O PAPA JÚLIO II (1503-1513) E O REI LUÍS XII (1498-1515): A ALIANÇA E A RUPTURA ENTRE O PRINCIPADO ECLESIÁSTICO E OS “BÁRBAROS”

Jordana Eccel Schio[1]

A relação entre o papa Júlio II (1443-1513, pontificado de 1503-1513) e Luís XII, rei da França (1462-1515, reinado de 1498-1515), foi marcada, ao longo dos primeiros anos do século XVI, por um período de cooperação e, posteriormente, de animosidade. Entre os objetivos de Júlio II, após sua eleição, estava o de restaurar as fronteiras do Principado Eclesiástico, mas, nos últimos anos, se somou a isso o desejo de expulsar as forças estrangeiras da Península Itálica, especialmente a França. Luís XII, sucedendo seu primo Carlos VIII (1470-1498, reinado de 1483-1498), por sua vez, herdou e perseguiu as reivindicações francesas sobre Milão, que exigia como descendente dos Visconti, e sobre o Reino de Nápoles, ao qual os espanhóis também tinham pretensões (Doucet, 1957, p. 297), além de outras regiões ao norte da península.

No início, ambos os poderes atuaram em prol da recuperação de territórios que estavam sob o domínio da República de Veneza. Algumas terras e fortalezas eram reivindicadas pelo papa, enquanto outras eram reclamadas pelos franceses, espanhóis e pelo imperador. O cronista florentino, diplomata e chefe das tropas papais, Francesco Guicciardini (1483-1540), escreveu a respeito dos principais eventos políticos e militares de sua geração, entre eles sobre a articulação para a formação da Liga de Cambrai, nas últimas semanas de 1508, contra os venezianos. Nos meses seguintes, a mobilização de forças resultou em grandes perdas para os adversários, especialmente na Batalha de Agnadello (1509), na qual os homens de armas franceses tiveram um papel decisivo na vitória. Além do envio e do aporte a tropas papais, Júlio II também se valeu das armas espirituais contra os venezianos, que foram excomungados e sofreram com o interdito.

Na obra Historia d’Italia, Guicciardini explanou que o Principado Eclesiástico desejava retomar a autoridade sobre Faenza, Rimini e Ravena; o reino francês, por sua vez, almejava controlar Cremona, Bréscia e Bérgamo; o imperador buscava recuperar o poder em Pádua, Vicenza e Verona; e os espanhóis aspiravam a conquistar terras e portos banhados pelo mar Adriático, situados no Reino de Nápoles (Guicciardini, 1971, p. 698). Entretanto, o mesmo autor pontuou que, entre os aliados da Liga de Cambrai, havia desconfianças mútuas, especialmente entre Júlio II e o rei francês, ainda que formalmente ocupassem o mesmo lado da aliança. O papa nutria receios quanto às intenções do arcebispo de Ruão (noroeste da França) e cardeal Georges d’Amboise (1460-1510), que exercia as funções de legado papal[2] e era um dos principais conselheiros de Luís XII. Destacamos que Amboise alimentava ambições próprias (Doucet, 1957, p. 293-294) e teve papel ativo na articulação de forças, como para a criação da Liga, na cidade de Cambrai, onde atuou como representante tanto do rei francês quanto da Igreja (Conti, 1883, p. 383). Além disso, havia em Roma uma crescente preocupação com o expressivo volume de tropas francesas se deslocando pela Península Itálica (Guicciardini, 1971, p. 696). O rei francês, por sua vez, também demonstrava prudência nas relações com o pontífice, enviando a Roma homens hábeis e experientes para tratar diretamente com Júlio II, com o objetivo de evitar que este se tornasse um adversário ou um inimigo (Guicciardini, 1971, p. 790).

A tensão e a desconfiança entre o papa e Luís XII foram fatores decisivos que contribuíram para o fim da Liga. Júlio II, que há anos acompanhava com preocupação as ações exércitos franceses, percebeu que os mesmos se tornavam uma ameaça maior do que os próprios venezianos para a soberania e a restauração das fronteiras do Principado Eclesiástico. Nos primeiros meses de 1510, o papa concedeu a misericórdia e retirou as censuras espirituais impostas aos venezianos, após cardeais e homens de sua confiança negociarem um acordo composto por diversos termos. Seis embaixadores foram recebidos em Roma e, depois de se ajoelharem diante do pontífice e pedirem perdão, foram reintegrados ao seio da Igreja por meio de uma série de atos litúrgicos realizados por Júlio II.

O historiador estadunidense Frederic J. Baumgartner (2010, p. 17) argumentou que, após alcançar esse objetivo, Júlio II voltou sua atenção para a expulsão dos chamados por ele de “bárbaros” (fuori i barbari, no original), iniciando pelos franceses, que eram os mais numerosos entre os estrangeiros presentes na Península Itálica. Em 1510, o papa declarou guerra à França, decisão que pareceu ao chanceler florentino, diplomata, cronista e poeta Nicolau Maquiavel (1469-1527) “uma irresponsabilidade quase insana” (Skinner, 2012, p. 31). No mesmo período, Maquiavel foi enviado à França para acompanhar de perto as discussões políticas e as movimentações militares, uma vez que tal cenário colocava os florentinos em uma posição desconfortável (Skinner, 2012, p. 23). Em 1511, foi formada a Santa Liga, que, contando com os venezianos como aliados, se voltou contra a França. Em outubro do mesmo ano, o rei Fernando II (1452-1516, reinado de 1479-1516), da Espanha, se aliou ao papa, obtendo assim o apoio militar necessário para prosseguir com sua campanha contra os franceses (Skinner, 2012, p. 32).

Pouco tempo depois, os espanhóis marcharam contra Florença, o que levou à capitulação da autoridade da cidade e permitiu que os Médici retomassem o poder, após dezoito anos de afastamento (Skinner, 2012, p. 32). Essa articulação teve efeitos que se estenderam, entre outros âmbitos, ao próprio campo de batalha. Nos meses seguintes, a habilidade militar do comandante francês Gaston de Foix (1489-1512), visconde e sobrinho de Luís XII, e a vitória em Ravena (1512) não foram suficientes para garantir a permanência dos franceses na região, eles acabaram recuando diante da ameaça do papa de colocar a França sob interdito. Os exércitos espanhóis obrigaram os franceses a evacuar Ravena, Parma e Bolonha, recuando além de Milão (Skinner, 2012, p. 32). Tal retirada ocorreu juntamente com a partida do rei e da aristocracia francesa e, em consequência, Milão passou mais uma vez para as mãos da família Sforza (Doucet, 1957, p. 297).

Baumgartner (2010, p. 21) apontou que, entre as armas empunhadas por Luís XII contra o “lobo em pele de cordeiro”, esteve a convocação de um concílio com o objetivo de depor Júlio II, acusando-o de ser um antipapa. A prática de simonia durante o conclave que o elegeu, além de outros pecados, era a principal acusação lançada contra o pontificado de Júlio II. Em 1510, o rei convocou um primeiro concílio de bispos franceses, na cidade de Tours, a fim de condenar o papa por fazer guerra contra príncipes cristãos (Britnell, 1993, p. 784). No ano seguinte, em setembro, foi convocado o Concílio de Pisa, mas, segundo os registros, somente quatro cardeais, alguns bispos e poucos clérigos participaram, eles declararam Júlio um antipapa e nomearam um cardeal da península como administrador papal até a realização de nova eleição (Baumgartner, 2010, p. 21). A justificativa apresentada pelos dissidentes era o descontentamento com a conduta papal e a demora na realização das reformas prometidas no conclave que o elegera. A resposta de Roma diante dessa ação foi a convocação do V Concílio de Latrão (1512-1517), que teve início em abril de 1512 e foi concluído sob o pontificado de Leão X (1513-1521). Após a abertura oficial feita por membros do Colégio de Cardeais e mestres de cerimônia, os presentes aceitaram a bula do pontífice que excomungava os participantes de Pisa. Além disso, o documento reforçou que apenas o Vigário de Cristo possuía autoridade para convocar um concílio e, por fim, Júlio II proclamou suas intenções de promover uma reforma na Igreja (Baumgartner, 2010, p. 21).

Essa animosidade reverberou também entre os homens de letras, visto que diversas obras foram escritas a respeito da imagem de Luís XII e, especialmente, de Júlio II. No mês de maio de 1511, o poeta, panfletário e cronista francês Jean Lemaire de Belges (1473-1525) redigiu Le Traité de la différence des schismes et des conciles de l’Église em apoio à convocação do concílio promovida por Luís XII e respaldada pelo imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Maximiliano I (1459-1519, imperador de 1508-1519). Ao longo da obra, o autor argumentou que “os cismas foram causados pelos papas e curados pelos concílios; a Igreja foi prejudicada pela ausência da realização de concílios, pela avareza e ambição entre o clero e pela imposição do celibato clerical obrigatório”[3] (Britnell, 1993, p. 783, tradução nossa). Tais afirmações constituíam uma provocação direta às ações mundanas e exacerbadamente temporais de Júlio II. De acordo com a historiadora Jennifer Britnell (1993, p. 783), que examinou o documento, Lemaire manipulou suas fontes com o intuito de apresentar um relato histórico prejudicial ao papado e mais lisonjeiro aos reis da França e aos imperadores. O historiador britânico David Potter (2008, p. 312) também ponderou que o cronista tinha a intenção de justificar a política de Luís XII com base em uma narrativa marcada por elementos de história cavalheiresca e valores de honra.

A historiadora italiana Ottavia Niccoli (2005, p. VI) observou que, ainda na Idade Média, na região correspondente a atual Itália, já se manifestavam opiniões e julgamentos severamente negativos a respeito de padres, frades, cardeais e papas. Essa imagem vexatória se torna particularmente evidente ao se estudar o pontificado de Júlio II, sobretudo após a dissolução da Liga e a posterior aproximação com os venezianos. Naquele momento, a infâmia deixou as fronteiras da Península Itálica e encontrou ressonância especialmente na França. Além dos ataques à autoridade temporal, por meio do confronto armado, e à autoridade espiritual, por meio dos concílios, Luís XII também se tornou patrono de um pequeno, porém influente grupo de homens de saber, poetas, panfletários e cronistas que produziram textos em tom crítico e de protesto contra o papado e contra a figura de Júlio II. Esses escritos não só exaltavam o rei e os feitos dos franceses, mas buscavam acentuar os supostos vícios e contradições do pontífice. Essa visão negativa perdura até os dias atuais, pois Júlio II e os eventos de seu pontificado continuam entre os mais polêmicos da história da Igreja.

Potter (2008, p. 316) mencionou alguns nomes que se destacaram nessa campanha de difamação, que ganhou força a partir de 1510. O poeta Guillaume Crétin (1460-1525), compôs a obra Invective contre la guerre papale, dirigida contra os conflitos travados por Júlio II contra o rei francês. O poeta e dramaturgo Pierre Gringore (1475-1538), por sua vez, publicou diversos poemas contra o pontífice, como o contundente La Chasse du Cerf des Cerfs e L’Espoir de Paix. O principal alvo dos ataques era a inclinação do papa por assuntos temporais e a disposição para resolver impasses pela via militar. O religioso, cronista e poeta Jean d’Auton (1466-1528) também escreveu diversos poemas, embora poucos tenham resistido ao tempo. Dentre eles, se destaca Epistre du preux Hector transmise au roy Loys XIIe de ce nom composée par frere Jehan d’Authon abbé d’Angle, que faz referência à retomada de Bolonha pelos franceses, em 1511 (Beard, 1969, p. 29), considerada uma derrota para o projeto político do papa. Louvores às guerras empreendidas por Luís XII na Península Itálica e críticas diretas ao pontífice também aparecem em L’Epistre elegiaque par l’eglise militante.

Potter (2008, p. 313) apontou que história, política e moralidade foram amplamente mobilizadas para justificar a posição da França diante dos acontecimentos. Assim, autores da corte também celebraram os feitos de Luís XII. Gringore, por exemplo, publicou, em 1509, a obra L’Entreprise de Venise, no contexto da formação da Liga de Cambrai. Segundo o historiador, nesse texto, os venezianos, à época inimigos da França e do papado, foram retratados como opressores arrogantes e avarentos, ademais a constituição republicana era denunciada como fonte de desordem (Potter, 2008, p. 315).

A corte de Júlio II também se cercou de homens de letras, oradores e mestres de cerimônia que exaltavam suas ações e virtudes. O humanista e orador Tommaso Inghirami (1470-1516), conhecido também como Fedra, desempenhou um papel importante na corte, especialmente no campo das artes, pois atuou na elaboração dos programas iconográficos que seriam executados pelo pintor Rafael Sanzio (1483-1520) (Rijser, 2005, p. 347). O bispo, cronista e mestre de cerimônias bolonhês Paris de Grassis (1450-1528) serviu ao pontífice em diversos assuntos e integrou a comitiva papal que deixou Roma para reconquistar Bolonha e Perugia, tendo registrado esses episódios em uma espécie de diário posteriormente organizado sob o título Le Due Spedizioni Militari di Giulio. O cronista, poeta e secretário papal Sigismondo dei Conti (1432-1512) serviu a vários papas ao longo de sua vida, mas destacamos sua amizade com Júlio II desde o período do cardinalato, quando ambos atuaram em missões diplomáticas fora de Roma. Conti é autor da obra Historiarum sui temporis, que abrange os principais eventos político-militares desde o pontificado de Sisto IV (1471-1484), tio de Júlio II, até 1510, quando os venezianos receberam o perdão da Igreja. O cronista, por exemplo, descreveu as escaramuças contra Perugia e a entrada do papa e sua comitiva em Bolonha. Com base em relatos de testemunhas próximas, explanou como foi a batalha de Agnadello, a criação da Liga, o cerco à cidade de Pádua. Conti também participou pessoalmente das negociações entre Roma e os venezianos. Por fim, o orador, frade, teólogo, cronista, humanista e poeta Egídio de Viterbo (1472-1532) participou de todo o pontificado de Júlio II e foi um dos que proferiram discursos na abertura do quinto Concílio. De suas palavras, destacamos a celebração do equilíbrio papal, pois “Júlio II utilizou a paz, a clemência e a guerra com equidade e justiça; pacificou os fiéis, poupou os contenciosos; e, com guerra e armas, subjugou os orgulhosos”[4] (Gish apud Viterbo, 2019, p. 192, tradução nossa). O orador concluiu afirmando que “o que semeamos em nossos trabalhos é breve; enquanto aquilo que colhemos é eterno”[5] (Gish apud Viterbo, 2019, p. 192, tradução nossa), exaltando os feitos de Júlio II, pois não eram momentâneos.

A análise da relação entre o papa Júlio II e o rei Luís XII revela não apenas os embates políticos e militares que marcaram os primeiros anos do século XVI, mas a articulação de outras forças. A aliança inicial entre ambos, formada em torno do objetivo comum de conter a expansão da República de Veneza, rapidamente se converteu em rivalidade declarada, à medida que interesses territoriais, desconfianças mútuas e projetos de soberania incompatíveis ganharam espaço. Observamos que o conflito extrapolou o campo das armas e passou a se manifestar também no plano das ideias e dos discursos. Autores vinculados à corte francesa, como Lemaire, Gringore e Jean d’Auton, participaram ativamente da construção de uma imagem negativa do pontífice, criticando sua inclinação pelas armas, sua interferência em assuntos temporais e sua suposta corrupção moral. Ao mesmo tempo, exaltavam o rei francês como defensor da verdadeira fé e como soberano justo, investido de autoridade para intervir nas questões da Igreja, inclusive por meio da convocação de concílios. Tais obras, como a de Lemaire, antecipavam os argumentos que viriam a se intensificar nas décadas posteriores, com a eclosão da Reforma Protestante (Britnell, 1993, p. 786). Os humanistas, oradores, mestres de cerimônia e cronistas da corte de Júlio II se empenharam em legitimar a atuação dele como chefe da Cristandade. Esses homens de saber elaboraram discursos que buscavam reafirmar a autoridade pontifícia como necessária à estabilidade política da Península Itálica e à proteção da fé cristã. Entendemos que a tinta dos homens de saber se tornou tão eficaz quanto a espada dos soldados.

Bibliografia consultada

Fontes

CONTI, Sigismondo Dei. Le Storie De’ Suoi Tempi dal 1475 al 1510. Firenze: G. Barbera, 1883.

GUICCIARDINI, Francesco. Historia d’Italia. Turim: Giulio Einaudi editore, 1971.

Bibliografia

BAUMGARTNER, Frederic J.. Julius II: prince, patron, pastor. In: CORKERY, James. WORCESTER, Thomas. (Ed.). The papacy since 1500: from Italian prince to universal pastor. New York: Cambridge University Press, 2010, p. 12-28.

BEARD, Jennifer J.. Letters from the Elysian Fields: a group of poems for Louis XII.  Bibliothèque d’Humanisme et Renaissance, vol. 31, n. 1, 1969, p. 27-38. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/20674554>. Acesso: 16 jul 2025.

BRITNELL, Jennfer. The Antipapalism of Jean Lemaire de Belges’ Traite de la Difference des Schismes et des Conciles. Sixteenth Century Journal, vol. 24, n. 4, 1993, p. 783-800. Disponível em: <https://www.journals.uchicago.edu/doi/epdf/10.2307/2541601>. Acesso em: 16 jul 2025.

DOUCET. Robert. France under Charles VIII and Louis XII. In: POTTER. G. R.. The New Cambridge Modern History. The Renaissance, 1493-1520. Vol. I. Cambridge: Cambridge University Press 1957, p. 292-315.

GISH, Dustin. Pope Julius II (1443-1513, r. 1503-13 CE) at the Basilica di San Pietro, the Musei Vaticani, and Basilica di San Pietro in Vincoli. In: HATLIE, Peter. People and Places of the Roman Past. The Educated Traveller’s Guide. York: Arc Humanities Press, 2019, p. 185-198.

NICCOLI, Ottavia. Rinascimento anticlericale. Infamia, propaganda e satira in Italia tra Quattro e Cinquecento. Roma-Bari: Gius. Laterza & Figli, 2005.

POTTER, David. Renaissance France at War. Armies, culture and society, c.1480-1560. Warfare in History. Woodbridge, Suffolk-UK: Boydell & Brewer Ltd, 2008.

RIJSER, David. Fedra and the ‘Phaedrus’. the poet Raphael and the poetic program for the ‘Stanza della Segnatura. Bruniana & Campanelliana, vol. 11, n. 2, 2005, p. 345-363. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/24334082>. Acesso em: 17 jul 2025.

SKINNER, Quentin. Maquiavel. Tradução de Denise Bottmann. Porto Alegre: L&PM, 2012.


[1] Doutoranda em História pela Universidade Federal de Santa Maria (PPGH/UFSM). Bolsista CAPES. (jordanaschio06@gmail.com). Lattes: http://lattes.cnpq.br/3602844717231875.

[2] Título conferido àquele que representa o pontífice em missões ou em questões eclesiásticas. Trata-se de um cargo atribuído diretamente pelo Santo Padre, com autoridade para tratar de assuntos relacionados à fé e à disciplina da Igreja. O nomeado pode assumir funções de liderança em contextos diversos, como concílios, negociações diplomáticas ou missões especiais.

[3] [No original] […] schisms have been caused by popes and healed by councils; the Church has been damaged by the failure to hold councils, by avarice and ambition among the clergy, and by the imposition of compulsory clerical celibacy.

[4] [No original] […] used peace, clemency, and war with equity and justice; you pacified the faithful, spared the contentious; and with war and arms, you subdued the proud […].

[5] [No original] That which we, in our labors, sow is brief; whereas that which we, in our reaping, collect is eternal.

Publicado em 30 de Setembro de 2025.

Como citar: SCHIO, Jordana Eccel. O Papa Júlio II (1503-1513) E O REI lUÍS xii (1498-1515): a aliança e a ruptura entre o principado ecelsiástico e os “bárbaros” Blog do POIEMA. Pelotas: 30 set. 2025. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/o-papa-julio-ii-1503-1513-e-o-rei-luis-xii-1498-1515-a-alianca-e-a-ruptura-entre-o-principado-eclesiastico-e-os-barbaros/ Acesso em: data em que você acessou o artigo.