Pedro Martins Criado[1]
O correio do mundo islâmico durante o período Abássida (132-656 H./750-1258 d.C.) não parece ser um tema que despertaria fortes emoções – mas essa aparência não passa de uma conveniente distração, para esconder de nós os segredos dos poderosos. Para além das simpáticas carinhas dos burrinhos de rabo cortado, há diferentes motivos pelos quais o chamado barīd teve grande importância para a administração islâmica. Entre eles, podemos destacar a circulação de inteligência e informações privilegiadas entre as diversas áreas distantes e os centros de poder do califado, como Damasco e Bagdá. Em outras palavras, o barīd era um veículo oficial tanto do conhecimento notório e protocolar, como do sigiloso, secreto e valioso aos eminentes e soberanos.
A rede de rotas e os correios que vieram a funcionar como o barīd não surgiram com o advento do Islã no início do século 7 d.C., e sim nas vias delineadas e povos espalhados por todo o Oriente Médio desde a Antiguidade. Não parece possível definir o primeiro a ter cortado o rabo de uma mula para transportar cargas oficiais, mas o costume é amplamente difundido pela Ásia. A explicação mais aceita a respeito desse hábito considera-o como uma forma de diferenciar entre as montarias oficiais e as não-oficiais. Contudo, outras teorias cogitam motivos militares – isto é, para não haver o risco de que elas fossem mutiladas em eventuais embates –, ou até mesmo uma possível maneira de aumentar a velocidade dos animais (SILVERSTEIN, 2004).
Por sua vez, a semelhança entre os sistemas postais romano, islâmico e chinês pode indicar um mesmo ponto inicial (MEZ, 1937; GAZAGNADOU, 1994). Mais especificamente, o fato de que romanos, islâmicos e chineses igualmente aparavam o rabo das montarias dos correios reforça a possibilidade de um ancestral comum para tal prática, que dificilmente surgiria de maneira independente nesses três contextos (GOITEIN, 1964). De fato, a comparação direta com o correio chinês ocorre naturalmente aos próprios mercadores muçulmanos do século 3 H./9 d.C.:
As correspondências entre os grandes reis e os governantes e eunucos das grandes cidades é feita por meio de mulas dos correios, as quais têm o rabo tosquiado da mesma maneira que as mulas dos correios de nossas terras. Elas percorrem rotas conhecidas. (AL-SĪRĀFĪ, 2022, p. 92)
Pensando nessa possível irradiação a partir de um ponto central, não parece absurdo procurarmos nos persas os prováveis idealizadores de uma primeira estrutura postal organizada em larga escala na região, ou até mesmo nos babilônios antes deles (GOITEIN, 1964). Ainda que sua invenção seja muito antiga, o desenvolvimento do correio real no Oriente Médio acompanhou a consolidação do Império Aquemênida (550-330 a.C.). Heródoto destaca a eficiência e a agilidade do serviço de correios dos persas, e descreve sua boa organização em postos que, a cada légua, tinham homens preparados para sair a cavalo a qualquer hora, sob quaisquer que fossem as condições do tempo (livro 8, §98).
Essa herança deixou sinais perceptíveis no contexto árabe em forma da predominância de uma terminologia persa referente às atividades postais, como o fayj (literalmente, “pedestre”; por extensão, courier ou “carteiro”), o emprego da unidade de distância farsaḫ (“parasanga”, de medida variável entre 3 e 6 km), ou, possivelmente, a própria palavra barīd (MEZ, 1937). Ao explicar a origem do barīd, o historiador persa Abū ʿAbdillāh Ḥamza al-ʾIṣfahānī (m. 350 H./961 d.C.) atribui sua criação ao imperador Dario I (522-486 a.C.):
Dārā bin Bahmān foi o primeiro a implementar as estações do barīd, onde definiu que haveria montarias de cauda cortada, as quais foram chamadas de barīd ḏanab (do persa, burīde dum, “de rabo cortado”). Essa expressão foi arabizada e a segunda metade foi eliminada, então dizem barīd. (ḤAMZA AL-ʾIṢFAHĀNĪ, s/d., pp. 32-3)
Embora os compiladores muçulmanos tracem a etimologia de barīd ao persa, o arabista Shlomo Dov Goitein diz que certamente o termo vem do veredarius (também courier ou “carteiro”), que possui derivações em siríaco e na literatura talmúdica. Mais do que isso, a proximidade com a palavra latina sugere que os árabes teriam tido contato direto com o sistema romano muito antes do advento do Islã (GOITEIN, 1964). Assim como o chamado cursus publicus, o barīd era um serviço imperial de correios e transportes de acesso restrito aos militares e governantes. Os ágeis cavalos romanos empregados nessas atividades oficiais eram chamados de veredus em latim e βέρεδος [béredos] em grego. Ainda assim, mesmo que o termo em si possa ser uma derivação romana, o barīd dos árabes enquanto instituição veio dos persas (GOITEIN, 1964).
Durante o período Omíada (41-132 H./661-750 d.C.), a principal função do barīd era de servir como um meio de comunicação militar, de modo que um exército em campanha só marcharia adiante após ter estabelecido e equipado “postos (burud) entre um território e outro” (AL-ṬABARĪ, 1883-5, v. 8, p. 1045). O aprimoramento organizacional do barīd sob os Omíadas é geralmente atribuído ao califa ʿAbd al-Malik (65-86 H./685-705 d.C.) (SOURDEL, 1986).
Contudo, sob administração abássida, os diferentes sistemas prévios – persa e romano – são acomodados na instituição centralizada do barīd, o que também se reflete, por exemplo, nas diferentes unidades de medida utilizadas simultaneamente: a leste do Eufrates, as rotas são medidas em parasangas, enquanto, a oeste, são medidas em milhas, a unidade romana – por vezes, ambas, inclusive, aparecem juntas (MEZ, 1937). O geógrafo Abū ʿAbdillāh Yāqūt al-Ḥamawī (m. 626 H./1229 d.C.) explica algumas das acepções do termo barīd (sg.) / burud (pl.) junto a equivalências métricas:
Sobre o barīd: há diferenças; alguns dizem que, no deserto, ele tem 12 milhas, e, no Šām e em Ḫurāsān, tem 6 milhas. Abū Manṣūr disse: o barīd é o enviado, e seu “correio” é seu “envio”. Algum dos árabes disse: “a febre é o barīd da morte” – isto é, ela é o emissário que adverte da morte. A viagem que permite abreviar a reza é de 4 burud, 48 milhas – em milhas hāšimī, que são as do caminho de Meca. A montaria do barīd também se chama barīd, bem como seu percurso no barīd. (…) Ibn al-ʾAʿrābī disse: “Tudo que há entre dois estabelecimentos é um barīd.” Algum deles narrou algo que contrariava o que havia dito, então ele disse: “De Bagdá até Meca, são 275 parasangas e 2 milhas, que seriam 827 milhas; esse número dá 58 barīd e 4 milhas, e o barīd dá 20 milhas.” Essa foi a história que ele contou. Deus sabe mais. (YĀQŪT AL-ḤAMAWĪ, 1977, v. 1, p. 35)
Com os Abássidas, o barīd passou por um processo semelhante ao que se deu nas demais esferas governamentais do califado: uma diversificação de suas funcionalidades; se antes seu principal propósito era militar, agora ele serviria para o escoamento de informações variadas entre governantes e califas. O persa Abū al-Qāsim ʿUbaydullāh Ibn Ḫurdāḏbeh (m. 300 H./913 d.C.), um chefe da estação do barīd em Samarra, foi o responsável por escrever a obra considerada a mais antiga geografia originalmente islâmica, o Kitāb al-masālik wal-mamālik (Livro das rotas e reinos). O acesso de Ibn Ḫurdāḏbeh à maior rede de informantes existente no mundo islâmico de seu tempo permitiu que ele registrasse todos os trajetos conhecidos que conectavam as terras do dār al-ʾIslām, bem como as localizações dos diversos povos com os quais o Islã tinha contato. Sobre a estrutura e o funcionamento do barīd de seu tempo, Ibn Ḫurdāḏbeh diz brevemente que “são 930 estações. O custo anual com a aquisição e a manutenção de montarias, e com a remuneração dos chefes do correio e dos carteiros, é de 159.100 dinares” (IBN ḪURDĀḎBEH, 1886, p. 153), uma quantia compatível com a arrecadação fundiária de um pequeno distrito.
Em termos institucionais, foi com os Abássidas que o barīd ganhou seu próprio dīwān, um gabinete secretarial administrativo (SAʿDĀWĪ, 1953) – mais ou menos, como um ministério. Em meados do século 3 H./9 d.C., a malha do barīd já cobria todo o território islâmico (SOURDEL, 1986), com um alcance até as terras chinesas a leste, via o chamado barīd turco (IBN ḪURDĀḎBEH, 1886), e até Constantinopla a oeste, via Ásia Menor, onde a distância entre uma estação do barīd e a outra era de uma parasanga, ou 3 milhas (IBN ḤAWQAL, 1938). Ao final do século 3 H./9 d.C., um certo Hārūn bin Yaḥyà foi feito prisioneiro pelos romanos e, depois de libertado, voltou e relatou o mais antigo testemunho autóptico em árabe a descrever Constantinopla e Roma, cujo início é o trajeto em que ele foi transportado, incluindo um trecho via barīd na Anatólia (IBN RUSTEH, 1891).
Dois fatores principais ainda distinguem o sistema postal pré-moderno dos outros tipos de viagem: velocidade e segurança – características necessárias ao funcionamento de uma estrutura responsável por transportar materiais de alto interesse e valor (SILVERSTEIN, 2004). Um manuscrito conhecido como Siyāsat al-mulūk (A condução dos reis), escrito por um anônimo de meados do século 4 H./10 d.C., prescreve que “uma estação do barīd nunca deve ficar desatendida” (SILVERSTEIN, 2002-3, p. 133). Esse texto nos oferece o tratamento mais extenso de diferentes órgãos burocráticos do período Abássida – entre eles, o barīd. Alguns indícios na fonte sugerem que ela teria sido escrita logo após a chegada dos Buídas (334-454 H./934-1062 d.C.) ao palco do poder califal (SILVERSTEIN, 2002-3). Entre as obrigações gerais do barīd, o Siyāsat al-mulūk inclui que o protocolo de inteligência deve respeitar a boa prática de investigação, e o registro das informações deve ser feito da maneira adequada, em linguagem oficial e descomplicada. Em dado momento, o relator narra uma anedota graciosa sobre a celeridade do barīd, em que um funcionário teria contado que, nos tempos do califa al-Muʿtaṣim Billāh (218-227 H./833-842 d.C.), uma carta chegava até eles com a massa do selo ainda úmida (SILVERSTEIN, 2002-3). Em última instância, a sustentação do governo contava com o bom funcionamento do barīd, e isso estaria condicionado à integridade de sua infraestrutura e à confiabilidade de seus gestores e subordinados.
O cargo de ṣāḥib al-barīd wal-ḫabar, “chefe dos correios e da inteligência”, é encarregado de gerenciar, justamente, esses dois âmbitos: correios e inteligência. Quanto aos primeiros, cabe a ele supervisionar todas as competências envolvidas na atividade das estações, incluindo escribas, carteiros, animais, abastecimento de provisões, manutenção de equipamentos e administração de recursos. Dada a extrema sensibilidade de seu cargo, também é necessário estar sempre resguardado contra falsidades – por ser um representante do soberano, enganá-lo seria como enganar o sultão, então sua cautela deve ser compatível com a requerida pelos assuntos oficiais. Por esse motivo, sua eventual punição seria necessariamente exemplar e severa (SILVERSTEIN, 2002-3).
No que diz respeito à inteligência, o chefe do barīd é responsável por manter o califa atualizado a respeito dos próprios governantes, conferindo a esse órgão uma atribuição dupla de vigilância, tanto externa como interna da máquina governamental (SILVERSTEIN, 2002-3). Suas atribuições são semelhantes às do ṣāḥib al-ḫarāj, “chefe da arrecadação fundiária”, sendo o chefe do barīd, inclusive, encarregado de manter uma colaboração mútua com o gabinete tributário, bem como de informar os governantes a respeito das atividades desse departamento e de seus funcionários. “Os chefes do barīd devem obter informações tanto sigilosas como públicas” (SILVERSTEIN, 2002-3, p. 132). Dada sua função supervisora, o protocolo do barīd abrange mais do que o envio de cartas e a escrita de relatórios:
Ibrāhīm bin Mūsà bin ʿĪsà bin Mūsà disse que os chefes do barīd em toda parte escreviam todo dia para al-Manṣūr durante seu califado, informando o preço do trigo, dos grãos e dos condimentos, o preço de cada alimento, cada veredito que o cádi julgou em seus distritos, o que o governante fez, e quais riquezas e novidades chegaram ao tesouro. Ao fazerem a reza do pôr do sol, escreviam para ele [sobre o que acontecera naquele dia, e,] sobre o que acontecia toda noite, depois da reza da manhã. Quando as cartas chegavam, ele as lia; caso visse que os preços estavam normais, não fazia nada, e, caso alguma coisa estivesse fora do normal, ele escrevia ao governante e ao coletor de lá, perguntando sobre a causa daquela tal disparidade do preço. Quando recebia a resposta com o motivo, lidava com aquilo com gentileza e benevolência até que o preço voltasse ao normal. Caso tivesse dúvidas quanto a algum veredito do cádi, escrevia-lhe sobre isso e perguntava sobre seu trabalho aos que estavam presentes; caso reprovasse algo que ele fizera, escrevia-lhe repreendendo-o e criticando-o. (AL-ṬABARĪ, 1979-80, v. 10, p. 435)
No contexto islâmico, podemos dizer que foi com os Abássidas que o barīd teve sua importância e seu potencial expandidos. O barīd tornou-se uma ferramenta administrativa fundamental para que os governantes recebessem boletins informativos variados, que eram então repassados até o Comandante dos Fiéis. Esses relatórios incluíam dados burocráticos importantes, como preços dos grãos e arrecadações de impostos, mas também traziam à ciência do califa, por exemplo, informações pertinentes ao cumprimento da lei. A confiança inspirada pela eficiência do barīd sob os Abássidas encontra, até mesmo, uma ocorrência única de um califa, Mūsà al-Hādī (169-170 H./785-786 d.C.), lançando mão de seus serviços de transporte pessoalmente ao tomar montarias do barīd “como um dos nobres” para fazer um deslocamento urgente (AL-ṬABARĪ, 1979-80, v. 10, p. 547). Além dos correios e transportes, os Abássidas fizeram do barīd, efetivamente, um departamento de inteligência, logo, considerado uma questão de segurança. Num discurso de investidura registrado pelo secretário do tesouro Abū al-Faraj Qudāma bin Jaʿfar (m. 337 H./948 d.C.), enfatiza-se a confiabilidade como o principal atributo exigido de um chefe do barīd:
Abū al-Faraj disse: o barīd requer um dīwān próprio, e as cartas despachadas de todas as regiões devem ser direcionadas ao seu chefe para que este despache cada uma delas ao seu devido local de destino. Ele é encarregado de apresentar ao califa as cartas dos chefes [locais] do barīd e da inteligência de todas as regiões, e da função de reunir todas elas. Ele deve supervisionar os assuntos dos carteiros, dos signatários, dos mestres das estações pelas rotas, bem como deve garantir suas remunerações e investir carregadores de encomendas em todas as cidades. Para este dīwān, requer-se uma pessoa que seja confiável – tanto em si mesma, quanto perante o califa investido do poder em seu tempo; porque o condutor deste dīwān não requer o escrutínio total, mas sim deve ter confiança, cautela e os costumes necessários a quem conduz o dīwān, que se aproximam dos costumes obrados nos demais e mantidos por seus funcionários e atividades. (…) É indispensável que o chefe desse dīwān consiga suprir o que for preciso sem ter de recorrer a outros; o que o califa requisitar dele quando houver necessidade de pessoas e manejo de um exército de função importante; e o que mais for necessário sobre o conhecimento dos caminhos. Ele deve se encontrar firme, com seu coração preparado, sem que seja necessário encarregar [alguém de fazer] seu trabalho ou de questioná-lo. (QUDĀMA IBN JAʿFAR, 1981, pp. 77-8)
Como é de se esperar, califas, vizires e governantes teriam se dedicado, por vezes, a manobrar a estrutura do barīd como um de seus instrumentos políticos. No início da guerra civil entre os filhos de Hārūn al-Rašīd (170-193 H./786-809 d.C.), uma das primeiras medidas tomadas por al-Maʾmūn (198-218 H./813-833 d.C.) contra al-ʾAmīn (193-198 H./809-813 d.C.) foi cortar o contato de seu irmão com o serviço do barīd de Ḫurāsān, interrompendo assim o principal meio usado pelo califa para obter informações acerca da região mais a leste de seu território (KENNEDY, 1981).
O sistema do barīd foi sofrendo um processo contínuo de desorganização até ser interrompido pelos Seljúcidas (429-590 H./1037-1194 d.C.), de modo que, durante as Cruzadas, Zânguidas (521-648 H./1127-1250 d.C.) e Aiúbidas (569-648 H./1174-1250 d.C.) não dispunham de uma estrutura postal, mas sim faziam uso de corredores, camelos e pombos (SOURDEL, 1986). O barīd seria posteriormente restabelecido com os Mamelucos (648-923 H./1250-1517 d.C.), mas com um funcionamento próprio, priorizando as finalidades político-militares e, posteriormente, comerciais.
Bibliografia
GAZAGNADOU, Didier. La poste à relais. La diffusion d’une technique de pouvoir à travers l’Eurasie. Chine-Islam-Europe. Paris: Editions Kimé, 1994.
GOITEIN, Shlomo D. “The Commercial Mail Service in Medieval Islam” em Journal of the American Oriental Society, v. 84, nº 2 (abr-jun/1964), pp. 118-23.
ḤAMZA AL-ʾIṢFAHĀNĪ, Abū ʿAbdillāh. Taʾrīḫ sinī mulūk al-ʾarḍ wal-ʾanbiyāʾ. s/d.
HERÓDOTO. História. Tradução: J. Brito Broca; Estudo crítico: Vítor de Azevedo. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.
IBN ḤAWQAL, Abū al-Qāsim Muḥammad. Kitāb ṣūrat al-ʾarḍ. Edição: M. J. de Goeje. 2ª ed. Beirute: Dār Ṣādir, 1938.
IBN ḪURDĀḎBEH, Abū al-Qāsim ʿUbaydullāh. Kitāb al-masālik wal-mamālik. Edição: M. J. de Goeje. Bibliotheca Geographorum Arabicorum, nº 6. Leiden: E. J. Brill, 1886.
IBN RUSTEH, Abū ʿAlī Aḥmad. Kitāb al-ʿalāq al-nafīsa. Edição: M. J. de Goeje. Bibliotheca Geographorum Arabicorum, nº 7. Leiden: E. J. Brill, 1891.
KENNEDY, Hugh. The Early Abbasid Caliphate: A Political History. Nova York: Routledge, 1981.
MEZ, Adam. The Renaissance of Islam. Tradução: Salahuddin Khuda Bakhsh e D. S. Margoliouth. Patna: The Jubilee Printing & Publishing House, 1937.
QUDĀMA IBN JAʿFAR, Abū al-Faraj. Kitāb al-ḫarāj wa-ṣināʿat al-kitāba. Edição: Muḥammad Ḥusayn al-Zubaydī. Bagdá: Dār al-Rašīd lil-Našr, 1981.
SAʿDĀWĪ, Naẓīr. Niẓām al-barīd fī al-dawla al-ʾislāmīya. Cairo: Dār Miṣr lil-Ṭabāʿa, 1953.
SILVERSTEIN, Adam J. “A New Source on the Early History of the Barīd” em Al-Abhath: Journal of the Faculty of Arts and Sciences, American University of Beirut. Edição: Asʿad E. Khairallah. vols. 50-51, 2002-3, pp. 121-34.
___,___. “On Some Aspects of the ‘Abbasid Barīd” em MONTGOMERY, James E. ‘Abbasid Studies: Occasional Papers of the School of ‘Abbasid Studies, Cambridge, 6-10 July 2002. Leuven, Paris, Dudley: Uitgeverij Peeters/Departement Oosterse Studies, 2004.
al-SĪRĀFĪ, Abū Zayd al-Ḥasan. Relatos da China e da Índia. Tradução: Pedro Martins Criado. Rio de Janeiro: Tabla, 2022.
SOURDEL, Dominique. “Barīd” em The Encyclopaedia of Islam: New Edition. Leiden: E. J. Brill, 1986, v. 1, pp. 1045-6.
al-ṬABARĪ, Abū Jaʿfar Muḥammad bin Jarīr. Taʾrīḫ al-rusul wal-mulūk. 15 vols. Edição: M. J. de Goeje. Leiden: Brill, 1879-1901.
YĀQŪT AL-ḤAMAWĪ, Abū ʿAbdillāh. Muʿjam al-buldān. 5 vols. Beirute: Dār Ṣādir, 1977.
[1] Doutorando em Letras na Universidade de São Paulo. E-mail: pedromartinscriado@gmail.com; Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6499511245235475
Publicado em 12 de dezembro de 2023.
Como citar: Criado, Pedro Martins. Barīd: Correios e inteligência no califado Abássida. Blog do POIEMA, Pelotas 12 dez 2023. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/texto-barid-correios-e-inteligencia-no-califado-abassida/ Acessado em: