“Os dormentes principalmente, pelo tempo, a chuva, tudo vai desgastando, vai ficando cheio de marcas, marcas do tempo.” Erlice Santhes
As coisas compartilham a vida com as pessoas ao longo do tempo. E suas biografias ajudam-nos a narrar as nossas. Devido ao seu potencial simbólico ativam a evocação de memórias daquilo que foi, mas também daquilo que não veio a ser. Expõem as marcas do tempo impressas em sua materialidade e as ausências daquilo que já não é mais. A ressignificação dada aos objetos, a partir de novos usos no presente, demonstra o desejo de preservação de aspectos de uma vida à beira dos trilhos. Trajetórias marcadas por encontros, deslocamentos e pela sonoridade do trem, a partir da qual a rotina do dia se organizava