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  • Todos os livros deveriam vir com essa explicação

    Quando for ler para as crianças, fale o nome da escritora, da ilustradora, da editora, se ele foi escrito por uma brasileira, se foi traduzido…

    Isso vai acostumando as crianças-leitoras a entenderem sobre quem participa do livro, a terem autoras(es), ilustradoras(es) preferidas(os) e vai criando uma cultura letrada.

  • Ainda sobre currículo

    Uma das atividades de um curso que fiz em 2020 com o professor Rodrigo Saballa era pensar em coisas que nos acostumamos, mas não devíamos.

    Fiz essa figura, falando sobre o currículo na Educação Infantil.

    Mesmo nas escolas que não organizam o seu currículo por datas comemorativas é comum as professoras serem atropelas por decisões superiores que ordenam a comemoração de determinadas datas. “Semana que vem temos que fazer algo sobre a alimentação saudável!” “Ah, vou ler a Sopa da Maricota, então”.

    Cada vez mais temos assistido com horror o crescimento da venda dessas apostilas com atividades para a Educação Infantil. Isso também não é currículo.

    Projetos prontos, projetos que vêm cima, de fora, da Smed…, não constituem uma Pedagogia de Projetos.

    Estude, leia e se posicione!

     

  • Ainda falando sobre desenho e produção artística na Educação Infanti

    Card com uma proposta de fotografia e observação da natureza

    enviado para minha turma de crianças em 2020

     

    Com o passar o tempo e o amadurecimento das crianças, elas vão repetindo desenhos cada vez mais estereotipados. Casa com telhado vermelho, sol amarelo, árvore com tronco marrom e copa verde, nuvens azuis…

    Acredito que seja uma influência forte dos adultos que se dá por duas vias. A primeira delas é que esses desenhos são facilmente reconhecidos e poupam as crianças daqueles momentos: “Ah, que lindo você desenhou a mamãe?!” “Não, é um monstro horrível!”. A segunda influência é que nós adultos desenhamos para as crianças. Elas vêm com aquela conversa mole: “Não sei desenhar um cachorro”. E você vai lá e faz o seu cachorro. O interessante é que a criança descubra o seu próprio cachorro.

    Como a gente pode amenizar esse processo?

    a) convidando as crianças a observarem a natureza, as suas cores, as mudanças de luz, de tons;

    b) não criando um desenho referência exemplo (até hoje eu sei desenhar o cachorro que a minha professora fazia no quadro);

    c) criando um catálogo de referência de desenhos, fotos, pinturas, que possa ser consultado pelas crianças;

    e) envolva as crianças na criação desse catálogo;

    f) proponha que as crianças tenham um caderno de desenho de observação (não espere desenho acadêmico!);

    g) substitua aquelas perguntas “hoje está sol, nublado, chuvendo?” por “vamos nos deitar no pátio e observar o céu, as nuvens…”.

    Garanto que vão sair coisas incríveis.

  • Desenhando com o Professor Marcelo

    No meu canal no YouTube vocês vão encontrar uma playlist com uma série de vídeos sobre possibilidades de desenho. Esses vídeos eu fiz para as minhas turmas de crianças de 4 e 5 anos durante 2020 e 2021.

    Há várias propostas que podem ser adaptadas facilmente para várias realidades, mesmo sem materiais muito específicos de desenho.

    Playlist Desenhando

    Eu me diverti muito fazendo esses vídeos. Todas as propostas foram testadas antes de gravar os vídeos e mandar para as famílias.

     

     

  • Forças que atuam na escola

    Esse slide também é da mesma apresentação do post anterior

    A escola é um espaço no qual se educa, se ensina e se aprende. A educação é um termo mais amplo. Se educa pelo exemplo, pelas atitudes, nas conversas, no jeito de ser, de fazer, de estar no mundo. A escola deveria ser um espaço aberto, acolhedor, no qual todos possam educar e se educar, aprender e ensinar.

    Nesse cenário, temos muitas forças atuando. Muitas delas negativas. Nessa figura, eu identifiquei algumas positivas e muitas negativas.

    Vamos focar nas positivas!

    Pensarmos a partir de princípios e orientação feminista é um grande passo para mudanças positivas na escola. Acredito numa docência com orientação feminista como um ponto fundamental para as mudanças sociais que desejamos.

    Entendermos as nossas igualdades e diferenças e aprendermos a conviver com elas faz parte de uma educação para todas, todes e todos. Somos crianças, mas somos diferentes. Somos adultos, mas somos diferentes. Somos diferentes. Aí está a beleza!

    A escola também deveria ser um lugar seguro para crianças e famílias LGBTQIA+. Há muito espaço para essa discussão quando se trata de escolas para a infância. Já vi muitos olhares de reprovação e comentários maldosos sobre questões relacionadas à expressão de gênero das crianças. O que mais me incomoda é a previsão do futuro feita por adultos. “Esse aí será” ou “Essa daí será”. A afetividade e a sexualidade futura de crianças não é um objeto que deveríamos nos preocupar, mas sim contribuir para que as crianças desenvolvam identidades saudáveis, que se amem, que se gostem, que tenham orgulho de quem são e de quem se tornarão.

    Podemos também contribuir com as transformações necessárias para acolhermos as diferenças, as identidades, as sexualidades, as expressões das crianças, dos jovens e dos adultos. O melhor jeito é estudar, se informar, ler e estar aberto.

    Vamos tentar?

  • Todas as escolas infantis são para todas as crianças

    Eu fiz essa imagem para uma fala sobre gênero na escola no Seminário de Luta contra a LGBTfobia, promovido pelo CPERS, em 2019.

    Se pensarmos nas escolas de Educação Infantil, acredito que elas são para todas as crianças, para todas as famílias, para todes es profissionais.

    Mesmo com todas as discussões que vêm avançando sobre gênero, identidade, masculinidade/feminilidade, composição familiar, orientação sexual/afetiva, a escola continua sendo um espaço excludente.

    O que podemos mudar na nossa realidade, nas nossas atitudes, no nosso olhar para deixar a escola um pouco mais aberta?