caminhografia

artigos publicados

 

 

ROCHA, E.; SANTOS, T. B. dos. (2023). Como é a Caminhografia Urbana? Registrar, jogar e criar na cidade. Arquitextos, 281, ano 24, São Paulo, out. 2023. 

 

livros organizados (em processo)

 

ROCHA, E.; SANTOS, T. B. dos. (2024). Verbolário da Caminhografia Urbana. 

ROCHA, E.; DEL FIOL, P. P. (2024). Conversas sobre Caminhografia Urbana.

 

cartografar caminhar
é mapear, desenhar, fotografar, filmar, narrar e conversar a cidade na cidade, pensando nos lugares como produtores de subjetividade – na relação espaço-corpo –, sempre em processo.

é explorar a cidade com o corpo atento, a partir de um deslocamento da experiência, registrando qualquer afecto que peça passagem, que provoque o pensamento.

caminhografia urbana

[pistas provisórias]

registrar, jogar e criar

é andar a pé – caminhar, tocar o solo passo por passo, andar e cartografar – mapear, registrar seja como for a experiência em processo, em casos especiais pode-se caminhografar em máquinas (próteses): skates, bicicletas, cadeiras de rodas, etc.

podemos caminhografar trajetos, caminhos, errâncias, deambulações e/ou coreografias; pela cidade, o bairro, a rua, os campos, em lugares públicos-privados, interior-exterior e dentro-fora, sem limites e livres.

pode-se caminhografar solitariamente, em duplas, em grupos e com multidões; cada qual com a sua(s) atenção; a atenção do caminhógrafo deve estar sempre acesa e disponível para qualquer novo movimento e/ou permanências.

caminhográfa-se sempre na busca de encontros com o minorizado, do indizível, do resistente, do silenciado e dos possíveis novos propulsores de vida; a caminhografia é sempre sobre/com/de alguma coisa (singular). 

os registros caminhográficos podem ser mapas, fotografias, vídeos, sons, desenhos, sensações, narrativas, anotações, gráficos, intervenções, jogos, coreografias, etc.

toda a experiência sentida está diretamente relacionada à geografia (entre-lugares), ao tempo (entre-e ao corpo caminhógrafo (entre-corpo); todos os meios interferem nos resultados, sejam climatológicos, a sua localização no mundo, relacionados ao relevo, a natureza das espécies, a condição física do caminhógrafo, etc.; caminhográfa-se na direção da experiência brasileira e latino-americana da prática.

a velocidade que se caminhógrafa, muda conforme cada experiência, pode-se deslocar lentamente ou com mais rapidez, parar, descansar e até correr caminhografando; ainda assim, como diz Francesco Careri “quem perde tempo, ganha espaço” (Francesco Careri).

as cartografias podem ser produzidas antes, durante e depois da caminhada – em simultaneidade (a própria caminhografia); ressalta-se que as geradas/registradas enquanto caminhadas apresentam um alto grau de potência e intensidade.

pode-se jogar durante a caminhografia, jogar com a cidade e as pessoas, com os encontros e as coisas; um jogo solitário do caminhógrafo com a urbe ou um jogo interventivo com as arquiteturas, os lugares e as pessoas.

enquanto caminhógrafamos pensamos, sobre o caminho e as coisas, sobre o mapa e/ou sobre outras coisas, divagamos, produzimos subjetividades, agenciamos diferenças e esquizoanálises e; também podemos agir durante a caminhografia: planejando, projetando e construindo coisas. 

caminhografar é política de vida.

 

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