Pesquisa: Invenção de Heranças e Identidades através da Música

O Heavy Metal explora inúmeros períodos da história, apresentando através das letras narrativas que criam uma “estética”. Algumas bandas que se utilizam de referências históricas em suas letras e melodias:

Mötorhead – 1916 (Primeira Guerra Mundial); Iron Maiden – Aces High (Segunda Guerra Mundial); Avenged Sevenfold – Hail to the King (um reinado absolutista); Black Sabbath – Black Sabbath (harmonia e melodia de ‘origem’ medieval); Sabaton – Smoking Snakes (participação brasileira na Segunda Guerra Mundial); Led Zeppelin – Immigrant Song (saga viking).

Recepção no Heavy Metal:
“O universo do Metal vende representações do medievo, produz imagens, cria épocas e cotidianos, reivindica modos de vida, enfim, ensina uma Idade Média fabulosa e mágica, porém repleta de estereótipos” (CHEPP; MASI; PEREIRA, 2015, p. 16).

As representações do medievo dentro do Heavy Metal são diversas – desde a indumentária da estética das bandas até as letras – que normalmente retratam o medievo mitológico pagão e fantástico, com seus dragões, cavalos alados, deuses, demônios, etc.

Estes tópicos também são retratados dentro de outros subgêneros como o Folk Metal, que por sua vez tem subdivisões: Viking Metal, Celtic Metal, Pagan Metal, o próprio Medieval Metal, dentre outros.

Compositores desse gênero, tanto das letras como das melodias e harmonias, relêem fontes do período dito medieval, como as Eddas e a Volsunga Saga, as Sagas regionais, textos e partituras religiosas, além de fontes oriundas da literatura de fantasia dos séculos posteriores como Tolkien.

O objetivo dessa pesquisa é analisar as construções estigmatizadas por esse estilo musical. Pretendemos compreender como são construídas a hipermasculinidade, a supremacia branca e a xenofobia, baseado na questão da identidade dentro do Heavy Metal, focando no Viking Metal e Folk Metal.

Leia a pesquisa do Ruan como card no Instagram aqui.

GRADUANDO RUAN DE SOUSA TAVARES DE ALMEIDA
Graduando em História Licenciatura na Universidade Federal de Pelotas; bolsista de iniciação à docência (PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) pela CAPES.
Integrante do POIEMA desde 2021.