André Pelegrinelli[1]
“[Francisco] Ensinava a buscar nos livros o testemunho do Senhor, não o valor material; a edificação, não a beleza. E queria que possuíssem poucos [livros] e que os mesmos estivessem disponíveis para a necessidade dos irmãos que precisavam. […] “(Tomás de Celano, Memorial do Desejo da Alma, cap. XXXII).
Desse modo o hagiógrafo Tomás de Celano tratou, em um de seus textos, da relação de Francisco de Assis com os livros: a fim de perfeitamente observar o preceito da pobreza, eles deveriam ser valorizados por seu conteúdo (testemunho e edificação) e não por sua forma (valor material e beleza). A divergência entre conteúdo e forma nesse caso se explica pelo alto de custo de produção do livro medieval, mas é também reveladora do modo de compreensão da circulação de informação escrita no Medievo: conteúdo e forma são inseparáveis, logo, dentro de uma lógica de valorização da pobreza, essa mensagem não deveria ser obliterada pela opulência do suporte por meio do qual ela existia: o manuscrito.
Este texto é um esforço de convencimento: é preciso rematerializar os textos! Trazer à consciência do leitor moderno a compreensão medieval dos livros enquanto objetos. Edições, traduções e reproduções foram essenciais para a afirmação dos estudos medievais no cenário brasileiro, mas esse acesso intermediado às fontes não pode criar uma concepção de livro medieval virtualizado, como um livro digital moderno que, independentemente do local e tempo, apresentará sempre o mesmo texto. A nossa geração – e aqui me coloco ao lado do leitor, como doutorando que sou – conheceu as fontes medievais a partir da realidade digital e não é possível, ao menos no Novo Mundo, inverter essa ordem de acesso: primeiro as reproduções e edições e, depois, os originais. Todavia, é chegado o momento da jovem medievística pensar o caminho inverso e, através do diálogo interdisciplinar, tomar ciência da materialidade dos textos.
No entanto, cedo a iniciativa de convencer o leitor da importância da forma do texto a quatro frades franciscanos que demonstram, em seus manuscritos, como os elementos paratextuais e a circulação do texto revelam traços das suas compreensões da potência da escrita e da leitura.
Em setembro de 1224, quando Francisco praticava uma quaresma acompanhado de seu amigo e assistente frei Leão no Monte Alverne, um bosque ermo próximo a Florença, estadia que culminou com o milagre dos estigmas, ele teria escrito a oração que ficaria conhecida como Louvores ao Deus Altíssimo em um pequeno pedaço de pergaminho de 13,5x10cm. Algum tempo depois, ainda no Alverne, frei Leão, segundo as fontes hagiográficas, teria pedido que Francisco lhe escrevera uma bênção, e ele teria então utilizado o mesmo pergaminho, em seu verso. A breve oração escrita por Francisco está baseada no texto bíblico e é completada, na parte inferior do pergaminho, por um desenho de uma letra tau saindo da boca de uma cabeça situada sobre um monte e cruzando o nome de Leão.
Fig. 1. Assisi, Basilica di San Francesco, 13,5x10cm, lado pelo. Disponível em https://it.wikipedia.org/wiki/Frate_Leone#/media/File:Manuscrito_de_s_francisco.jpg. Acesso em 05 de abril de 2024.
Em outra ocasião (Pelegrinelli, 2019. Cf. também Bartoli Langeli, 2000) busquei demonstrar como a imagem desenhada na parte inferior do pergaminho é parte integrante do conteúdo da oração, que ganhava seu sentido personalíssimo através dela. Apesar disso, as edições modernas suprimem o desenho, de modo que o leitor contemporâneo estará, necessariamente, sentenciado a ler um texto incompleto e impreciso.
O desenho de Francisco é um dos elementos denominados “paratextuais” de um texto: imagens, sumário, margens, iniciais, etc., tudo aquilo que se coloca no livro em relação ao texto. Se os elementos paratextuais não forem compreendidos como partícipes da mensagem eles podem, como frequentemente acontece, ser ignorados.
Em 1474 o franciscano observante Iacopo Oddi terminava de compor sua obra chamada Espelho da Ordem dos Menores, mais conhecida como Franceschina, uma espécie de catálogo de vidas de santos, que foi copiada em três códices durante o século XV: ms. 1238 da Biblioteca Augusta de Perugia, ms. 46 da Biblioteca Porziuncola em Santa Maria degli Angeli (Assis) e um manuscrito sem cota que se encontra no Archivio di Stato di Perugia (seção Spoleto). Em todos eles o copista – talvez o próprio Oddi no caso do ms. 1238 – utilizou diferentes tipos de iniciais ornamentadas ao longo do texto, cujo critério de escolha sobre o que deveria ser mais ou menos ornamentado não encontra correspondência com o tipo de texto, mas com o personagem cuja vida é biografada naquela seção. Em outras palavras: os copistas fizeram uso da ornamentação das letras iniciais para privilegiar alguns personagens em específico, ainda que estes não recebessem a mesma atenção no texto. Ele inseria, assim, uma nova camada retórica – não textual, mas ornamental – na apresentação dos santos (Pelegrinelli, 2022).
O texto foi editado em 1931 pelo frade erudito Nicola Cavanna, que fez uso de alguns modelos de iniciais ornamentadas presentes no ms. 46 para marcar, no texto editado, o início da vida de cada um dos personagens. No entanto, sua escolha estética de ornamentar todos os personagens anulou a variedade valorativa produzida por Oddi e pelos copistas.
Elementos paratextuais, portanto, não eram apenas organizadores do texto – marcando seções ou destacando citações, por exemplo –, mas eram compreendidos no Medievo como ferramentas à disposição do autor para a construção do texto, valorizando, explicando e desenvolvendo outras reflexões e sentidos. Assim, o leitor moderno deve buscar a “filologia da forma” (CHIESA, 2016, p. 179) desse texto, ou seja, buscar uma perspectiva historicizante (portanto filológica) que restitua esse em sua integridade histórica, e não apenas textual. Como demonstrado por Díaz y Díaz (1986) e Orlandi (1994), os copistas possuíam uma tendência à fidelidade formal ao modelo – à chamada ordinatio do manuscrito, demonstrando assim compreender a forma do texto como sendo projeto de seu autor, daí advindo a tendência a reproduzir as escolhas gráficas presentes no antígrafo.
[…] Pode-se ir além. Caracteres externos e também aqueles paratextuais, como cenas ilustrativas ou vinhetas marginais, iniciais maiores ou menores, mais ou menos ornamentadas, escritas características, margens, longe de serem campo de pesquisa apenas para os historiadores da arte, podem contribuir de forma útil a uma “kodikologische Stemmatik”, uma vez que são capazes de revelar conjuntos de modelos, edições antigas, agrupamentos ou desagrupamentos de textos, interações entre exemplares, contaminações. Cavallo, 1998, p. 395)[2]
Fig. 2. Perugia, Biblioteca Augusta di Perugia, ms. 1238, f. 230r. Disponível em https://www.finxit.it/index.php/finxit/article/view/6. Acesso em 05 de abril de 2024.
A recomposição estemática de um texto, isto é, a reconstrução de sua árvore genealógica, informa a respeito do manuscrito mãe, de onde outras cópias foram produzidas e é uma ferramenta essencial para a atividade filológica, visando a reconstrução hipotética do original. Tal procedimento, no entanto, é útil não apenas para os filólogos, mas também para os historiadores interessados na mudança dos textos ao longo do tempo. Não há no Medievo cópia perfeita: a reprodução, que era necessariamente humana, fazia com que, salvo exceções de textos brevíssimos, toda cópia comportasse algum tipo de modificação – chamada variante –, ainda que se tratasse de um simples erro de cópia: troca de palavras, rasuras, confusão de letras, como é comum de se fazer ao escrever um texto, até hoje. Na ausência de cópia perfeita, todo livro era único, característica que foi elevada ao grau máximo no conto A Biblioteca de Babel, de Jorge Luis Borges:
Há uma singularidade no livro que faz com que, embora haja centenas de livros similares, cada um deles é único graças à alguma interpolação: […] cada exemplar é único, insubstituível, mas (como a Biblioteca é total) há sempre várias centenas de milhares de fac-símiles imperfeitos: de obras que apenas diferem por uma letra ou por uma vírgula. (Borges, 2001, p. 97-98)
A ocorrência de variantes e interpolações gera uma nova possibilidade de abordagem histórica dos textos: se o medievalista está interessado em compreender a circulação de um texto e seu impacto em determinado contexto, é essencial não perder de vista o fenômeno das variantes e reescrituras. Nos últimos anos tenho me dedicado ao levantamento e compreensão do fenômeno de interpolações textuais em um excerto da obra De Conformitate Vitae Beati Francisci ad Vitam Domini Iesu (Sobre a conformação da vida do beato Francisco à vida do Senhor Jesus), produzida no final do século XIV por frei Bartolomeu de Pisa. A obra era uma espécie de “enciclopédia” franciscana, apresentando a história e teologia dos menores. Um dos capítulos (chamado 8º Fruto) era dedicado a agrupar geograficamente, por meio das províncias, as vidas de frades mortos em odor de santidade.
Os estudos e edições já publicados sobre este texto identificaram 56 códices (Bartholomaeus Pisanus, 1906; 1912; Seton, 1923; Erickson, 1972; Ciccarelli, 2015), parciais ou integrais, com a obra de Bartolomeu. Refazendo o levantamento, identifiquei até o momento 108 manuscritos. Mas vamos ao detalhe: ao verificar apenas os códices que apresentavam o 8o Fruto, constatei que cerca de 43% deles apresentavam reescritas importantes desse excerto: neles o copista se sentia livre para manipular o seu conteúdo, retirando ou acrescentando santos, abreviando ou alongando vidas, por exemplo. Estes copistas – em geral frades – anônimos, transformaram significativamente a obra original e ir aos manuscritos revela um dado importante da obra no Medievo, pois se quase metade dos exemplares apresentava um texto notavelmente distante do original, o De Conformitate não pode ser lido como um bloco monolítico, e sim como uma obra aberta, adaptável e capaz de ser transformada por cada copista anônimo.
O último exemplo mobilizado é Mariano de Florença e seus possíveis colaboradores. Mariano foi um frade observante que viveu entre o final do século XV e metade do XVI, morrendo precocemente graças à peste, mas que deixou diversos trabalhos inacabados e manuscritos autógrafos – isto é, escritos pelo próprio autor. O ms. Landau Finaly 243, da Biblioteca Nacional de Florença, foi encadernado da forma como se apresenta hoje apenas no século XIX, mas uma parte significativa de seus fascículos já deveria compor um códice original, quase todo autógrafo de Mariano. Seções escritas por outras mãos parecem seguir o mesmo processo redacional e, quiçá, trata-se de idiógrafos, isto é, textos que não foram escritos pelo autor, mas sob a sua supervisão, garantindo assim a manutenção de suas escolhas gráficas e de organização. A obra contém as Vite de sancti Frati Minori (Vidas dos santos Frades Menores), uma coletânea hagiográfica produzida por Mariano e que se apresenta também em outras redações em outros dois manuscritos[3].
No início da vida de João de Bonvinsi (fig. 3), ao lado da rubrica “Iniciam-se algumas coisas da vida e dos dizeres do beato frade João de Bonvinsi de Luca, da Província da Toscana” (f. 231v)[4], o copista anotou uma observação que denota a incompletude do texto, que não deveria ser lido em público: “Essa legenda não está bem organizada e, portanto, não seja lida em público” (f. 231v)[5].
Fig. 3. Firenze, Biblioteca Nazionale Centrale, ms. Landau Finaly 243, f. 231v (detalhe). Foto do autor.
Alguns sinais gráficos que a mesma mão deixou ao longo do texto, instruindo a si próprio ou a um terceiro a respeito de mudanças que deveriam ser realizadas, demonstram a incompletude do texto. Para marcar o deslocamento de uma porção de texto em uma cópia futura, ele inseriu no meio de um parágrafo um sinal similar a uma letra V invertida com três pontos e, na mesma altura, na margem esquerda, escreveu: “Procure ao final dessa legenda, onde está o símbolo e insira-o aqui” (f. 324v)[6].
Fig. 4. Firenze, Biblioteca Nazionale Centrale, ms. Landau Finaly 243, f. 234v (detalhe). Foto do autor.
Treze fólios depois encontramos o mesmo sinal, após a conclusão do texto original, marcado pela seguinte rubrica: “Fim. Acabou-se. O que segue é da supradita legenda do beato João de Buonvisi e deve ser inserida acima na folha . . onde está sinalizado” (lacuna presente no original) (f. 247r)[7].
Fig. 10. Firenze, Biblioteca Nazionale Centrale, ms. Landau Finaly 243, f. 234v (detalhe). Foto do autor.
O ms. Landau Finaly 243 é repleto dessas marcas de reorganização do texto, que demonstram que este códice não era a versão final da obra, idealizada pelo autor e produzida para cópias posteriores. Ir aos manuscritos permite, portanto, conhecer não apenas como eles circulavam, mas, no caso de autógrafos e idiógrafos, poder observar como o texto foi construído. Chama-se a isso de “genética textual”: entrar no escritório do autor medieval, conhecer suas fontes, seus métodos e seus repensamentos.
Nesse sentido, o manuscrito é terreno fértil no qual o acaso, especialmente visível em cada rasura, abunda, já que o releitor pode afirmar o contrário do que tem sido escrito a cada palavra, frase, parágrafo, embora deva frequentemente levar em conta o que precede. […] (Willemart, 2019, p. 55)
Manuscritos, por certo, não substituem edições críticas. Uma edição, por exemplo, que busque propor uma hipótese reconstrutiva da obra original trará um texto sem as transformações da tradição manuscrita medieval e, portanto, mais próxima daquela planejada por seu autor. Excelentes edições críticas devem dar conta de reescritas, das variantes significativas e, se for o caso, da gênese da obra ou do uso de elementos paratextuais.
A rápida digitalização dos códices tem facilitado e acelerado o trabalho de análise e comparação de textos, mas o seu simples acesso não garante o bom uso: é necessário reconhecer as suas especificidades e fazer uso dos recursos da paleografia, da codicologia, e do conhecimento de línguas, sempre recordando que algumas dessas observações são perceptíveis apenas in loco, tendo o livro em mãos. Mais importante ainda que estes instrumentais é a reflexão sobre os modos de funcionamento e de circulação de informações escritas naquela comunidade produtora/leitora, a fim de melhor compreender como as especificidades das informações materiais e paratextuais corroboram para a conformação do conteúdo do texto manuscrito.
Concluo com um alerta: os manuscritos, enquanto suportes originais de informação, não garantem fidedignidade de informação e são fontes tão suspeitas e confiáveis quanto quaisquer outras. É necessário rematerializar os textos medievais com a cautela de quem entende o seu funcionamento. Caso contrário, retomamos Borges:
A escrita metódica distrai-me da presente condição dos homens. A certeza de que tudo está escrito nos anula ou nos fantasmagoriza. Conheço distritos em que os jovens se prostram diante dos livros e beijam com barbárie as páginas, mas não sabem decifrar uma única letra. (Borges, 2001, p. 100)
Bibliografia
BARTHOLOMAEUS PISANUS. Analecta Franciscana IV: De Conformitate Vitae B. Francisci ad Vitam Domini Jesu. Liber I. Edição do Colégio São Boaventura. Firenze: Quaracchi, 1906.
BARTHOLOMAEUS PISANUS. Analecta Franciscana V: De Conformitate Vitae B. Francisci ad Vitam Domini Jesu. Liber II-III. Edição do Colégio São Boaventura. Firenze: Quaracchi, 1912.
BARTOLI LANGELI, A. Gli autografi di Frate Francesco e di Frate Leone. Turnhout: Brepols, 2000.
BORGES, J. L. Ficções. Trad. de M. C. Araujo e J. Scwartz. 3ª ed. São Paulo: Globo, 2001.
CAVALLO, G. Caratteri materiali del manoscritto e storia della tradizione. In: FERRARI, A. (org.). Filologia classica e filologia romanza: esperienze ecdotiche a confronto. Spoleto: CISAM, 1998, p. 389-397.
CHIESA, P. Venticinque lezioni di filologia mediolatina. Firenze: SISMEL: Edizioni del Galluzzo, 2016.
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DÍAZ Y DÍAZ, M. C. Confección de códices y crítica textual. In: A.A.V.V. Actas del III Simposio de la secicón de Filología Clásica de la Universidad de Murcia: la crítica textual y los textos clássicos. Murcia: Universidad de Murcia, p. 149-166.
ERICKSON, C. Bartholomew of Pisa, Francis exalted: De conformitate. Medieval Studies, 34, 1972, p. 253-274.
ORLANDI, G. Apografi e pseudo-apografi nella Navigatio sancti Brendani e altrove. Filologia mediolatina, I, p. 1-35, 1994.
PELEGRINELLI, A. Lettere e aureole. La logica delle iniziali nei manoscritti dello Specchio dell’Ordine Minore (Franceschina) di Iacopo Oddi. Finxit. Dialoghi tra arte e scrittura dal Medioevo all’Età Moderna, I, p. 61-87, 2022.
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SETON, W. Two manuscripts of Bartholomew os Pisa’s “De Conformitate”. Archivum Franciscanusm Historicum, annus XVI, tomus XVI, 1923, p. 191-199.
WILLEMART, P. A Escritura na Era da Indeterminação. Estudos sobre crítica genética, psicanálise e literatura. São Paulo: Perspectiva, 2019.
[1] Doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo e em co-tutela em História, Antropologia, Religiões na Università Sapienza di Roma. E-mail: andrepelegrinelli@gmail.com. Lattes: https://lattes.cnpq.br/8807043737167371
[2] Original: “[…] Ma si può andare anche più oltre. Caratteri esterni e anch’essi paratestuali come scene illustrative o vignette marginali, iniziali maggiori o minori più o meno ornate, scritture distintive, fregi, lungi dall’essere solo terreno di ricerca per storici dell’arte, possono utilmente contribuire ad una «kodikologische Stemmatik» in quanto capaci talora di rivelare assetti di modelli, edizioni antiche, aggregazioni o disaggregazioni di testi, iterazione di esemplari, contaminazioni.” (Tradução minha).
[3] A saber: Roma, Biblioteca Nazionale Centrale, ms. Sessoriano 412; Firenze, Biblioteca Provinciale OFM, Giacherino I.G.2.
[4] Original: “Incomincia alcune cose della vita e decti del beato frate Iohanni de Bonvinsi da Luca della Provincia di Thoscana” (Tradução minha).
[5] Original: “Questa legenda non è bene ordinata et pertanto non sia letta in publico” (Tradução minha).
[6] Original: “Cercha in fine di questa legenda dove è questo segno e inseriscilo qui” (Tradução minha).
[7] Original: “Finit. Explicit. Questo che segue è della sopra detta legenda del beato Iohanni de Buonvisi et debasi porre sopra a carte . . dove è signato” (Tradução minha).
Publicado em 30 de Julho de 2024.
Como citar: PELEGRINELLI, André. Remateralizar os textos, ir aos manuscritos. Blog do POIEMA. Pelotas: 30 jul. 2024. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/rematerializar-os-textos-ir-aos-manuscritos.Acesso em: data em que você acessou o artigo.