a caminhografia

O método utilizado nas atividade da pesquisa é a “Caminhografia Urbana”, que conta na sua configuração com dois movimentos fundamentais: a cartografia e o caminhar (ROCHA; SANTOS, 2023) .

A cartografia tem sua gênese na filosofia da diferença deleuze-guattariana, que preconiza a construção de um mapa, o qual se distancia do conceito de mapa tradicional; propondo um mapa aberto e conectável (DELEUZE; GUATTARI, 1997). 

O caminhar é desenvolvido a partir do conceito de transurbância, criado por Francesco Careri (2014), como sendo uma postura adotada durante o caminhar, uma política. Um modo de (re)conhecer territórios urbanos, atravessando-os, por entre público-privado, dentro-fora, interior-exterior, etc.

A caminhografia urbana, a partir da cartografia e do caminhar, busca mapear, desenhar, fotografar, filmar, narrar e conversar com a cidade na cidade, pensando nos lugares como produtores de subjetividade – na relação espaço-corpo –, sempre em processo; caminhando, explorando a cidade com o corpo atento, a partir de um deslocamento da experiência; registrando qualquer afecto que peça passagem, que provoque o pensamento. 

Cabe ressaltar que a transformação dos resultados da pesquisa científica em políticas públicas é um processo complexo, mas essencial para garantir que a tomada de decisões seja baseada em evidências sólidas. Aqui estão algumas etapas envolvidas nesse processo:

  • Realização da pesquisa científica: A pesquisa científica é realizada para investigar um problema específico, coletar dados, analisá-los e obter conclusões. A pesquisa pode ser conduzida por cientistas, acadêmicos, instituições de pesquisa ou organizações governamentais.
  • Comunicação dos resultados: Após a conclusão da pesquisa, os resultados precisam ser comunicados de forma clara e acessível. Isso geralmente envolve a publicação de artigos científicos em revistas especializadas, apresentações em conferências ou simpósios e outras formas de disseminação acadêmica. Além disso, é importante que os resultados sejam comunicados de maneira compreensível para o público em geral.
  • Avaliação da relevância para as políticas públicas: Os resultados da pesquisa devem ser avaliados quanto à sua relevância para as políticas públicas. Isso envolve a análise de como os resultados da pesquisa se relacionam com questões e desafios existentes, a identificação dos atores e partes interessadas envolvidos e a compreensão de como os resultados da pesquisa podem contribuir para a formulação de políticas eficazes.
  • Engajamento de partes interessadas: É importante envolver as partes interessadas relevantes, como governos, formuladores de políticas, organizações não governamentais, especialistas na área e comunidades afetadas, na discussão e interpretação dos resultados da pesquisa. Isso ajuda a garantir que as perspectivas diversas sejam consideradas e que as políticas desenvolvidas sejam apropriadas e implementáveis.
  • Formulação de políticas: Com base nos resultados da pesquisa e no envolvimento das partes interessadas, as políticas públicas podem ser formuladas. Isso envolve a identificação de objetivos claros, a definição de estratégias e a elaboração de planos de ação concretos. As políticas devem levar em consideração os resultados da pesquisa, mas também considerar outros fatores, como viabilidade política, recursos disponíveis e restrições legais.
  • Implementação da política: Após a formulação, a política pública precisa ser implementada. Isso pode envolver a criação de leis, a alocação de recursos, a definição de programas e a coordenação de esforços entre diferentes atores governamentais e não governamentais. A implementação deve ser acompanhada de perto para garantir que os objetivos sejam alcançados.
  • Monitoramento e avaliação: É fundamental monitorar e avaliar continuamente a implementação da política e seus resultados. Isso ajuda a identificar possíveis lacunas ou problemas na implementação, bem como a avaliar o impacto da política nas questões que ela visa resolver. Os resultados dessa monitoria podem ser usados para ajustar a política, se necessário, ou para informar futuras políticas.

Vale ressaltar que o processo de transformação de resultados de pesquisa em políticas públicas pode variar de acordo com o contexto e as características específicas de cada situação. A colaboração entre pesquisadores, formuladores de políticas e partes interessadas é fundamental para garantir que as políticas sejam informadas pelas evidências científicas mais atualizadas e sejam eficazes na abordagem dos desafios enfrentados pela sociedade.

Textos de Referência sobre Caminhografia Urbana:

ROCHA, E.; SANTOS, T. B. dos. (2023). Como é a Caminhografia Urbana? Registrar, jogar e criar na cidade. Arquitextos, 281, ano 24, São Paulo, out. 2023.