O extrato da água-viva Phyllorhiza punctata promove efeitos neurotóxicos
Raquel Felipe Vasconcelos Carneiro; Nilberto Robson Falcão do Nascimento; Paula Priscila Correia Costa; Victor Martins Gomes; Alex Jardelino Felizardo de Souza
Resumo: Phyllorhiza punctata ( P . Punctata ) é nativa para a medusa Pacífico sudoeste. Com isto apresenta-se a caracterização bioquímica e farmacológica de um extracto dos tentáculos de P . punctata . Os tentáculos foram submetidos a três ciclos de congelamento-degelo, homogeneizados, ultrafiltrados, precipitados, centrifugados e liofilizados para obter um extrato bruto (PHY-N). Compostos de envenenamento paralítico por moluscos, como saxitoxina, gonyautoxin-4, tetrodotoxina e brevetoxina-2, além de várias fosfolipases secretórias A 2foram identificados. O PHY ‐ N foi testado em preparações neuromusculares autonômicas e somáticas. Em deferente do rato vas, PHY-N induzida contracções fásicas que atingiram um pico de 234 ± 34,7% do controlo de altura tique, que foram bloqueadas com 100 μ m de fentolamina ou 1 m m de lidocaína. Nos corpos cavernosos do camundongo, o PHY ‐ N evocou uma resposta de relaxamento, que foi bloqueada com o éster metílico L ‐ NG ‐ nitroarginina (0,5 m ) ou 1 m m de lidocaína. PHY ‐ N (1, 3 e 10 μg ml -1 ) induziu um aumento no tônus da preparação neuromuscular biventer-cervicis que foi bloqueada com o pré-tratamento da galamina (10 μ m ). Administração de 6 mg kg −1PHY ‐ N produziu morte por via intramuscular em frangos de corte por paralisia espástica. Em conclusão, PHY ‐ N induz despolarização nervosa e aumenta inespecificamente a liberação de neurotransmissores.