Catálogo que põe em evidência o trabalho de 120 mulheres negras será lançado na Flip
Entretanto, as duas refutam que o convite seja uma resposta às reprimendas da pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ao evento anterior. Giovana conta que sentiu no convite um “movimento sincero” no sentido de acompanhar as transformações sociais que o Brasil está vivendo. Joselia, por sua vez, argumenta que a Flip é um evento de referência e excelência e por isso tem responsabilidade em acompanhar esses debates, que estão sendo pautados no mundo todo.
A obra é ainda mais inovadora por dilatar o conceito estabelecido de intelectual já que não trata apenas da estudiosas validadas pelas universidades. “Observar a participação de mulheres negras em áreas como saúde, direitos humanos, empreendedorismo acaba contrariando o estereótipo de ler a mulher negra como uma coisa só, um objeto ou alguém sempre disponível para servir”, afirma Xavier. Intelectuais públicas e educação básica são dois campos de atuação que a pesquisadora trata como menina dos olhos. Segundo ela, o trabalho de professoras, é muito silenciado e este é um espaço importante pois é onde se educa as futuras gerações.
O catálogo não teve nenhum financiamento institucional. Para ganhar vida, as pesquisadoras da UFRJ contaram com o apoio de personalidades como a mestre em filosofia Djamila Ribeiro, o autor e escritor Lázaro Ramos, a dentista Marcia Alves e a jornalista Flávia Oliveira.
Notícia tirada do site EL PAÍS