Teses e Dissertações

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS – PPGE/FaE/EDUCAÇÃO

TESES DE DOUTORADO

1. AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ESTÁGIO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: PROPOSTA FORMATIVA ANCORADA NA PESQUISA-AÇÃO (2017)
Autora: LUCIANA TOALDO GENTILINI AVILA
Link: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5824614

Resumo:

Esta pesquisa surgiu da necessidade de contribuir com a formação inicial dos professores de Educação Física no Brasil e oportunizar ações para que aprendam a autorregular processos de aprender para ensinar durante os estágios. O objetivo geral que guiou esta investigação foi identificar quais as potencialidades da pesquisa-ação, ancorada na autorregulação da aprendizagem e na estimulação da recordação, utilizada como estratégia formativa durante os estágios em Educação Física escolar. Os participantes da pesquisa foram 12 estagiários de Licenciatura em Educação Física de uma universidade pública localizada na região sul do Brasil. Os estagiários, junto a uma pesquisadora, formaram um grupo de pesquisa-ação, chamado Grupo de Pesquisa e Formação em Educação Física Escolar (GRUPESF). O objetivo orientador das ações executadas pelos membros desse grupo foi buscar soluções aos problemas pedagógicos encontrados pelos estagiários nas aulas dos estágios. Os instrumentos utilizados para o desenvolvimento desta pesquisa foram: entrevistas semiestruturadas, estimulação da recordação, perguntas detonadoras, encontros presenciais em grupo e trocas de informações registradas pelos participantes do grupo no Facebook. As atividades do GRUPESF ocorreram ao longo dos dois semestres do ano de 2014, durante dois estágios obrigatórios do curso em questão. Os dados coletados na investigação foram analisados por meio da análise de conteúdo. Os achados desta pesquisa foram organizados em três estudos. No primeiro estudo, são apresentados os sinais de mudança, potencializados pela pesquisa-ação, observados nas percepções e na atuação pedagógica dos estagiários. No segundo estudo, são referidas as contribuições da estimulação da recordação para a superação dos desafios encontrados pelos estagiários durante a realização dos estágios. No terceiro estudo, são apresentadas as experiências críticas, oportunizadas pela pesquisa-ação, na formação dos estagiários. Ao se considerar os achados desta pesquisa, defende-se a tese de que, ao serem possibilitadas, ao futuro professor, condições favoráveis à análise, reflexão e discussão sobre a prática pedagógica, este terá condições de qualificar sua docência, utilizando-se dos princípios da autorregulação para aprender e ensinar.
Palavras-Chave:
Autorregulação da Aprendizagem; Educação Física Escolar; Formação de Professores; Estágio Curricular Supervisionado; Estimulação da Recordação.

2. CONHECIMENTOS DO CONTEXTO E ESTRATÉGIAS AUTORREGULATÓRIAS MOBILIZADAS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE MATEMÁTICA POR ESTUDANTES DE UMA ESCOLA AGRÍCOLA (2018)
Autora: Amanda Pranke

Resumo
A presente pesquisa teve como objetivo geral identificar e analisar os conhecimentos do contexto e as estratégias mobilizadas no processo autorregulatório, para a resolução de problemas de Matemática por estudantes de Ensino Fundamental de uma escola agrícola. Esta investigação está alicerçada na autorregulação da aprendizagem, a qual é entendida como um processo em que os estudantes ativam e mantêm sua cognição, comportamento e afetos para atingirem as metas. Realizou-se um estudo de caso com uma turma de seis estudantes de Ensino Fundamental de uma escola agrícola de São Lourenço do Sul/RS, tendo como foco a entrevista, mediante a execução de tarefas de resolução de problemas de Matemática, enquanto instrumento de avaliação e promoção da autorregulação da aprendizagem. Os estudantes foram questionados, antes e depois da resolução do problema, e observados, a fim de se perceber o raciocínio matemático utilizado e as estratégias mobilizadas. Os dados coletados foram submetidos à análise textual discursiva e os resultados obtidos divididos em dois eixos de análise. O primeiro eixo aborda as crenças motivacionais e os conhecimentos do contexto mobilizados pelos estudantes e o segundo revela os tipos de estratégias autorregulatórias utilizadas pelos estudantes ao longo da pesquisa. A articulação entre os dois eixos revelou que a entrevista com tarefa potencializou nos estudantes a reflexão sobre as vivências no contexto agrícola, o que contribuiu para a motivação e mobilização dos conhecimentos do contexto, promovendo, assim, o uso de estratégias autorregulatórias. Posto isso, defende-se a tese de que os estudantes participantes desta pesquisa resolvem problemas de Matemática, mobilizando diferentes estratégias autorregulatórias, articuladas aos cálculos que usualmente utilizam nas atividades diárias no contexto agrícola, o que os mantém motivados e os permite fazer transferências e estabelecer relações, encontrando soluções mais rápidas e eficazes para os problemas que surgem no contexto escolar.

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

1. PIBID I/UFPel: OFICINAS PEDAGÓGICAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A AUTORREGULAÇÃO DA  APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DOCENTE DAS BOLSISTAS DE MATEMÁTICA (2012)
Autora: AMANDA PRANKE
Link: http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/123456789/1631/1/Amanda%20Pranke_Dissertacao.pdf

Resumo:
A presente pesquisa teve como objetivo analisar se as oficinas desenvolvidas no Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, do curso de licenciatura em matemática, da Universidade Federal de Pelotas promoveram a autorregulação da aprendizagem e a formação docente das bolsistas de matemática, estimulando e qualificando os seus processos de aprender e ensinar. Foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, para analisar as contribuições que este Projeto fez em relação à formação inicial dos futuros docentes. O PIBID tem por objetivo apoiar a formação de alunos dos cursos de licenciatura. O PIBID I foi desenvolvido por bolsistas de física, biologia, química e matemática, professores supervisores (docentes nas escolas) e professores coordenadores (docentes na UFPel) em quatro escolas públicas estaduais de ensino médio da cidade de Pelotas/RS, nas quais foram realizadas atividades de monitorias, oficinas e um projeto interdisciplinar. Esta pesquisa investigou as oficinas desenvolvidas pelas bolsistas do curso de matemática que atuaram no Projeto, especificamente, em uma das escolas envolvidas. Analisamos o trabalho realizado nas oficinas de matemática apoiadas no construto da autorregulação da aprendizagem, entendida como um processo que estimula os sujeitos a criarem objetivos e a desenvolverem estratégias de aprendizagem para alcançarem as metas pretendidas. Partindo das oficinas realizadas no PIBID I, os objetivos da pesquisa foram: analisar o planejamento, a execução dessas oficinas e avaliá-las; investigar se as bolsistas de matemática, ao desenvolverem as oficinas, investiram em estratégias autorregulatórias de modo a qualificar os seus processos de aprender e ensinar; identificar se as oficinas contribuíram para potencializar os processos de formação e autoformação das bolsistas de matemática e investigar se as oficinas de matemática contribuíram para a promoção das aprendizagens dos alunos da escola. A coleta de dados foi desenvolvida através da análise documental realizada a partir do projeto e do relatório das oficinas de matemática desenvolvidas e de entrevistas semiestruturadas realizadas com três das bolsistas de matemática que desenvolveram as oficinas e com três alunos que delas participaram. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo e dela emergiram as seguintes categorias: a) Autorregular o aprender para qualificar o ensinar: estratégias colaborativas realizadas em oficinas de matemática; b) Autorregular o aprender para qualificar o ensinar: um processo reflexivo de formação/autoformação vivenciado em oficinas de matemática. Dos dados analisados, inferimos que as bolsistas desenvolveram ações colaborativas, organizaram estratégias de aprendizagem, adquiriram competências autorregulatórias para a realização do planejamento, da execução e da avaliação das oficinas de matemática. A análise mostrou que as bolsistas passaram por um processo de reflexão sobre a prática desenvolvida, o que contribuiu para estimular nos alunos a vontade de estudar matemática. Concluímos que o PIBID I qualificou a formação inicial das bolsistas de matemática possibilitando-lhes assumir a responsabilidade de aprender para ensinar.

2. PRÁTICA REFLEXIVA REALIZADA NO ENSINO SUPERIOR: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM PROPULSORAS PARA A FORMAÇÃO DE ALUNOS AUTORREGULADOS (2012)
Autor: VERÔNICA RODRIGUEZ FERNANDES
Link: http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/123456789/1621/1/Veronica%20Rodriguez%20Fernandes_Dissertacao.pdf

Resumo:

Estudos recentes têm apresentado a importância da participação ativa do estudante na aprendizagem de conteúdos através do uso adequado de estratégias de aprendizagem, do planejamento de suas tarefas e da autoavaliação de seus resultados. A partir desta ideia, implementou-se uma intervenção, denominada de “Prática de Ensino Reflexiva”, que buscou investigar se as estratégias autorregulatórias aplicadas nessa prática contribuíram para promover a formação de alunos autorregulados. Buscou-se verificar, a partir das estratégias aplicadas, se o aluno revelou tomada de consciência, controle e gestão do seu processo de aprendizagem, pontos importantes para o aprender autorregulado. Iniciou-se a pesquisa com a aplicação do questionário CEA (Conhecimento de Estratégias Autorregulatórias) desenvolvido por Rosário e col. (2007), seguido por seis encontros denominados “Oficinas de desenvolvimento de estratégias autorregulatórias da aprendizagem”. Esses encontros tiveram como objetivo principal, para os sujeitos pesquisados, aprender estratégias para a escrita de artigos científicos e, para a pesquisadora, analisar se as estratégias utilizadas nessa prática reflexiva, no ensino superior, promoveriam a autorregulação, estimulando os processos de aprender dos alunos universitários. Ao final dos encontros, após 6 meses da intervenção, foi aplicado novamente o questionário CEA (ROSÁRIO e Col. 2007) e uma entrevista semiestruturada. Da análise dos dados, emergiram duas categorias: 1)Estratégias Cognitivas e Metacognitivas; 3) Estratégias Motivacionais; que articuladas entre elas indicam que contribuíram significativamente para formação do aluno autorregulado. Conclui-se que os dados reforçam a importância do conhecimento de estratégias autorregulatórias nos processos de aprendizagem, a fim de que o aluno universitário seja capaz de atingir seus objetivos frente às tarefas, promovendo uma consciência reflexiva.

3. ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO LEITORA ANCORADAS NO CONSTRUTO DA APRENDIZAGEM AUTORREGULADA: UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA (2013)
Autora: DAIANA CORREA VIEIRA

Link: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1331779

Resumo:

Este estudo insere-se no campo da investigação sobre estratégias de compreensão leitora, ancorado no construto da Aprendizagem Autorregulada (ARA). Dentre os teóricos que embasam o trabalho estão Zimmerman (1986, 1990, 2001), Zimmerman & Martinez-Pons (1986), Veiga Simão (2002, 2004, 2006), Pintrich (2000), Lopes da Silva (2004) e Frison (2006, 2011). O enfoque metodológico se desenvolveu a partir de uma pesquisa tipo intervenção pedagógica, segundo Damiani (2012), e teve como objetivo principal investigar se os alunos de uma turma de 8ª série, de uma escola pública, melhoraram a compreensão da leitura e as competências de autorregulação da leitura ao participarem de uma intervenção pedagógica realizada pela professora/pesquisadora, que utilizou estratégias de compreensão da leitura, modelagem metacognitiva, guias de interrogação metacognitiva e cartões-registro. Esta pesquisa foi realizada com 27 alunos, 14 do gênero masculino e 13 do feminino, com idade entre 13 e 16 anos, que cursavam a 8ª série do ensino fundamental, no turno matutino, do Instituto Estadual de Educação Ponche Verde, localizado no município de Piratini/RS. Para a coleta de dados foram utilizados dois instrumentos: Questionário de Identificação de Estratégias de Compreensão Leitora (QIECL) e Texto com questões de Compreensão Leitora (TCL), aplicados antes e após a intervenção pedagógica. A modelagem metacognitiva, estratégias de compreensão leitora, guias de interrogação metacognitiva e cartões-registro contemplaram a metodologia desenvolvida na intervenção pedagógica, proposta por Veiga Simão (2004, 2013). Os dados obtidos neste estudo foram submetidos à técnica de análise de conteúdo e processos de triangulação dos dados. Os resultados encontrados sugerem que a metodologia adotada para esta pesquisa potencializou a apropriação de estratégias de aprendizagem pelos estudantes ao longo da intervenção pedagógica, uma vez que possibilitou a escolha, de forma consciente, intencional e autônoma, das estratégias mais eficazes para determinado momento da leitura e de acordo com a exigência da tarefa. De modo geral, os alunos evoluíram, na tomada de consciência e na utilização de estratégias, ao longo do processo de leitura, bem como apresentaram progressos na compreensão leitora. Estes resultados são, portanto, animadores, no que se refere à relevância de um trabalho de intervenção, de curta duração, voltado para a utilização de estratégias que visaram avanços na compreensão da leitura.
Palavras-Chave:
Estratégias de Compreensão Leitora; Aprendizagem Autorregulada; Intervenção Pedagógica.

4. A RELAÇÃO ENTRE AS ABORDAGENS À APRENDIZAGEM E A AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO REGULAR DIURNO NO MUNICÍPIO DE CAMAQUÃ – RS (2013)
Autor: JOSE SILVANO MARTINS GROSS

Link: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1331765

Resumo:

Este trabalho buscou identificar as formas como alunos regularmente matriculados nas três séries do ensino médio regular diurno de uma escola pública do município de Camaquã encaram a aprendizagem a partir dos construtos das ‘Abordagens dos Alunos à Aprendizagem’ (SAL) e da ‘Autorregulação da Aprendizagem’ (SRL), tendo como objetivos específicos identificar a correlação entre ambos os construtos e destes com as variáveis gênero, idade, seriação, reprovação e nível de escolaridade dos pais. Fizeram parte desta pesquisa 133 alunos do ensino médio regular diurno de uma escola pública de Camaquã/RS, sendo 42 meninos e 91 meninas, com idades entre 14 e 19 anos (M= 16,24 anos). Com relação à seriação, 35 alunos estavam no 1º ano, 47 no 2º ano e 51 no 3º ano. Para a coleta dos dados foram utilizados três instrumentos quantitativos. O primeiro, denominado de Inventário de Processos de Estudo do Ensino Médio (IPEEM), é uma adaptação cultural, para o português do Brasil, do Inventário de Processos de Estudo do Secundário (IPES). É formado por 12 itens relacionados a dois fatores ou dimensões: uma abordagem profunda e uma abordagem superficial, cada uma contendo duas subescalas relacionadas com as variáveis motivacional e estratégica. O segundo, denominado de Inventário de Processos de Autorregulação da Aprendizagem – IPAA, também é uma adaptação cultural de um instrumento construído em Portugal. É formado por nove itens relacionados às três fases do ciclo autorregulatório: planejamento, execução e avaliação. Além da adaptação destes dois inventários, foi desenvolvida uma Ficha de Dados Pessoais e Escolares (FDPE), entregue para os alunos preencherem juntamente com os instrumentos anteriores. Os instrumentos foram aplicados em período regular de aula, em dezembro de 2013, com os consentimentos da direção da escola e do professor regente de classe e após o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) por parte dos alunos. Depois da coleta, os dados foram tabulados em meio eletrônico, conferidos e submetidos à análise estatística por meio do programa WinStat, em sua versão 1.0. Os resultados encontrados sugerem a adequabilidade e validade dos instrumentos para os construtos SAL e SRL. Foram constatadas duas abordagens à aprendizagem, profunda e superficial, com duas subescalas cada, motivação e estratégia, condizentes com um modelo de quatro fatores de primeira ordem e dois de segunda ordem. Também foi encontrada uma única escala de autorregulação da aprendizagem, condizente com o modelo cíclico de Zimmerman (2002). Há uma marcada diferença entre os sexos, tanto nas Abordagens à Aprendizagem quanto nos Processos Autorregulatórios. Os resultados demonstraram que a Autorregulação da Aprendizagem se correlaciona positivamente com a Abordagem Profunda e negativamente com a Abordagem Superficial e, ainda, que os alunos desta amostra estão cursando o ensino médio sem adquirir novas estratégias de aprendizagem ousem saber como utilizálas adequadamente, resultando numa baixa autorregulação de sua aprendizagem e em abordagens cada vez menos profundas, principalmente no que diz respeito aos sujeitos do sexo masculino. Futuras pesquisas poderão utilizar os instrumentos validados neste trabalho, uma vez que estes se mostraram fidedignos ao seu propósito, o que pode ser o grande contributo deste estudo.
Palavras-Chave:
Autorregulação da Aprendizagem; Abordagens à Aprendizagem; Ensino Médio

5. O DESENVOLVIMENTO DOS CONCEITOS CIENTÍFICOS DE MECÂNICA POR ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA: UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ALICERÇADA NA TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL DA ATIVIDADE E NAS ESTRATÉGIAS DA AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM (2015)
Autor: LARISSA PIRES BILHALBA

Link: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2315999

Resumo:

A pesquisa teve como objetivo planejar, implementar e avaliar uma intervenção pedagógica, à luz da Teoria Histórico-cultural da Atividade e do construto da Autorregulação da Aprendizagem, visando o desenvolvimento dos conceitos científicos de Mecânica em alunos do curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal de Pelotas. Esse curso vem enfrentando altos índices de reprovação e evasão, principalmente nos semestres iniciais e, um dos fatores que podem estar associados a esses índices é a dificuldade de aprendizagem dos conceitos de Mecânica, que são apresentados nas disciplinas introdutórias do curso (BILHALBA; AYALA FILHO, 2012). Com o intuito de dirimir esse problema o curso de Licenciatura em Física implementou uma nova disciplina no primeiro semestre intitulada de Introdução ao Pensamento Físico, a qual intenciona desenvolver os conceitos científicos de Mecânica. No contexto dessa disciplina, foi realizada a intervenção pedagógica, que buscou promover o desenvolvimento desses conceitos, e levar os alunos a utilizarem estratégias autorregulatórias que promovessem a tomada de consciência sobre as características de seus próprios processos de aprendizagem. Essa intervenção, foi realizada no primeiro semestre, totalizando 14 aulas e com 20 alunos participantes. A pesquisa propriamente dita, de caráter qualitativo, teve como foco analisar os efeitos da intervenção, verificando se os alunos conseguiram autorregular sua aprendizagem e se avançaram no desenvolvimento dos conceitos científicos trabalhados. Os resultados mostraram que a metodologia da intervenção pedagógica, baseada no construto da autorregulação da aprendizagem e da teoria histórico-cultural da atividade, realizada na disciplina de Introdução ao Pensamento Físico, parece poder desenvolver avanços na aprendizagem dos alunos podendo inclusive ser um instrumento importante para a reformulação das disciplinas iniciais dos cursos de Física.
Palavras-Chave:
Conceitos Científicos de Mecânica; Teoria-Histórico-Cultural; Autorregulação da Aprendizagem; Intervenção Pedagógica.

6. INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ANCORADA NA AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM COM FOCO EM PRODUÇÃO DE TEXTOS NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO (2015)
Autor: GLEDIANE SALDANHA GOETZKE DA ROSA

Link: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2409438

Resumo:

O estudo aqui apresentado teve como objetivo geral verificar nas produções textuais de alunos do 3º ano do ciclo de alfabetização, se houve e quais foram as mudanças ocorridas nos componentes linguístico e convencional a partir de uma intervenção pedagógica ancorada no construto da autorregulação da aprendizagem que investiu no ensino explícito e uso de estratégias autorregulatórias nas fases de planejamento, execução e avaliação da escrita dos textos. Durante o período de intervenção pedagógica foram realizadas, semanalmente, oficinas que tiveram como principal estratégia a utilização do livro As Travessuras do Amarelo a partir do qual foram elaboradas atividades relacionadas à escrita de textos. No decorrer da intervenção, investiu-se no ensino e incentivo ao uso de estratégias autorregulatórias nas fases de planejamento, execução e avaliação da tarefa. Os dados para a avaliação das mudanças ocorridas na escrita de textos foram coletados por meio de produções de textos e entrevista realizada após a conclusão da tarefa. Com base na análise de conteúdo, foi verificado o uso de estratégias autorregulatórias específicas para cada uma das fases do processo cíclico da autorregulação. Na fase de planejamento, as estratégias utilizadas pelos participantes foram organização das ideias, formulação de esquema, vivência anterior e busca de recursos. Percebeu-se que essas estratégias favoreceram os avanços percebidos no componente linguístico. Na fase de execução, as estratégias abordadas foram leitura, correção e busca de ajuda. De acordo com a fala dos participantes, essas estratégias foram utilizadas com o objetivo de melhorar sua ortografia. Na fase de avaliação, as estratégias leitura de todo o texto e avaliação contribuíram para que os participantes avaliassem aspectos relativos à sua própria atuação e os componentes linguístico e convencional da produção escrita. Os resultados obtidos no estudo demonstram que os participantes apresentaram: I) avanços significativos em relação aos componentes linguístico e convencional, estimulados por atividades de aprendizagem desenvolvidas em uma intervenção pedagógica que oportunizou maior controle e consciência sobre a escrita de textos; II) os avanços foram potencializados pela adoção e ampliação do uso de estratégias autorregulatórias de planejamento, execução e avaliação no desenvolvimento de suas atividades, em específico, na escrita de textos.
Palavras-Chave:
aprendizagem; autorregulação da aprendizagem; estratégias autorregulatórias, produção textual

7.CONTRIBUIÇÕES DO PIBID: AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO AUTÔNOMA EM FOCO

Autor: Elenice Botelho Antunes

Link: https://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/sepedu/article/download/14886/3482

Resumo:

Os estudos sobre a formação de professores na perspectiva do construto da Autorregulação da Aprendizagem constituem a base de investigação na qual se insere esta pesquisa qualitativa, do tipo estudo de casos múltiplos, que teve como objetivo geral investigar o que revelaram as egressas do curso de Letras e participantes do Pibid/Humanidades II, sobre as aprendizagens e sobre a atuação autônoma, tendo como base teórica e prática os pressupostos da autorregulação da aprendizagem. Os dados coletados, a partir do relato de três sujeitos, foram obtidos por meio de quatro instrumentos: narrativas autobiográficas, cadernos de registros dos supervisores, análise de documentos e entrevistas semi-estruturadas e analisados a partir da Análise Textual Discursiva. A hipótese da possível aproximação entre o processo de trabalho do Pibid/Humanidades II e as etapas da Autorregulação da Aprendizagem foi o que gerou o problema desta pesquisa, que analisou quais contribuições o Pibid produziu para a formação autônoma e estratégica de um grupo de futuras professoras, egressas do curso de Letras. Os resultados da investigação são oriundos da análise dos dados obtidos a partir de três categorias prévias: Projetando as ações futuras – Antecipação, Realização do que foi previsto e planejado – Execução e Reflexão: o pensar sobre a própria atuação. Os dados apontaram que o Pibid, por trabalhar com etapas bem definidas de trabalho (planejamento, aplicação do projeto e uma avaliação constante), promove a conscientização e autonomia dos estudantes, oportuniza, ao futuro docente, experiências favoráveis para a aprendizagem, possibilitando-lhe uma formação baseada em estratégias autorregulatórias que o qualificam para o trabalho em sala de aula. Também pode ser destacado que o período de formação ajudou as pibidianas a entenderem sobre o que é ser professora e como esse aprendizado pode ser levado a cabo. O sentimento de confiança e de autonomia para resolução de situações-problema, o investimento no estudo de atividades interdisciplinares e de trabalhos colaborativos, a observação dos diferentes comportamentos e contextos nos quais estão inseridos os alunos, também são fatores mencionados pelas três participantes como aprendizados importantes adquiridos com o Pibid. O trabalho desenvolvido ao longo do projeto, segundo as pesquisadas, contribuiu para a reflexão do quanto é necessário pensar nas dificuldades dos alunos e se colocar no lugar do outro, pois o objetivo de aprender a ser professora leva a outro objetivo maior que é o de ensinar os alunos de forma que estes possam aprender conceitos que sejam significativos para suas vidas.
Palavras-Chave:
Pibid/Humanidades II;Autorregulação da Aprendizagem;Formação Docente;Autonomia;Ensino