Arquivo mensais:agosto 2016

Fitoterápicos deverão comprovar ausência de agrotóxicos

Laboratórios têm até 2018 para implantar metodologias específicas de análise de agrotóxicos em medicamentos obtidos a partir de extratos vegetais.

Os detentores de registros e notificações de fitoterápicos terão até o dia 1º de janeiro de 2018 para apresentarem as avaliações de resíduos de agrotóxicos e afins em drogas e derivados vegetais utilizados em sua fabricação. A análise envolve a verificação da presença de resíduos constantes em compêndios oficiais, lista de agrotóxicos selecionados, a ser publicada em breve pela Anvisa, e outros resíduos de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante ou fornecedor.

O novo prazo  está na resolução RDC 93/2016 publicada em julho, no Diário Oficial da União.

A medida já estava prevista na resolução RDC 26/2014 publicada há dois anos durante a modernização das regras de registro de medicamentos fitoterápicos e notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. O prazo até janeiro de 2018 foi fixado porque para a implantação destas análises é necessário o desenvolvimento de metodologias específicas. Como até recentemente esta exigência para fitoterápicos não existia no Brasil, os laboratórios fabricantes de medicamentos e aqueles prestadores de serviços ainda não se encontram aptos para realização destas análises, sendo necessário um prazo adicional para que, por meio dos investimentos necessários em equipamentos e tecnologia, estejam aptos e autorizados para a análise de agrotóxicos neste tipo de produto.

Droga e derivado vegetal

Pela legislação, droga vegetal é a planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias terapêuticas após o processo de coleta/colheita, estabilização e processamento, podendo ser encontrada na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Derivado vegetal é o produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/drogas-vegetais-e-derivados-deverao-comprovar-ausencia-de-agrotoxico/219201?p_p_auth=hjkIAmM1&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fnoticias%3Fp_p_auth%3DhjkIAmM1%26p_p_id%3D101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-3%26p_p_col_count%3D4

ONU quer regular comerciais de alimentos e bebidas nas Olimpíadas

Relatores especiais da organização pediram ao Comitê Olímpico Internacional que suspendam o uso das imagens dos Jogos Olímpicos em comerciais que promovam o consumo alimentos ricos em açúcar ou gordura.

OMS

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Dois relatores especiais da ONU para os Direitos Humanos pediram ao Comitê Olímpico Internacional que implemente protocolos para regular os comerciais de alimentos ricos em gordura e bebidas açucaradas.

Eles querem impedir o uso dos Jogos Olímpicos em comerciais e outras atividades de promoção que incentivem o consumo de “junk food” e também de refrigerantes, especialmente para crianças e famílias.

Doenças Crônicas

O pedido foi feito pela relatora sobre o direito à comida, Hilal Elver, e pelo relator sobre o direito à saúde, Dainius Puras.

Segundo os especialistas, “dietas pouco saudáveis representam uma das principais causas de doenças crônicas e morte precoce de acordo com uma pesquisa recente da Organização Mundial da Saúde”.

Eles afirmaram que “o consumo de comidas processadas, com alto nível de sódio, açúcar e gordura saturada, está contribuindo para doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer”.

Os relatores especiais disseram que os comerciais ajudam a mudar os padrões de alimentação impulsionando hábitos pouco saudáveis e encorajando a dependência desse tipo de comida.

Índices de Obesidade

Para eles, isto representa uma preocupação particular quando eventos esportivos com grande audiência, inclusive de crianças, promovem alimentos que não são saudáveis.

Os especialistas explicam que a “promoção dessas comidas por atletas é problemático porque cria a impressão de que eles consomem regularmente esse tipo de alimento”.

Elver e Purias deixaram claro que “comerciais de junk food através do esporte enviam a mensagem errada”. Eles disseram que os eventos esportivos, incluindo as Olimpíadas, devem ter como foco a promoção de dietas e de estilos de vida saudáveis.

Por causa desse consumo, muitos países estão vendo aumentar os índices de obesidade da população.

Atualmente, 41 milhões de crianças menores de cinco anos estão acima do peso e se a tendência continuar, 70 milhões de crianças estarão acima do peso ou obesas até 2025.

Fonte: http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2016/08/onu-quer-regular-comerciais-de-alimentos-e-bebidas-nas-olimpiadas/#.V72SRZgrLIW

Ingestão de arginina está associada ao estresse oxidativo

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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conduziram um estudo populacional através do qual constataram que a alta ingestão de proteína e arginina a partir do consumo de carne, foi associada com o estresse oxidativo, independentemente da genética, estilo de vida e fatores bioquímicos.
Publicado na revista Nutrition, os dados vieram do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital), um estudo de base populacional transversal realizado no Brasil com 549 adultos. O consumo alimentar foi estimado através de um recordatório de 24 horas. O estresse oxidativo foi avaliado pela concentração plasmática do malondialdeído (MDA). O MDA é um produto final da peroxidação lipídica, principalmente proveniente do ácido araquidônico, um membro da família dos ácidos graxos ômega-6. A produção excessiva de MDA contribui para o aumento da resposta inflamatória por ativação de citocinas pró-inflamatórias.
Foram realizadas análises estatísticas utilizando modelos gerais de regressão linear ajustados por genética, estilo de vida e para fatores de confusão, como idade, gênero, IMC (índice de massa corporal), tabagismo, atividade física, consumo de frutas e vegetais, energia e aminas heterocíclicas, níveis de proteína C-reativa, além de polimorfismos nos genes envolvidos no estresse oxidativo: GSTM1 (glutationa S-transferase Mu 1) e GSTT1 (glutationa S-transferase teta 1).
Os resultados demonstraram que os níveis de MDA foram diretamente proporcionais ao consumo de carne (p para tendência linear = 0,031), ao consumo de proteína a partir da carne (p para tendência linear = 0,006), e ao consumo de arginina a partir da carne (p para tendência linear = 0,044). No entanto, os resultados não apresentaram associações significativas entre os níveis de MDA e a ingestão de proteína total e proteína vegetal (p> 0,05).
“Este é o primeiro trabalho de base populacional a sugerir uma ligação entre a alta ingestão de proteína e arginina e estresse oxidativo, que é uma das principais causas de câncer e doenças relacionadas à idade”, concluem os autores. No entanto, os autores chamam a atenção para algumas limitações no estudo, como a utilização do recordatório de 24h, método que pode ter pouco poder estatístico para detectar associações, assim como o fato de não terem sido capazes de quantificar a arginina nos indivíduos do estudo.
Fonte: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=861

Estudo encontra relação direta entre consumo de frutas e níveis de felicidade

Foi publicado recentemente no renomado periódico cientifico American Journal of Public Health, um estudo feito pela Universidade de Warwick, na Inglaterra e pela Universidade de Queensland na Austrália, onde 12.385 pessoas foram acompanhadas durante dois anos sobre hábitos no consumo de frutas e sua relação com níveis de felicidade. Constatou-se que o consumo crescente de até o limite de 8 porções de frutas por dia pode levar as pessoas a uma maior sensação de felicidade e bem estar, sendo esta sensação comparada a de se conseguir um emprego depois de um longo período desempregado.

Figura 1 – Mudanças longitudinais no consumo de frutas e vegetais e mudanças longitudinais na satisfação com a vida em indivíduos australianos (n=12.385): Senso Australiano sobre renda, dinâmica de trabalho e condições de moradia na Austrália, 2007 e 2009.

Ainda não se sabe com certeza por qual razão isso acontece, mas os pesquisadores acreditam estar relacionado aos antioxidantes presentes nas frutas e verduras.

Para mostrar a importância do consumo de frutas e verduras, o governo Australiano fez uma campanha pública para encorajar a alimentação saudável em diferentes estados. O objetivo foi mudar as decisões sobre as escolhas alimentares dos indivíduos, aumentando assim o consumo de frutas e verduras.

De acordo com uma revisão da literatura cientifica a ser publicada na revista científica Journal of Human Growth and Development da USP, todos os estudos analisados mostraram uma baixa prevalência da população brasileira no consumo de frutas, independente da idade, ou região do país. Na Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009, foi constatado que 90% dos brasileiros não consomem a quantidade de frutas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, de 400g por dia. Outro dado importante dessa publicação, foi que um estudo realizado com crianças na região sul do Brasil (3 a 8 anos), mostrou que o consumo médio de frutas era menor que uma porção diária.

Além da grande importância do consumo adequado de frutas no tocante a saúde de crianças e adultos, cada vez mais estudos vêm comprovando que o aumento do consumo de frutas em diferentes momentos do dia pode impactar também a saúde emocional das pessoas.

Fonte: http://view.comunicacao.ganep.com.br/?qs=f2d381bdbb208ee304525332e58a1c15c07f7fc8df86654c2beec0af2e42b6fed8d07c52c2d16ab9ab09d49e0c5d661da329ccafa54366dd09f9df0cc1054adc