Por Vitória Santos/Superávit Caseiro
Aumento de 2,5% entre dezembro e janeiro surpreende consenso LSEG de analistas
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou no dia 14 de março que entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 as vendas no comércio varejista aumentaram 2,5%. É de se esperar o aumento do consumo nessa época, especialmente com as comemorações das festas de final de ano, além do 13° salário e outros bônus.
A Agência Nacional publicou que, entre os setores que apresentaram crescimento “os destaques foram as de tecidos, vestuário e calçados (8,5%) e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,1%), que exerceram as principais influências sobre o resultado total do comércio varejista”. Neste cenário, cinco entre oito atividades investigadas avançaram no mês de janeiro de 2024.
Entre as três atividades que ficaram no campo negativo temos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com queda 1,1%, o setor de material de construção com queda de 0,2% e as atividades de Livros, jornais, revistas e papelaria, sendo a última a que apresentou maior queda, equivalente a 3,6%.
O número é otimista, visto que o consenso LSEG de analistas previam alta de apenas 0,2% para o mês de janeiro. Neste período, o varejo operou 5,7% acima do registrado em fevereiro de 2020, em um cenário pré-pandêmico. A última alta significativa foi registrada em setembro do ano passado, com um crescimento de 0,8%. O aumento é ainda mais relevante considerando a queda que o setor enfrentou em dezembro de 2023. Ainda que tenha caído no último mês, o varejo encerrou o ano com alta de 1,7%.
Em relação a janeiro de 2023, seis dos oito setores investigados no comércio varejista avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,1%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,3%), Tecidos, Vestuário e Calçados (0,7%), Combustíveis e lubrificantes (0,6%) e Móveis e eletrodomésticos (0,3%).
Os resultados são promissores. As vendas cresceram em 24 das 27 Unidades Federais (UFs) do país em relação a dezembro. Já em relação à comparação anual, 25 das 17 UFs registraram crescimento.