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  • Professores na Educação Infantil

    Parte do kit brincante enviado para as crianças da minha turma de crianças, em 2020
    Eu escrevi esse post em junho de 2019. Eu estava entrevistando professoras(es) para minha pesquisa de pós-doutorado e refletindo sobre a dificuldade de encontrar professores na Educação Infantil. Já havia me deparado com essas questões quando era coordenador pedagógico em uma escola privada. Tínhamos muita dificuldade em contratar professores e estagiários.
    Em muitas escolas, a forma de incluir professores homens na Educação Infantil é contratar professores de educação física, capoeira, música… Quando ingressei como professor no município, percebi uma realidade bastante diferente. Havia mais homens, inclusive nos berçários.
    Esse é o post no qual registro minhas primeiras inquietações sobre a presença dos homens na Educação Infantil:
    Ainda em 2019 a presença e atuação de homens na Educação Infantil, especialmente nas creches, é assunto polêmico.
    A ideia construída com bastante esforço de que a mulher é naturalmente e instintivamente mãe vem sendo questionada. Nem toda a mulher quer, deseja, nasceu, ficará completa a ter uma criança ou cuidar e educar outras na escola. Nessa construção social, o lugar da professorA também foi forjado e pouco questionado.
    Há um movimento, ainda que discreto, de alguns homens no sentido de buscar o espaço de ser pai, participar da vida, da criação do cuidado e da educação de seus filhos e filhas.
    Inegavelmente, a sociedade tem avançado, por outro lado tem regredido também em muitos aspectos. Nos cursos de Pedagogia há poucos meninos, nas escolas menos ainda.
    Não estou querendo questionar o espaço de trabalho feminino, nem tirar o emprego das meninas. Ao contrário, queria ver mais executivas e mais professorOs meninos nas escolas de Educação Infantil.
    Acredito que é importante o convívio com a diversidade nas escolas.
    Convido vocês a pensar sobre os motivos de termos poucos meninos/homens na Educação Infantil. Alguma ideia?

    Ainda em 2019, Valmir Dorneles Júnior, Régis Wagner e eu escrevemos um capítulo de livro a partir de uma pesquisa que fizemos sobre os pontos positivos em termos homens na Educação Infantil. Vocês podem conferir esse texto aqui:

    O livro completo pode ser acessado aqui:

    Novas perspectivas para formação de professores

  • Brincar livre dos bebês

    Em 2021, eu recebi o professor mestre Rafael Kelleter para convesar com a minha turma de O Brincar de Bebês e Crianças sobre o brincar livre dos bebês. O Rafael é uma referência em estudos da abordagem Pikler e na concepção de brincar livre.

    Aproveitem para conhecer um pouco mais sobre a abordagem Pikler e como o Rafael trata com leveza desse tema tão importante para nossa formação e entendimento dos bebês.

    A fala do Rafael é importante para percebermos os bebês como pessoas com agência, vontades, capacidades e não apenas como seres frágeis, indefesos que devem ficar presos no berço e nas cadeirinhas.

  • Currículo na Educação Infantil

    Coleção de conchas

    As questões relacionadas ao currículo na Educação Infantil têm promovido muitas discussões. Como não há uma lista de conteúdos que devem ser seguidos para cada faixa etária, muitas professores e professores têm dúvidas em como implementar o conceito de currículo que está expresso nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Algumas pessoas até mesmo estranham o uso do termo “currículo”, pois entendem que este é composto por matérias que devem ser estudadas e avaliadas.

    Imaginem fazermos uma prova para o berçário I. Os bebês que caminham são aprovados para o berçário II com notas por desempenho, estabilidade, número de quedas… Parece uma loucura, mas a questão é pararmos de aplicar conceitos do Ensino Fundamental, Médio e Superior para a Educação Infantil. Já partimos de palavras diferentes: “Educação” e “Ensino”. Reflita sobre a ação da professora ao “ensinar” e ao “educar”.

    Entretanto, a criação da Base Nacional Comum Curricular, em 2017, abriu a possibilidade do mercado editorial lançar obras didáticas, manuais, livros do professor para a Educação Infantil. A maioria dessas obras parte da premissa que as professoras e os professores não tem conhecimento didático, repertório e princípios para trabalhar com suas turmas. Seguindo nessa linha, essas cartilhas têm uma visão de criança muito distanciada daquela que está nas DCNEI e que entendo que deveria ser a guia das nossas práticas pedagógicas.

    Para se aprofundar mais sobre o tema, o que penso e pesquiso, deixo aqui dois textos que escrevi. O primeiro deles é mais crítico e foi escrito durante o meu pós-doutorado sob supervisão do doutor Rodrigo Saballa de Carvalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O artigo foi publicado na revista Currículo sem Fronteiras em 2020. O texto traz resultados da pesquisa que fiz durante meu pós-doutoramento.

    Concepções sobre Currículo

    O segundo texto é mais panorâmico e traz um bom resumo sobre questões de currículo na Educação Infantil. Ele foi publicado na revista Pindorama, em 2021, e traz aproximações do currículo com a Pedagogia da Infância.

    Currículo e Pedagogia da Infância

    Os dois textos estão hospedados na minha página da academia.edu. Para ter acesso a outros escritos meus, acesse o link na barra lateral.

  • Diversidade na Educação Infantil

    Confiram essa conversa muito esclarecedora sobre a Diversidade na Educação Infantil com a Renata dos Anjos do Mães pela Diversidade.

    A escola deve ser um espaço seguro para todas, todes e todos, iniciando desde a Educação Infantil.