais ao longo do tempo, destacando que a educação não é neutra, mas atravessada por disputas e intencionalidades. Ao dialogar com questões contemporâneas, como a defesa da democracia, a preservação dos patrimônios educativos e os desafios das tecnologias digitais, a coletânea reafirma o compromisso da ASPHE com a reflexão crítica, a escuta qualificada e a produção coletiva de saberes, ampliando a visibilidade das pesquisas realizadas no sul do Brasil.
A coletânea História das Infâncias nos dois lados do Atlântico, entre o Moderno e o Contemporâneo reúne pesquisas recentes dedicadas às formas de cuidar, assistir e educar crianças em diferentes contextos históricos e sociais. O campo da História da Infância, em constante renovação, vem mobilizando investigações plurais no Brasil e em Portugal, conduzidas por pesquisadores de diferentes áreas e sustentadas por múltiplos acervos documentais. O resultado é um conjunto de olhares diversos e complementares sobre as infâncias, abrangendo temporalidades que vão do Período Moderno ao Contemporâneo. Ao problematizar os discursos e práticas que constituíram os sujeitos infantis, a obra evidencia a complexidade e a riqueza desse objeto, destacando sua relevância historiográfica e social. Mais do que registrar experiências passadas, o livro amplia a visibilidade das crianças na História e contribui para compreender o caleidoscópio de realidades que marcaram suas trajetórias no espaço luso-brasileiro.
O livro é um convite aos(às) leitores(as) para “navegarem” nas memórias escolares de um grupo que tem trilhado um percurso de formação e atuação profissional no campo da educação, alguns/algumas iniciantes e outros(as) profissionais mais experientes. O grupo é composto por acadêmicos(as) que frequentaram a disciplina Memória Docente e Gênero, no primeiro semestre de 2022, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). A referida disciplina intentou pensar sobre os cruzamentos temáticos relativos às questões do trabalho docente, memória e gênero, a partir de diferentes pressupostos teóricos metodológicos, com ênfase na história oral e nos estudos biográficos, bem como pensar sobre as contribuições desses temas para a história e historiografia da educação.
Trago a citação de Umberto Eco para convidá-los a refletir sobre a obra aqui apresentada pelo professor e pesquisador José Edimar de Souza. Uma investigação que implicou a recolha de memória de alunos e professores de Escolas Isoladas da zona rural, na localidade de Lomba Grande, interior do Rio Grande do Sul. Por se tratar de narrativas de memória, teve, portanto, como procedimento metodológico a História Oral. Essa metodologia viabiliza, academicamente, o que menciona Eco: “os velhos se tornaram a memória da espécie”. Por meio de um exame de documentos escritos e orais, em uma análise rigorosa, José Edimar produziu a historiografia de um tempo e lugar, construindo, assim, um mosaico com registros de diferentes tipologias. Por meio deles, pode-se adentrar em tempos pretéritos da educação no Vale do Rios dos Sinos, em meados do século XX. O estudo apresentado permite-nos entender determinados aspectos do passado, no presente, que chegam a nós por meio de recordações.
Os textos reunidos neste livro tomam jornais e revistas como dispositivos privilegiados para a reflexão sobre as escritas eleitas por estudantes, destacando aspectos sobre suas distintas realidades e da relação que estabeleciam com o mundo, no amplo sentido de socialização. Impressos estudantis cujos nomes dos(as) autores(as) permaneceram ecoando nas memórias de cada cidade, estado ou sujeitos contemporaneamente desconhecidos. Práticas de escrita que atendiam a determinadas fi­nalidades políticas. Escritas que faziam circular poesias, crônicas, anedotas, ilustrações, gravuras e imagens. Matérias que tratam da construção da história do Brasil ou notícias sobre o cotidiano das férias estudantis. Jornais e revistas escritos por estudantes e profissionais da educação envolvidos em ações que transcendem a escola e seus fazeres, mas atrelados a determinados projetos de nação.
O livro, fruto da pesquisa de doutorado, analisa a constituição e a trajetória das escolas italianas no município de Pelotas (RS), Brasil, entre 1872 e 1938: do surgimento da primeira escola até o fechamento das instituições com as políticas do Estado Novo. Ancorada na história transnacional da educação e na global history, a obra articula dimensões locais, nacionais e transnacionais, mobilizando conceitos como italianidade, identidade étnica e cultura material escolar. O estudo se apoia em um corpus diversificado, com destaque para documentos consulares, fontes escolares e notícias de jornais. A investigação identifica os diferentes momentos da presença escolar italiana em Pelotas, marcados por tensões, disputas internas e variados atores sociais, com forte vínculo, na maior parte do tempo, às sociedades de mútuo socorro e beneficência. A obra contribui para ampliar a compreensão das práticas educativas em contextos migratórios e das conexões entre escola, identidade e cultura italiana em dimensões transnacionais.

Realização:

Logo colorido da UFPel
Logo da Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação - ASPHE

Organização:

Logo do Centro de memória e pesquisa História da Alfabetização, Leitura, Escrita e dos Livros Escolares - HISALES
Logo do Centro de estudos e investigações em História da Educação - CEIHE
Logo do Grupo de pesquisa História e Educação: textos, escritas e leituras - HEDUCA

Colaboração:

Logo do Centro de Artes - CA/UFPel
Logo do Centro de documentação - CEDOC / CEIHE
Logo do CEHUS.
Logo do Centro de memória da educação - CEMEDU - IE/FURG
Logo do Laboratório de Ensino de História - LEH
Logo do Programa de Pós-graduação em Educação - PPGE/UFPel
Logo do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática - PPGEMAT
Logo do Programa de Pós-Graduação em História - PPGH