FRICHES INDUSTRIAIS PELOTENSES, CONHECER PARA PRESERVAR – O CASO DA LANEIRA BRASILEIRA S.A.
AUTOR: DANIELA VIEIRA GOULARTE
RESUMO:
A cidade de Pelotas/RS-Brasil possui diversos espaços industriais arruinados inseridos na malha urbana, oriundos do declínio econômico da cidade, eque neste trabalho são identificados como Friches Industriais. Esses espaços, construídos entre fins do século XIX e meados do século XX, caracterizam-se pela desativação ou abandono, estado de degradação ou ruína, com maquinários e equipamentos corroídos pelo tempo, os quais podem ser considerados vestígios do Patrimônio Industrial local. Essas Friches permaneceram esquecidas e desvalorizadas até a atual tendência de reutilização de suas estruturas físicas por instituições de ensino, as quais vêm reinserindo-as à função social da cidade. Porém, devido à inexistência de políticas locais para a preservação desta categoria de patrimônio, as intervenções realizadas não levam em conta as recomendações feitas pela Carta Patrimonial de Nizhny Tagil, documento que garante sua salvaguarda. Este trabalho apresenta a pesquisa que foi desenvolvida ao longo do curso de Especialização em Artes, terminalidade Patrimônio Cultural, da Universidade Federal de Pelotas com os principais objetivos de Conhecer
para Preservar o Patrimônio Industrial de Pelotas, através do estudo de caso da Laneira Brasileira S.A., antigo lanifício, que foi adquirido pela
Universidade Federal de Pelotas em 2010. O trabalho foi estruturado em dois capítulos, com dois subcapítulos cada um. O primeiro, denominado
Conhecer, dividiu-se para conhecer O Patrimônio Industrial e A Laneira Brasileira S.A., e baseou-se em pesquisas bibliográficas, documental e oral. O segundo, denominado Preservar, dividiu-se para preservar através de Proposta de Gestão e de Proposta de Intervenção, o primeiro tratando das diretrizes legais tanto para o patrimônio industrial da cidade como um todo, quanto para o caso específico da Laneira, e o segundo tratando de
diretrizes técnicas para intervenções sobre esses bens, baseadas nas recomendações da Carta de Nizhny Tagil, nos teóricos do restauro BRANDI e RIEGL, e no conceito de “museo-casa” de CHAGAS.
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