Ceratose liquenóide em cães: características e diagnóstico de uma enfermidade raramente relatada na medicina veterinária

Ceratose liquenóide em cães: características e diagnóstico de uma enfermidade raramente relatada na medicina veterinária

Maysa Seibert de Leão, Eduardo Gonçalves da Silva, Michaela Marques Rocha, Caroline Castagnara Alves, Francesca Lopes Zibetti, Daniele Weber Fernandes, Thaíssa Gomes Pellegrin, Brenda Madruga Rosa, Amanda Leal de Vasconcellos, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: A ceratose liquenóide é uma enfermidade cutânea pouco relatada e que ainda possui pouco estudo em Medicina Veterinária. Essa enfermidade pode acometer cães adultos de forma idiopática, causando lesões solitárias, alopécicas e não pruriginosa no pavilhão auricular, axilas e virilhas de cães adultos. Frequentemente as lesões desaparecem espontaneamente, dificultando o diagnóstico dessa enfermidade, que é realizado de acordo com as características macroscópicas das lesões cutâneas e análises histopatológicas. O objetivo desta revisão de Literatura é caracterizar as lesões causadas por essa enfermidade e a realização do seu diagnóstico, assim como seu diagnóstico diferencial.

Palavras chave: Caninos, histopatologia, lesão cutânea

https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n09a921.1-4

Fibropapilomatose em tartarugas marinhas: Revisão

Fibropapilomatose em tartarugas marinhas: Revisão

Brenda Madruga Rosa, Eduardo Gonçalves da Silva, Michaela Marques Rocha, Caroline Castagnara Alves, Francesca Lopes Zibetti, Daniele Weber Fernandes, Maysa Seibert de Leão, Thaís Cristina Vann, Amanda Leal de Vasconcellos, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: A presente revisão tem por objetivo copilar informações já relatadas sobre a fibropapilomatose em tartarugas marinhas, doença altamente debilitante e potencialmente fatal, caracterizada pela formação de fibropapilomas cutâneos e fibromas viscerais, possuindo distribuição mundial, afetando principalmente tartarugas verdes. A etiologia dessa enfermidade ainda não foi estabelecida, mas a suspeita é de uma infecção viral que pode ocorrer associada a fatores ambientais. O número e tamanhos dos tumores variam entre cada indivíduo e a sua presença, em alguns casos dificulta a qualidade de vida desse animal. A confirmação ocorre por meio de diagnóstico histológico. A principal terapia empregada é a remoção cirúrgica dos papilomas.

Palavras-chave: Excisão cirúrgica, histopatologia, quelônios, tumores

 

https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n12a986.1-4

 

Gastropatia hipertrófica pilórica crônica: Revisão

Gastropatia hipertrófica pilórica crônica: Revisão

Francesca Lopes Zibetti, Eduardo Gonçalves da Silva, Michaela Marques Rocha, Caroline Castagnara Alves, Brenda Madruga Rosa, Daniele Weber Fernandes, Maysa Seibert de Leão, Matheus de Azevedo Soares, Amanda Leal de Vasconcellos, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: Existem duas formas de gastropatia hipertrófica pilórica crônica (GHPC), a de origem congênita, que é a hipertrofia muscular benigna do piloro, onde o aumento do volume celular ocorre nas células da camada muscular; e a adquirida, que consiste na hipertrofia da mucosa do antro gástrico, onde este aumento ocorre na camada mucosa; ambas provocam o retardo do esvaziamento gástrico por acarretar na estenose do lúmen pilórico. Este trabalho tem como objetivo trazer a revisão de literatura das formas de GHPC. O diagnóstico definitivo de ambas se dá por exames complementares de imagem, em especial a endoscopia e por biópsia; é muito importante se fazer o diagnóstico diferencial para demais enfermidades que apresentam sinais clínicos semelhantes, onde o principal deles é o vômito logo após a refeição. O tratamento de eleição é a correção cirúrgica pela técnica de piloroplastia, sendo necessário o acompanhamento do paciente no pós-cirúrgico e o prognóstico normalmente é favorável.

Palavras-chave: estenose, esvaziamento gástrico, exames de imagem, piloroplastia

https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n12a982.1-6

Minimum Dose of Levothyroxine Restored the Autonomic Balance on a Dalmatian Female Dog with Primary Hypothyroidism

Minimum Dose of Levothyroxine Restored the Autonomic Balance on a Dalmatian Female Dog with Primary Hypothyroidism

Paula Priscila Correia Costa, Stefanie Bressan Waller, Michaela Marques Rocha, Danilo Galvão Rocha, Caroline Castagnara Alves, Matheus de Azevedo Soares, Eduardo Gonçalves da Silva, Amanda Leal de Vasconcellos

Resumo: Hypothyroidism is an endocrine disease that leads to a reduction in the hormones thyroxine (T3) and triiodothyronine (T4), which therapy with levothyroxine restores the clinical signs related to the metabolic rate. Due to the influence of thyroid hormones on the heart, which is under the constant influence of the autonomic nervous system (ANS), dogs with hypothyroidism can develop bradycardia, arrhythmia, and dysautonomia. Heart rate variability (HRV) assesses autonomic modulation by the Holter method, which is scarce in dogs. We aimed to report the cardiac and autonomic effects of the primary hypothyroidism untreated and treated with levothyroxine in a canine case by Holter monitoring.
Case: A 7-year-old female Dalmatian, weighing 36 kg, was referred for clinical evaluation due to apathy, weight gain, low hair quality, and lethargy. On physical examination, alopecic lesions on the hind limbs and tail, as well as bradycardia with a heart rate (HR) of 40-50 beats per minute (bpm) were observed, in addition to a 3/6 mitral murmur and 2/6 tricuspid murmur. Given the suspicion of thyroid gland disorder, the blood hormonal measurement revealed an increase in thyroidstimulating hormone (TSH; 0.65 ng/mL) and a decrease in free T4 (0.11 ng/mL) and total T4 (0.44 ng/mL), confirming primary hypothyroidism. Therapy was started with a minimum dose of levothyroxine (0.913 mg, every 12 h), which clinical signs were restored in 5 months of treatment, with weight loss, hair growth, and active behavior. To assess the impact of untreated and treated hypothyroidism on the patient’s ANS, a Holter monitoring exam was performed for 24 h before and after therapy. Before treatment, the average HR was 75 bpm, and the HR<50 bpm occurred during 05 h 20 min 36 s. Still, 320 pause events (>2.0s), 1st-degree atrioventricular blocks (AVB), six ventricular ectopias events, and 2nd-degree sinoatrial block (SAB) were also observed. The ANS parasympathetic tone was significantly stimulated, highlighting bradycardia, arrhythmia, and dysautonomia. After 5 months of treatment with levothyroxine, the average HR was 89 bpm, and the HR<50 bpm occurred during 02 h 06 min 13 s. No ventricular pauses, blocks, or ectopias were observed, showing the stimulation of sympathetic tonus, which restored HR and ANS balance. Still, it was observed that the minimum levothyroxine dose corrected cardiac changes by increasing the low frequency (LF), decreasing the high frequency (HF), and, consequently, increasing the LF/HF ratio, normalizing the frequency conditions in HRV.
Discussion: In the frequency index, HF indicates the vagal activity, whereas LF indicates both systems with parasympathetic predominance. Before treatment, the dog had a low LF/HF ratio (0.46), indicating dysautonomia with parasympathetic stimulation. After therapy, the conditions of bradycardia and functional cardiac capacity were corrected, restoring ANS, due to the serum recovery of thyroid hormones. This study reported the cardiac and autonomic effects of primary hypothyroidism untreated and treated with levothyroxine on a dog, that had intense bradycardia and abnormal stimulation of the parasympathetic tone, associated with episodes of 1st-degree AVB, ventricular ectopias, and 2nd-degree SAB. After therapy with a minimum dose of levothyroxine, there was a decrease in parasympathetic activity and an increase in sympathetic stimulus, correcting cardiac changes, and restoring the balance of ANS. As it is a simple, non-invasive, and safe tool that helps the clinician to understand cardiac autonomic modulation, it is recommended to adopt the Holter monitoring exam in cases of hypothyroidism cases to assess sympathetic-vagal balance and check potential cardiac risks.

https://doi.org/10.22456/1679-9216.104802

Indicadores de lesão cardíaca associada a leishmaniose

Indicadores de lesão cardíaca associada a leishmaniose

Eduardo Gonçalves da Silva, Caroline Castagnara Alves, Raphael Luiz Gentil Felix de Carvalho Costa, Mariana Santos Martins, Mirela Mallmann Schmalfuss, Stefanie Bressan Waller, Amanda Leal de Vasconcellos, Guilherme Albuquerque de Oliveira Cavalcanti, Marlete Brum Cleff, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: A leishmaniose é uma zoonose parasitária frequentemente fatal, causada pelo protozoário Leishmania spp., mundialmente distribuída. A principal forma de transmissão da enfermidade se dá através do flebotomíneo Lutzomyia spp., porém pode haver outras formas de transmissão, como por transfusão sanguínea. O parasito tem capacidade de causar lesões em diversos órgãos de mamíferos e, apesar de não ser comum, a enfermidade pode levar a desordens cardiocirculatórias, em que o animal apresentará sintomas comuns de cardiopatias, como intolerância ao exercício e dispneia. Dessa forma, é importante avaliar o sistema cardíaco em casos de leishmaniose, através de radiografia torácica, eletrocardiograma, concentrações de tropoinina I cardíaca e de CK MB. Assim, o presente trabalho objetiva revisar a literatura de acordo com indicadores de lesões cardíacas associados a leishmaniose.

https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n10a673.1-7

Síndrome glaucomatosa em Chihuahua: da hipertensão ocular ao glaucoma

Síndrome glaucomatosa em Chihuahua: da hipertensão ocular ao glaucoma

Isadora Lobão Torres Santiago, Raphael Willian Ponte Neres, Stephany Ramos Pedrosa, Maurício de Andrade Bilhava, Tainá Ança Evaristo, Franciéli Ribeiro Silva, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: O glaucoma é definido como a via final de um conjunto de enfermidades oftálmicas caracterizadas pela perda progressiva de sensibilidade e função, seguida de morte, das células ganglionares da retina e pela perda axonal do nervo óptico, com consequente redução do campo visual, conduzindo à cegueira, causado pelo aumento da
pressão intraocular (PIO) considerada normal no cão entre 10 e 20 mm Hg. Nos animais pode ser classificado com relação a sua possível causa como primário, secundário ou congênito, com relação à aparência do ângulo de drenagem como glaucoma de ângulo aberto, de ângulo estreito ou de ângulo fechado, ou quanto a duração ou estágio da doença, como agudo, crônico ou absoluto. O diagnóstico é baseado nas manifestações clínicas associado com a utilização de tonometria, gonioscopia, ultrassonografia e eletrorretinografia. O tratamento é feito com base em fármacos que diminuem a PIO, podendo ser necessária associação com procedimentos cirúrgicos. As técnicas cirúrgicas objetivam diminuir a produção do humor aquoso, lesionando o corpo ciliar ou incrementando sua drenagem, através de vias alternativas.

https://doi.org/10.31533/pubvet.v14n6a588.1-7

Hipoadrenocorticismo em Cães

Hipoadrenocorticismo em Cães

Paula Priscila Correia Costa, Carlos Henrique Andrade Teles, Maíra Pereira D’Alencar, Lúcia de Fátima Lopes dos Santos

Resumo: O hipoadrenocorticismo é uma endocrinopatia incomum de difícil diagnóstico em cães, já que os sinais clínicos são bastante variáveis e assemelham-se a outras doenças comuns da clínica médica de pequenos animais. Normalmente acomete animais jovens ou de meia-idade, sendo que as raças mais predispostas ao surgimento da enfermidade incluem: Poodle, Springer Spaniel, Rottweiller, Dogue Alemão e West Highland Terrier. O diagnóstico é confirmado pela escolha correta dos testes hormonais. Ele deve ser realizado o mais rápido possível já que animais em crise podem ir à óbito dentro de algumas horas.

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/view/34076/pdf

Hiperaldosteronismo em Felinos

Hiperaldosteronismo em Felinos

Francisco Jucélio Correia Canuto, Jorge Luis de Souza Neto, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: O hiperaldosteronismo é um distúrbio endócrino caracterizado por excesso na secreção de mineralocorticoides na circulação sanguínea, principalmente, da aldosterona pela zona glomerulosa da glândula adrenal. Tumores de córtex adrenal ou hiperplasia nodular são frequentemente as causas do hiperaldosteronismo em felinos, podendo ser observado ocorrência uni ou bilateral. A aldosterona é responsável pela absorção de sódio e, consequentemente, aumento da volemia. Portanto, a apresentação inicial pode ser decorrente de uma diversidade de problemas relacionados à fisiopatologia do processo, como por exemplo, a hipertensão, retinopatia hipertensiva, sintomas neurológicos em decorrência de hemorragias cerebrais secundárias a hipertensão. Além de sinais clínicos relacionados à hipocaliemia, como fraqueza, flexão ventral do pescoço e mioalgia secundária a miopatias hipocalêmicas. A remoção cirúrgica da(s) glândula(s) adrenal(is) acometida(s) (adrenalectomia uni ou bilateral) é o tratamento de escolha para hiperaldosteronismo primário. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre o Hiperaldosteronismo felino, um distúrbio endócrino que pode ocasionar graves alterações no gato e pode estar sendo subdiagnosticado.  Por conseguinte, se faz necessária uma maior atenção dos Médicos Veterinários aos sinais clínicos, achados laboratoriais e métodos de diagnóstico para que um correto diagnóstico seja realizado e um tratamento eficaz e imediato seja executado.

http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/view/32568/pdf

Meningoencefalite Necrosante

Meningoencefalite Necrosante

Lys Alves, Jéssica Barbosa, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: A Meningoencefalite Necrotizante idiopática (MEN) é uma encefalopatia causada por uma disfunção inflamatória não supurativa de caráter necrotizante do sistema nervoso central (SNC), com etiologia ainda desconhecida, que foi inicialmente descrita em cães da raça Pug como a Encefalite do cão Pug, entretanto, diversos estudos comprovam que a MEN ocorre em outras raças também, como Maltês, Yorkshire Terrier, Chihuahua e Shitzu.  Acredita-se que a etiologia da doença esteja relacionada a infecção viral e presença de anticorpos contra a proteína glial ácida (GFAP) do cérebro. A literatura tem apontado como sinais clínicos da doença: convulsões, letargia, anorexia, cegueira, andar em círculos, dor e rigidez cervical. O diagnóstico ante mortem é difícil, sendo geralmente necroscópico. Não existe tratamento específico para a doença e sim de suporte.

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/view/32566/pdf

Transtorno Obsessivo Compulsivo em cães e gatos

Transtorno Obsessivo Compulsivo em cães e gatos

Tiago Cunha Ferreira, Carmen Vládia Soares de Sousa, Paula Priscila Correia Costa

Resumo: O estreitamento cada vez maior da relação entre os animais e o homem, principalmente cães e gatos, tem despertado na medicina veterinária um olhar crítico dos profissionais da área, tornando imprescindível a avaliação do bem-estar e saúde a partir de estresses, traumas físicos ou ansiedade aos quais o animal possa ter sido submetido. Um distúrbio comportamental cada vez mais frequente e de bastante importância é o chamado transtorno obsessivo compulsivo, caracterizado por ações repetidas, constantes e sem propósito aparente. As causas do TC podem ser de origem genética, médica ou mesmo comportamental. O diagnóstico é baseado na observação do comportamento, histórico detalhado, incluindo informações acerca do desenvolvimento do problema, histórico de toda vida do animal, descrição da situação na qual o comportamento surgiu inicialmente. O tratamento para TC baseia-se no tratamento farmacológico (ansiolíticos e/ou anti-depressivos) e não farmacológico (comportamental). Diante do exposto, tem-se como objetivo abordar em uma revisão de literatura o que se sabe sobre o transtorno compulsivo em cães e gatos, a importância, possíveis etiologias, como se apresenta nos animais, diagnóstico e tratamento.

http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/view/32567/pdf