Intoxicação por Cannabis sativa em paciente canino – relato de caso

Intoxicação por Cannabis sativa em paciente canino – relato de caso

Juliana Barroso Félix; Lúcia de Fátima L. dos Santos; Paula Priscila Correia Costa; Bruna Pinto Coutinho; Daniela Brízida Borga

Resumo:A maconha consiste na mistura feita a partir de folhas e flores secas da planta Cannabis sativa. Normalmente, os animais se intoxicam por meio de ingestão acidental. Os efeitos da planta são associados aos canabinoides, que não são encontrados em outras espécies vegetais. Em alguns estados dos Estados Unidos, vem sendo observado um aumento de casos de intoxicação em cães. No Brasil, os relatos são escassos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico em canino intoxicado por maconha. O cão deu entrada no hospital apresentando incoordenação motora, depressão, midríase, diminuição de reflexo pupilar, nistagmo horizontal, opistótono, bradicardia e estado de obnubilação. O paciente foi internado e submetido a um tratamento de suporte, uma vez que não há antídoto para essa intoxicação. A recuperação se deu em torno de 36 horas.

https://revistaclinicaveterinaria.com.br/blog/produto/revista-clinica-veterinaria-n-126/

O extrato da água-viva Phyllorhiza punctata promove efeitos neurotóxicos

O extrato da água-viva Phyllorhiza punctata promove efeitos neurotóxicos

Raquel Felipe Vasconcelos Carneiro; Nilberto Robson Falcão do Nascimento; Paula Priscila Correia Costa; Victor Martins Gomes; Alex Jardelino Felizardo de Souza

Resumo: Phyllorhiza punctata ( P . Punctata ) é nativa para a medusa Pacífico sudoeste. Com isto apresenta-se a caracterização bioquímica e farmacológica de um extracto dos tentáculos de P . punctata . Os tentáculos foram submetidos a três ciclos de congelamento-degelo, homogeneizados, ultrafiltrados, precipitados, centrifugados e liofilizados para obter um extrato bruto (PHY-N). Compostos de envenenamento paralítico por moluscos, como saxitoxina, gonyautoxin-4, tetrodotoxina e brevetoxina-2, além de várias fosfolipases secretórias A 2foram identificados. O PHY ‐ N foi testado em preparações neuromusculares autonômicas e somáticas. Em deferente do rato vas, PHY-N induzida contracções fásicas que atingiram um pico de 234 ± 34,7% do controlo de altura tique, que foram bloqueadas com 100 μ m de fentolamina ou 1 m m de lidocaína. Nos corpos cavernosos do camundongo, o PHY ‐ N evocou uma resposta de relaxamento, que foi bloqueada com o éster metílico L  NG ‐ nitroarginina (0,5 m ) ou 1 m m de lidocaína. PHY ‐ N (1, 3 e 10 μg ml -1 ) induziu um aumento no tônus ​​da preparação neuromuscular biventer-cervicis que foi bloqueada com o pré-tratamento da galamina (10 μ m ). Administração de 6 mg kg −1PHY ‐ N produziu morte por via intramuscular em frangos de corte por paralisia espástica. Em conclusão, PHY ‐ N induz despolarização nervosa e aumenta inespecificamente a liberação de neurotransmissores.

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/jat.1620

Para uma melhor compreensão da toxicidade de Ipomoea asarifolia: Evidências do envolvimento de uma lectina foliar

Para uma melhor compreensão da toxicidade de Ipomoea asarifolia: Evidências do envolvimento de uma lectina foliar

H.O. Salles; I.M. Vasconcelos; L.F.L. Santos; H.D. Oliveira; P.P.C. Costa; N.R.F. Nascimento; C.F. Santos; D.F. Sousa; A.R.C. Jorge; D.B. Menezes; H.S.A. Monteiro; D.M.F. Gondim; J.T.A. Oliveira

Resumo: Foi relatado que a intoxicação natural do gado pela ingestão de folhas de Ipomoea asarifolia ocorre amplamente no Brasil. Estudos anteriores realizados pelo nosso grupo de pesquisa forneceram fortes evidências de que uma lectina poderia estar envolvida com as propriedades tóxicas de I. asarifolia. Para reforçar esta hipótese, uma fração enriquecida em lectina (LEF) foi isolada das folhas de I. asarifolia e seus efeitos tóxicos foram avaliados. As folhas de I. asarifolia foram retiradas de plantas que crescem amplamente no campo, feridas mecanicamente e mantidas em uma câmara a 25 3 C por 72 h no escuro, sob umidade relativa próxima de 100%. As proteínas foliares foram extraídas, precipitadas com sulfato de amônio, cromatografadas em DEAE-celulose e fenil-Sepharose para produzir LEF que, sob SDS-PAGE, mostraram uma massa molecular de 44,0 kDa e após a análise de aminoácidos N-terminais uma sequência primária composta por AGYTPVLDIGAEVLAAGEPY. A toxicidade in vivo da LEF avaliada por injeção intraorbital em camundongos mostrou movimentos descoordenados graves induzidos sem morte. A LEF reduziu a contração muscular de maneira dependente da dose e, em 29,8 mg / mL (CE50), produz 50% de inibição da contração, sugerindo que a LEF atenua a neurotransmissão autonômica. Os rins de ratos isolados foram perfundidos com LEF e não foram observados efeitos na pressão de perfusão ou na resistência vascular renal, mas o fluxo urinário e a taxa de filtração glomerular aumentaram. Além disso, a porcentagem de transporte tubular de Naþ, Kþ e Cl diminuiu. O exame histológico dos rins perfundidos com LEF exibiu pequenas alterações. Esses efeitos tóxicos observados acima foram concomitantes ao aumento da atividade de hemaglutinação da LEF, o que sugere fortemente que um dos princípios tóxicos de I. asarifolia é uma lectina presente em suas folhas.

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/44308/1/API-Towards-a-better.pdf

Complicações do uso do Itraconazol – Revisão

Complicações do uso do Itraconazol – Revisão

Samantha Pinheiro Pimentel; Maressa Holanda dos Santos; Leonardo Alves Cabral; Paula Priscila Correia Costa

Resumo: O uso de medicamentos antifúngicos deve ser eficaz e seguro, isso se faz importante para a cura adequada do paciente, e para evitar o desenvolvimento de resistência do patógeno. Dentre as classes de fármacos, o Itraconazol destaca-se por ser um dos primeiros antifúngicos utilizados, além de apresentar efeito fungicida eficaz em micoses superficiais e sistêmicas. Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma breve revisão de literatura sobre o fármaco Itraconazol e suas prováveis complicações de uso. Poucos relatos existem sobre efeitos colaterais em pequenos animais, havendo mais informações em estudos humanos. Foram observados que efeitos colaterais se manifestam quando a dose de itraconazol é excessiva, podendo desencadear problemas hepatotóxicos principalmente.

http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/download/36583/pdf/

Intoxicação por Metais Pesados ​​em uma Calopsita (Nymphicus Hollandicus)

Intoxicação por Metais Pesados ​​em uma Calopsita (Nymphicus Hollandicus)

Estéfanni de Castro Pinheiro; Rafael César de Melo; André Grespan; Tainara Micaele Bezerra Peixoto; Maressa Holanda dos Santos; Leonardo Alves Rodrigues Cabral; Paula Priscila Correia Costa

Resumo: Nas últimas décadas, a demanda por animais de estimação não convencionais tem aumentado relativamente, uma situação que cada vez mais leva os veterinários a encontrar esses animais na prática médica e cirúrgica. Destes animais, os pássaros se destacam. Os animais da ordem Psittaciforme são conhecidos como criaturas muito curiosas e ativas, que tendem a mastigar objetos em seu ambiente. Entre as diversas ocorrências que levam esse animal a comparecer à clínica veterinária, destacamos o envenenamento por metais pesados, principalmente o envenenamento por chumbo (Pb) e zinco (Zn). O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de intoxicação por metais pesados ​​em calopsitas (Nymphicus hollandicus).
Uma calopsita foi levada ao veterinário com histórico de apatia, incoordenação motora, consumo exacerbado de água e regurgitação. A anamnese completa foi fundamental para direcionar suspeita de intoxicação por metais pesados. As partículas radiopacas foram visualizadas através de exame radiográfico, sugerindo intoxicação por metais pesados. O diagnóstico foi concluído através de exames complementares, uma vez que os sintomas clínicos são inespecíficos. O tratamento teve como objetivo fornecer intervenção de emergência, evitar maior absorção, uso de antídotos, fornecer medidas de apoio e orientar o proprietário. Pode-se concluir que o diagnóstico e o tratamento foram bem-sucedidos.
A intoxicação por metais pode matar pássaros. O veterinário deve sempre procurar a literatura para realizar o melhor suporte e tratamento. Para isso, é necessário levar em consideração a história detalhada e a história médica detalhada, pois o tempo de ingestão e o tipo de metal interferem na conduta terapêutica. O uso de testes de imagem como raios-x e o ultrassom é essencial para auxiliar o clínico, especialmente nos casos em que o tutor não sabe se o animal ingeriu ou não um objeto. No exame radiográfico, o metal pesado tem a característica de ter alta radiopacidade, o que foi evidenciado no caso em questão. Posições radiográficas devem ser consideradas para evitar falsos negativos. Na literatura, o tratamento da terapia quelante é priorizado para remover o metal pesado circulante e, assim, atuar sobre a causa do problema. No caso em questão, o EDTA de cálcio foi utilizado por via intramuscular, o que mostrou melhora clínica no animal após a segunda aplicação. O EDTA de cálcio se liga aos metais e facilita seu transporte e excreção. O uso da fluidoterapia é necessário como tratamento de suporte para evitar danos nos rins, uma vez que os metais pesados ​​são altamente prejudicial aos néfrons. Especialmente nos casos em que o animal para de alimentar e ingerir água. O uso de antibióticos é essencial, pois em muitos casos o animal, além de não se alimentar, se torna propenso a infecções devido à toxicidade do metal, portanto, o uso profilático é essencial para um melhor prognóstico. No caso em questão, o uso de enrofloxacina foi eficaz, conforme relatado na literatura. Recomenda-se o diagnóstico da dosagem sérica de chumbo e zinco, no entanto, devido às dificuldades de obtenção das amostras, e como outros metais também podem causar intoxicação, no caso em questão, o tratamento foi iniciado sem esses resultados. De acordo com os resultados obtidos neste trabalho, o tratamento descrito na literatura é eficaz e pode ser realizado imediatamente para salvar a vida animal sem sequelas subsequentes.

https://seer.ufrgs.br/ActaScientiaeVeterinariae/article/view/85121/49055