No último dia de entrevistas em Montreal para o projeto “Perspectivas contemporâneas em curadoria” encontramos Gilles Daigneault e Margarida Mafra, que nos apresentaram a Fontation Molinari, relataram sua rotina de trabalho e como funciona a atividade curatorial nesse contexto específico. Gilles Daigneault é um reconhecido crítico de arte e profundo conhecedor da obra de Guido Molinari (1933-2004), um dos mais importantes artistas de Montreal e do Canadá. A sede da Fontation Molinari é num imóvel que abrigava seu ateliê, no térreo, e residência, no andar superior. Tendo em vista que o interesse e função primeira deste espaço é a perpetuação da memória do artista, a documentação de sua vida e obra e difusão de sua arte e da arte contemporânea, a atividade curatorial, voltada inicialmente a uma perspectiva monográfica, também busca estabelecer diálogo entre Molinari e outros artistas, sejam artistas atuantes, a partir, por exemplo de um programa de residências previsto na criação da Fontation, seja a partir de artistas históricos cujas obras dialogam com Molinari, ou artistas convidados por Daigneault e Margarida Mafra. Margarida Mafra nasceu em Portugal e vive em Montreal onde trabalha na Fondation Molinari. Mais que uma assistente, Mafra acompanha e divide com Daigneault a própria gestão da Fontation. Com formação em História da Arte em Lisboa, fez estudos complementares na École du Louvre, em Paris, e atuou na Fundação Calouste Gulbenkian, também em Lisboa. Iniciou sua atividade na Fondation Molinari para a realização do Catálogo raisonée e hoje realiza atividades relacionadas ao programa de exposições, à conservação das obras, às atividades educativas e visitação, às itinerância e ao acompanhamento e cotação das obras do artista no mercado de arte. Além das residências e exposições com outros artistas a Fondation Molinari também convida curadores para a realização de projetos e exposições.
Para maiores informações sobre a Fondation Molinari: https://fondationguidomolinari.org/