Educação para o patrimônio, alfabetização científica e ensino de química

A proposição, aplicação e avaliação de uma atividade considerando tanto educação para o patrimônio quanto alfabetização científica e ensino de química foi realizada e publicada em 2019 em artigo na revista Ciência & Educação. Apesar do acesso aberto ao texto (link), esta parte do site objetiva apresentar de uma forma mais direta e resumida a atividade. Para a obtenção de maiores detalhes e de sugestões de referências bibliográficas, sugere-se a leitura completa do texto.

Destaca-se que neste caso os alunos foram preparados ao longo do ano para que a atividade sobre corrosão metálica pudesse ser realizada no segundo semestre.

  • Objetivo

A atividade tem como objetivo promover o ensino de química por meio de abordagens patrimoniais e ao mesmo tempo promover a preservação patrimonial e a alfabetização científica pelo ensino de química.

Os objetivos específicos e impactos esperados se desdobraram em:

  1. desenvolver atividade interdisciplinar com a participação de professores de diversas áreas do conhecimento (química, artes, história e museologia) para promover a interdisciplinaridade no ensino médio e possibilitar aos alunos o reconhecimento de sinergia;
  2. estimular alunos do ensino médio a reconhecerem e se apropriarem do patrimônio cultural;
  3. incentivar alunos do ensino médio a promoverem a preservação patrimonial;
  4. discutir a importância e aplicabilidade de investigações científicas em bens culturais;
  5. proporcionar ferramentas para um melhor entendimento de conteúdos associados à disciplina da química.
  • Metodologia

A metodologia se divide em:

  1. identificar objetivos e público alvo;
  2. desenvolver proposta curricular;

  2.1. definir tópico (seleção de possíveis abordagens químicas dentro da área de bens culturais);

  2.2. identificar um bem cultural, ou bens culturais, que apresente interesse histórico-social e que seja compatível com a abordagem química desejada;

  2.3. definir os objetivos de aprendizagem.

3. estabelecer contato com a(s) instituição(ões) responsável(is) pelo(s) bem(ns) cultural(is);
4. identificar o acesso a equipamentos;
5. discutir a proposta com o chefe de departamento, colegas e/ou outros;
6. identificar e contatar palestrantes convidados;
7. preparar a metodologia e a atividade considerando química, patrimônio, preservação patrimonial e alfabetização científica;

8. desenvolver a atividade.

A atividade aqui apresentada abordou o tema de degradação de bens culturais, trabalhando-se com corrosão metálica. Optou-se por trabalhar com obras presentes na Praça Coronel Pedro Osório, em Pelotas, por esta apresentar um conjunto de mais de uma dezena de esculturas e objetos metálicos.

Seguiu-se então com a seguinte proposta metodológica para aplicação da atividade:

  1. recepção dos alunos na Praça Coronel Pedro Osório;
  2.  primeiro contato dos alunos com o espaço museal da Praça;
  3. conversa com os alunos sobre patrimônio e museu;
  4. conversa com os alunos sobre história e história da arte;
  5. conversa com os alunos sobre processos e agentes de degradação;
  6. segundo contato dos alunos com o espaço museal da Praça;
  7. aula sobre corrosão metálica com enfoque em bens culturais;
  8. atividade de alfabetização científica;
  9. visita aos cursos de Bacharelado em Museologia e em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
  10. visita ao curso de Bacharelado em Química Forense da UFPel.