Curso de Licenciatura em Educação do Campo compartilha experiências em EAD
A experiência metodológica do curso de Licenciatura em Educação do Campo (Clec) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ofertado desde 2009 na modalidade a distância pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), servirá como modelo para a Educação Superior voltada às características das comunidades tradicionais. De 22 a 24 de novembro, o Clec recebe visita técnica da professora da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Sheila Rocha. O objetivo da aproximação institucional é coletar informações organizacionais e metodológicas do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFPel, o único no País na modalidade EAD, para reestudar o formato das graduações correlatas oferecidas pela UFRR.
Demais Instituições que integram o Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo), do Ministério da Educação (MEC), estruturam os cursos em regime de alternância entre o presencial e o período em comunidade. Para a professora da UFRR, o modelo da UFPel é referência metodológica: a modalidade a distância evita uma série de dificuldades aos sujeitos do campo, sem incorrer em perda de qualidade na formação. Com a alternância, para cumprir com as obrigações do curso, os estudantes precisam arcar com despesas de hospedagem, transporte e alimentação; e lidar com o ônus dos dias em que não estão disponíveis para o trabalho em suas comunidades. “A alternância gera um custo bastante alto para os estudantes. A forma que a UFPel trabalha é bastante interessante pra nós. As atividades são muito bem acompanhadas; trabalhadas de uma forma que você não perde a qualidade”, avalia.
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Novas Perspectivas
Integrante das políticas públicas voltadas às comunidades tradicionais e à democratização do acesso ao Ensino Superior, a Licenciatura em Educação do Campo da UFPel está em fase de encerramento de suas atividades. Até o final do período letivo de 2016, quando o curso será concluído, a expectativa é de que mais de 520 educadores estajam habilitados para atuarem em escolas do campo, com base em seu lugar de fala e em suas demais características culturais. A proposta é de que a UFPel passe a oferecer cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação lato e stricto sensu sobre a temática.
Texto: Jandré Batista – Equipe Multidisciplinar UAB/UFPel
Foto: Felipe Pizzio – LAM/Life
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