Vão ser realizadas experiências de “caminhografia urbana” em disciplinas de graduação e pós-graduação e atividades de pesquisa e extensão. Experiência é aquilo que constrói nossa subjetividade. Diferente do senso comum, é aquilo que nos passa, que é vivido e sentido no corpo. Todas essas experiências-sentido da “caminhografia urbana” serão registradas, filmadas, fotografadas, desenhadas e escritas em mapas, sempre próximas da pedagogia da viagem, que prevê três movimentos: a expectativa – que se refere aos antecedentes e preparativos da experiência; a experiência – etapa do acontecimento da viagem; e, por fim, o retorno – a reflexão que demarca novos inícios e gera pistas. Além das experiências, será realizado o evento 8° Encontro Internacional Cidade, Contemporaneidade e Morfologia Urbana (EICCMU) – Caminhografar.
Tive esta experiência, os dobradores de papéis chegam e dizem: a dobra somos nós. Os outros, que me enviaram o mesmo tipo de carta, é incrível, foram os surfistas. À primeira vista não há relação alguma com os dobradores de papéis. Os surfistas dizem: “concordamos totalmente, pois, o que fazemos? Estamos sempre nos insinuando nas dobras da natureza. Para nós, a natureza é um conjunto de dobras móveis. Nós nos insinuamos na dobra da onda, habitar a dobra da onda é a nossa tarefa”. Habitar a dobra da onda e, com efeito, eles falam disso de modo admirável. Eles pensam, não se contentam em surfar, eles pensam o que fazem [DELEUZE, G., PARNET, C. Abecedário de Gilles Deleuze. Paris: Éditions Montparnasse, 1994 ].
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