Texto: Um Tema para Medievalistas: Os gênios no Islã

Celia Daniele Moreira de Souza[1]

 

Presentes no imaginário ocidental, os gênios possuem boa reputação para aqueles que os associam ao que a Disney retratou em Aladdin, uma releitura contemporânea da história contada no épico abássida As Mil e Uma Noites (sécs. IX/XV). Entretanto, para a religiosidade islâmica ortodoxa e também para aqueles que tiveram contato com produções audiovisuais árabes, como a série Jinn, disponível na Netflix, os gênios podem ter outras naturezas que vão além da fanfarronice e da magia.

O fenômeno dos gênios, à primeira vista, é concernente à cultura árabe, mais propriamente à era pré-islâmica (Jaḥiliya), em que o mundo espiritual era compreendido e com o qual o homem podia interagir por meio da inspiração desses seres espirituais. Todavia, parece que a crença em gênios é algo que se expande para além do próprio arcabouço cultural árabe. Isso porque ela se remete à religiosidade animista da Antiguidade, tanto pela sua similitude com os seres mágicos deste período que habitam o incognoscível (como os daimon), como também pela possibilidade de o termo ter sido “emprestado” do latim “genius” (MAÍLLO SALGADO, 2019, 620). Compartilhados ou não com as crenças animistas antigas, o conceito e a crença religiosa em gênios hoje se fazem presente por meio do Islã, religião nascida na Península Arábica no séc. VIII; e é por meio desta apropriação que compreendemos e relemos a figura dos gênios no período medieval.

Pouco antes do advento do Islã, a espiritualidade árabe era marcada por um politeísmo autóctone, ainda que houvesse muitos sincretismos com outras religiões pagãs, como com o panteão greco-romano, sobretudo na região Norte (SOURDEL, 2014, 19). O que nos foi legado da experiência cultural e religiosa dessa época é apreendido pelos relatos trazidos no próprio Alcorão e na Sunna, esta assentada nos aḥādīṯ, a chamada “Tradição” (GÓMEZ GARCÍA, 2009, 309); e pela antologia de sete poesias remanescentes do período pré-islâmico, as Muallaqat (MUSSA, 2006, 9-10). Ao mesmo tempo, muito deste passado é reconstruído por meio da Arqueologia e também no estudo comparativo entre sociedades próximas que trocaram profundamente com a Península Arábica, como a etíope e a romana (SOURDEL, 2014, 11-14).

No estudo da era pré-islâmica, notamos que os gênios possuíam uma atuação fluída, ora sendo agentes independentes do mundo invisível, ora se confundindo com os espíritos dos ancestrais (MOREMAN, 2016, 5). Essa percepção muda com o surgimento do Islã, o qual vai definir uma categoria própria para eles, assim como também vai usá-los para explicar tanto aspectos da espiritualidade do próprio povo árabe como também de povos estrangeiros.

Segundo a fé islâmica, Deus teria criado apenas três seres inteligíveis: os anjos, os gênios e os homens. Os anjos, criados da luz, têm sua criação mencionada na Sunna (SAHIH MUSLIM, 2996). E os homens e os gênios têm sua criação citada no Alcorão: os homens teriam sido criados do “barro moldável” e do “sêmen divino” (ALCORÃO, 55:14, 15:26 e 76:2); e os gênios foram criados do “fogo puro” e do “fogo sem fumaça” (ALCORÃO 15:27 e 55:15).

Com a definição de sua natureza, os gênios não poderiam mais ser confundidos com espíritos de homens e tampouco com os anjos. Percebe-se que a primeira associação foi duramente combatida, já que a criação dos gênios e dos homens aparece diferenciada de forma conjunta, o que evidencia a crença pré-islâmica em relacionar os gênios aos ancestrais. Já a segunda associação não estava presente no imaginário árabe, e sim na tradição judaico-cristã, da qual o Islã se erige como herdeiro e reformador. Aqui entra uma fusão curiosa de ambas as culturas: a figura de Lúcifer relida como o gênio Iblis. Enquanto para judeus e cristãos, Lúcifer é um anjo caído, para os muçulmanos, anjos não poderiam “cair” porque seguem incontestadamente a vontade de Deus (ALCORÃO 66:6) e não possuem livre arbítrio como os homens e os gênios (ALCORÃO 7:179 e: 17:15). Dessa forma, anjos não poderiam trair a Deus, e Lúcifer/Iblis é considerado um gênio.

A tradição conta que Iblis era um gênio tão estimado por Deus, que subiu aos céus para viver ao lado dos anjos (AL-ASHQAR, 2003, 40). Mas isso mudou: ao criar o primeiro homem, Adão, Deus ordenou que todos os anjos e Iblis se prostrassem diante de sua nova criatura, e Iblis não teria acatado tal ordem por soberba (ALCORÃO 18:50). Esta revolta o levou a ser expulso do paraíso e a ser considerado o primeiro demônio ou shaytan, Satanás. Aqui vemos a primeira relação entre gênios e demônios, mas ela não é tão simples: ainda que o primeiro demônio tenha sido um gênio por sua desobediência a Deus, os gênios não são todos demônios. Segundo a fé islâmica, apenas aqueles que escolhem o “caminho do mal”, isto é, se desviam da vontade de Deus, são demônios. No Islã, os shaytan, liderados por Iblis, têm a intenção de afastar a humanidade dos desígnios divinos (AL-ASHQAR, 2003, 104).

Mas e os demais gênios? Bom, para os muçulmanos, os gênios estão entre nós como em um mundo paralelo, invisível aos olhos humanos, com cidades, sociedades e estruturas próprias (EL-ZEIN, 2009, 15-16).[2] Diferentemente dos humanos, os gênios podem nos ver e podem se aproximar de nós se quiserem. Além disso, os gênios são dotados de poderes que os assemelham muito ao que conhecemos na cultura pop como “super-heróis”, sendo capazes de realizar feitos notáveis, como: percorrer milhares de quilômetros em poucos segundos (teletransporte); voar; se metamorfosear em animais e em humanos (inclusive casar com humanos); viver por centenas de anos; fazer magia; ler mentes, etc. Por causa destas altas habilidades, segundo o Islã, muitas pessoas passaram a adorar aos gênios em vez de a Deus, por isso é altamente recomendado não entrar em contato com eles. Outrossim, para os muçulmanos, apenas a um homem foi dada permissão de lidar e dominar os gênios: Salomão. Esta figura, por sinal, também pertencente à tradição judaico-cristã, ganha ares espetaculares na tradição muçulmana: no Alcorão, se menciona que ele possuía a capacidade de se comunicar com gênios e com pássaros, possuindo exércitos de ambos; podia controlar o vento e submeter os gênios com a permissão de Deus (ALCORÃO, 27:16-17 e 34:12).

Considerar que apenas Salomão teve “autorização” para subjugar os gênios faz todo sentido na ótica islâmica para desencorajar aqueles que queiram os favores de um gênio. Isso porque os gênios não teriam nenhuma obrigação para com o homem que lhes invocassem, podendo atender aos caprichos humanos também por vaidade. Como comentamos, os gênios possuem livre-arbítrio, assim, eles poderiam se corromper, tornando-se demônios se buscassem atender ao seu ego e afastar o homem da fé islâmica (ALCORÃO, 6:128-130). Evitar essas colaborações é uma maneira de garantir a salvação, não só dos humanos, mas também dos gênios, pois ambos podem ir tanto para o céu como para o inferno após a sua morte (EL-ZEIN, 2009, 20).

Essa condição de que tanto os homens como os gênios podem ser salvos ou condenados é um aspecto muito interessante da religiosidade islâmica, pois, ineditamente na linha da tradição judaico-cristã, a mensagem divina não se dirigiria somente à humanidade. Há um capítulo no Alcorão intitulado “Os Gênios”, que fala diretamente com eles e trata justamente da submissão ao Islã (ALCORÃO, 72). A conjugação em árabe neste capítulo atende ao modo dual, isto é, suas preceptivas se dirigem a dois seres: homens e gênios, para que se arrependessem e se islamizassem (EL-ZEIN, 2009, 13).

Essa semelhança entre homens e gênios é o que torna sua relação tão próxima no imaginário árabe. E, para os muçulmanos, os gênios não seriam indiferentes às atividades humanas, tendo convivido por muitos séculos em apoio mútuo (EL-ZEIN, 2009, XV). A ajuda de um gênio não o tornaria automaticamente um “demônio”, há passagens na tradição que narram sobre bons gênios que ajudaram pessoas, como no caso de Salomão e também em aḥādīṯ que contam de gênios admoestando politeístas a favor do Islã (AL-ASHQAR, 2003, 96-97).

É por isso que há na literatura árabe tantos exemplos de relações entre gênios e humanos, como em As Mil e Uma Noites, e também em relatos sufis, em que os bons gênios têm sua generosidade atribuída a Deus (EL-ZEIN, 2009, 30). Na Idade Média é quando se vê uma alta produção literária e religiosa sobre os gênios, o que demonstra como a sua expressão cultural extrapolou o território árabe e se arraigou ao mundo islâmico como um todo, compondo novas percepções e ressignificações. É interessante, ainda, constatar que na literatura medieval, os gênios são muito semelhantes aos homens não só quanto à salvação, mas também quanto a suas paixões, questões e interesses.

Os contos das Mil e Uma Noites são excelentes exemplos para analisar o imaginário medieval (clássico e pós-clássico[3]) sobre os gênios, os quais aparecem tanto como bons ou maus – ou ainda, ambíguos, tal qual o ser humano. A tão famosa aventura de Aladdin mencionada aqui no início de nosso artigo, considera-se ter sido inserida no compêndio de histórias das Mil e Uma Noites por volta do séc. XV e originalmente se tratava de um relato bem distinto daquele apresentado nas produções de Hollywood (JAROUCHE, 2012, 499). O enredo teria sido adaptado de um conto sobre uma lâmpada mágica, onde habitava um gênio, o qual concede seus serviços a um jovem alfaiate para conquistar o amor de uma princesa. Tal relato não possui qualquer reproche quanto à ajuda do gênio, e este apenas auxilia o jovem porque sua lâmpada foi bem cuidada por ele, diferentemente de usuários humanos anteriores, os quais foram implacavelmente degolados pelo gênio (ANÔNIMO, 2012, 505).

Na coletânea, também aparecem relatos de gênias, sendo digno de menção um de uma gênia que sequestrou um bebê para cria-lo como seu filho (ANÔNIMO, 2007, 129). A Sunna alerta sobre redobrar a atenção no cuidado de crianças, sobretudo à noite, pelo perigo dos gênios as roubarem (SAHIH AL-BUKHARI, 3316). Entretanto, na trama medieval, o sequestro do bebê humano leva a ele a crescer como um adulto extremamente rico e sempre cuidado por sua “mãe” ou “senhora” gênia, o que garante seu casamento e o de seu filho com poderosas princesas (ANÔNIMO, 2007, 130-134).

Porém, há contos em que os gênios não realizam nenhuma benesse aos seres humanos. É o que podemos encontrar na história que motiva o rei Shahriyar a assassinar a cada noite uma esposa para não ser traído, até a chegada de Sherazade com fantásticas narrativas encadeadas que durarão mil e uma noites. Neste relato, o rei Shahriyar está vagando sem rumo, após ter sido traído por sua primeira esposa, até se deparar com um gênio gigante saindo do mar. Curiosamente, tal gênio havia sequestrado e mantido cativa uma jovem mulher dentro de um baú, e ela, para se vingar dele por seu destino, aproveitava-se quando ele dormia para o trair com todo homem que encontrava em seu caminho. Por presenciar tal fato – um ser tão amedrontador e poderoso como um ifrit sendo enganado – o rei Shahriyar considerou que nenhuma mulher era digna de confiança (ANÔNIMO, 2005, 46-49).

Só que, tanto esta história, como a que mencionaremos a seguir, demonstram que não é uma “sordidez” das mulheres que enganaria até “poderosos gênios”, mas a presença de uma certa limitação cognitiva deles. Segundo Sherazade, havia um pescador muito pobre que lançava sua rede exatamente quatro vezes no mar para encontrar seu sustento. No entanto, certa vez acabou “pescando” um vaso de cobre lacrado com chumbo. Ao abri-lo, o pescador acaba libertando um gênio do mar (ifrit), que havia sido aprisionado por Salomão; mas diferentemente do gênio da lâmpada, este não deseja ajudar seu libertador, senão matá-lo. Como gesto de “generosidade”, o gênio não o mata imediatamente, oferecendo-lhe a condição de escolher como será a sua morte. O pescador, contudo, argumenta engenhosamente com o gênio, lançando dúvidas se havia mesmo o libertado, já que o gênio seria “grande demais” para caber no vaso. Para comprovar que havia saído do vaso, o gênio entra de novo nele, o que dá a chance para o pescador fechar a saída, aprisionando-o mais uma vez (ANÔNIMO, 2005, 71-77). Essa espécie de “estupidez” dos gênios seria justificada por sua incapacidade de imaginação, uma faculdade apenas presente nos humanos (EL-ZEIN, 2009, 24). Assim, vemos, que nos relatos literários medievais (clássicos e pós-clássicos), os gênios ajudam por sua própria vontade e interesse, não havendo de antemão uma oposição à fé islâmica.

Os relatos sufis medievais também aportam curiosas interpretações sobre o mundo dos gênios. Por exemplo, vários sufis clássicos como Al-Hallaj (858-922), ‘Ayn al-Quḍāt Hamadānī (1098-1031) e Faridudin (1145-1221) defendiam que Iblis, na verdade, era o servo mais fiel de Deus e a sua não-prostração diante de Adão era o símbolo de seu “monoteísmo puro” (RUSTOM, 2020, 68-89). Todavia, essa visão não era compartilhada por todos os sufis. O famoso Rumi (1207-1273) viria a comentar tal teoria na sua importante obra Masnavi, expondo inclusive a ideia em voga de que Iblis fora um “anjo” e não um “gênio” (RUMI, 2007, 153). No entanto, a instrumentalização deste tema em Rumi sugere mais uma resposta às alegações sufis de sua época, e não a sua concordância, uma vez que seu poema acaba por considerar essa defesa mais uma “sedução satânica” que uma verdade religiosa (RUSTOM, 2020, 68).

Além da preocupação com Iblis, os sufis também se detiveram em compreender o mundo metafísico, onde vivem os gênios. Isto porque o sufismo valoriza profundamente o “oculto”, considerando que a mensagem divina se reveste de uma teosofia hermética, a qual é acessada por meio da iluminação (‘irfan) (MAHFOUD e GEOFFROY, 1999, 17). Dessa forma, um sufi para alcançar a “verdade” (haqiqa) deve se voltar para dentro de si mesmo, havendo inúmeros rituais e hábitos que o permitem tal tarefa, como o ascetismo – o abandono da vida em sociedade, e a entrega a experiências de êxtase (KÜHNER, 2023, 235-236). Assim, ao fazer tal “viagem” ao mundo “oculto”, fatalmente o sufi terá de lidar com os seres que aí habitam, havendo a preocupação em saber distinguir o mundo extrassensorial da própria imaginação (EL-ZEIN, 2009, 8). Ibn ‘Arabi (1165-1240) foi um sufi que se dedicou a esta questão, pois para ele, a visão do homem não estava apenas nos olhos, podendo provir também do coração e da fé. Ele dizia que podia ver os gênios por meio do coração, possuindo aí um canal de uma comunicação com eles (EL-ZEIN, 2009, 23). Além disso, Ibn ‘Arabi dissertou sobre o mundo dos gênios, narrando suas características físicas e sociais, e analisando sua relação com o homem em sua obra-prima Futūhāt al-Makkiyya (As Revelações Mequenses).

Desse modo, vemos que há muito material para que os medievalistas possam se debruçar para compreender as leituras e interpretações que os muçulmanos fizeram da crença nos gênios. É importante reiterar que a expressão da religiosidade islâmica é bem diversa, e as compreensões de mundo variam conforme o grupo a que nos referimos. É por isso que vemos no Islã Ortodoxo, mais influente no mundo árabe atualmente, apenas a visão de gênios maus quando em contato com o ser humano, algo que difere das visões folclóricas e místicas, as quais eram mais destacadas nos períodos clássico e pós-clássico. Ainda assim, todas estas versões são representações genuínas da fé muçulmana, que estão submetidas a contextos, épocas, políticas e escolas teológicas próprias, que as moldam em discursos diferentes.

O medievalista deve ter atenção e cuidado ao lidar com essas variáveis, que, ao final, enriquecem profundamente seu trabalho. Por exemplo, analisar como os gênios possuem relações distintas com a humanidade, de acordo com o grupo religioso que os retrata; ou ainda como a visão dos gênios é instrumentalizada hoje em dia em filmes de terror árabes, algo que para o imaginário ocidental surpreende, mas que tem fundamento na tradição islâmica compilada dos sécs. VII, VIII e IX. Também é possível comparar a narrativa corânica com a representação dos gênios na literatura árabe clássica; e até mesmo estabelecer comparações transculturais – ainda que cautelosas, pelo risco do anacronismo – entre gênios e religiosidades que não sejam muçulmanas. De toda forma, o campo é amplo para analisar os gênios, um grupo tão importante no imaginário e na religião islâmica no período medieval.

 

Referências Bibliográficas:

AL-ASHQAR, Omar Sulaiman. El Mundo de los genios y los demonios a luz del Corán y la Sunnah. Tradução de Muhammad Isa García. Riad: International Islamic Publishing House, 2003.

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EL-ZEIN, Amira. Islam, Arabs and the Intelligent World of the Jinn. Nova Iorque: Syracuse University Press, 2009.

GÓMEZ GARCÍA, Luz. Diccionario de islam e islamismo. Madrid: Espasa Calpe, 2009.

KÜHNER, Alinde Gadelha. Uma introdução ao sufismo. In: BORGONGINO, Bruno Uchoa (org.). Para além do Ocidente Cristão. Outras Idades Médias? Recife: Ed. UFPE, 2023.

MAHFOUD, A e GEOFFROY, M. Apresentação. In: AL-JABRI, M. Introdução à crítica da Razão Árabe. São Paulo: UNESP, 1999.

MAÍLLO SALGADO, Felipe. Los genios (ŷinn) en la tradición árabo-islámica. In: YILDIZ, Efrem (org.). Et Amicorum. Estudios en honor al Profesor Carlos Carrete Parrondo. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2019.

MOREMAN, C. Rehabilitating the Spirituality of Pre-Islamic Arabic: One the of the Kāhin, the Jinn, and the Tribal Ancestral Cult. Journal of Religious History, n. 41, p. 1-21. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/1467-9809.12383 Acessado em 26 Março 2023.

OS POEMAS SUSPENSOS: Al-Muallaqat. Tradução de Alberto Mussa. Rio de Janeiro: Record, 2006.

RUMI. Masnavi. Livro II. Tradução de Jawid Mojaddedi. Nova York: Oxford University Press, 2007.

RUSTOM, Mohammed. Devil’s Advocate: ʿAyn al-Quḍāt’s Defence of Iblis in Context. Studia Islamica, nº 115, 2020, pp. 65-100

SAHIH AL-BUKHARI. Disponível em: https://sunnah.com/bukhari Acessado em 27 Março 2023

SAHIH MUSLIM. Disponível em: https://sunnah.com/muslim Acessado em 26 Março 2023

SOURDEL, Dominique. História do Povo Árabe. Tradução de Cândida Leite Georgepoulos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2014.

[1] Doutora em História Social pela UFRJ (celia.daniele@yahoo.com.br). http://lattes.cnpq.br/0478642590325452

[2] Os demônios também podem habitar os corpos humanos, “percorrendo suas veias como sangue” (AL-ASHQAR, 2003, 67).

[3] A temporalidade no mundo árabe é dividida entre: Jaḥiliya ou “Era da Ignorância” (Até a Hégira em 622); Período Clássico (622 – 1258), Período Pós-Clássico (1258 – 1798) e Período Moderno (1798 até hoje).


Publicado em 02 de maio de 2023.

Como citar: SOUZA, Célia Daniele Moreira de. Um Tema para Medievalistas: Os gênios no Islã. Blog do POIEMA. Pelotas 02 mai 2023. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/um-tema-para-medievalistas-os-genios-no-isla/ Acessado em: data em que você acessou o artigo.