Texto: Santa Olga, Regente de Kiev († 969): Astúcia Vingativa e Sabedoria Cristã

Leandro César Santana Neves (LATHIMM/UFRJ)[1]

 

A fim de angariar fundos para o exército ucraniano após a ofensiva militar russa no território em 2022, o jornalista canadense Christian Borys criou uma linha de roupas e acessórios[2] baseados no meme St. Javelin (GAULT, 2022). Há vários personagens representados no site, em sua grande maioria santos portando o equipamento militar que lhes nomeia, mas uma figura destoa das demais.

Uma mulher está vestida com uma farda das forças armadas ucranianas, uma coroa e um véu. Dois elementos parecem ser antagônicos, mas aparecem na maioria dos outros produtos: a presença de um lança-foguetes e de uma auréola. Chamada de Warrior Queen of Kyiv, ou “rainha guerreira de Kiev” no português, a personagem em questão é Olga[3], regente da Rus[4] no século X. A imagem vendida nada mais é do que a imagem espelhada de uma pintura eclesiástica colada em um corpo de soldado.

[Figura 1: Sviataia Velikaia Kniaguinia Olga (1901), de Nikolai Bruni (1835-1935). https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d1/Святая_великая_княгиня_Ольга.jpg].

[Figura 2: Adesivo Saint Olha – Warrior Queen. https://bit.ly/3RW6rD2].

Ao contrário dos outros santos do catálogo de Borys, Olga se destaca por não ser uma arma e por ser realmente uma santa venerada pelos ortodoxos de rito grego e russo. Na verdade, além de ser uma das primeiras cristãs nomeadas do período na Rus, a regente é uma das personalidades rus mais celebradas tanto por sua governança (KARPOV, 2012), quanto por ser a primeira mulher – ou arquétipo feminino – notável da Rus que se tem notícia (DEWEY & KLEIMOLA, 1983, p. 191-194; PUCHKARIOVA, 1989, p. 12-22). Uma questão paira no ar, contudo: Por que Olga foi escolhida? Por que ela porta uma arma e uma auréola? Tentemos uma reconstrução da vida da regente a partir da pouca documentação disponível a fim de responder os questionamentos.

Seu nome é considerado como uma corruptela do germânico Helga, possivelmente compartilhando a mesma origem nórdica com os variagues que se sedentarizaram na Rus ao longo do século IX e X (BRZOZOWSKA, 2014, p. 12). Não há fontes nativas anteriores ao século XI que falem sobre a vida de Olga, e nenhuma delas se dedica ao período anterior a 945 com detalhes. Sua primeira menção na Narrativa dos Anos Passados (Povest Vremmenykh Let, ou PVL) ocorre no ano de 903, quando ela é trazida de Pskov para desposar Igor († c. 944/5), governante de Kiev (SIMONE, 2019, p. 86). Relatos do XVI pintam o encontro entre ambos com cores românticas, com Igor se apaixonando imediatamente pela beleza e pela astúcia da jovem (SKTsR, 2007, p. 151-152). Há também interpretações afirmando que Olga foi uma sacerdotisa da divindade nórdica Freyja (KOVALEV, 2015).

A grande chance narrativa de Olga acontece nas entradas de 945 da PVL. No documento, Igor cobrara à tribo dos derevlianos um segundo tributo, consecutivo ao último, mas acaba morto de maneira brutal pelos tributados. A viuvez de Olga também a transforma em regente de Kiev, pois seu filho Sviatoslav I Igorevitch († c. 972) ainda era menor de idade. Ademais, a morte de Igor motivou os próprios derevlianos à tentativa de casar Olga com seu chefe, Mal. Uma primeira leva de legados faz a proposta, e Olga a princípio aceita a oferta derevliana, mas pede para que retornem no dia seguinte. Na mesma noite, porém, a regente ordenou que um buraco fosse cavado em seu palácio, e quando os legados retornaram, a viúva comandou que fossem atirados no fosso e enterrados vivos. Há uma provocação de Olga segundo a PVL: “E Olga, inclinando-se, disse-lhes: “Parece-vos boa a honra?”. Eles, então, disseram: “É-nos mais amarga que a morte de Igor”. E ordenou que os enterrassem vivos, e foram enterrados” (SIMONE, 2019, 107-108).

A regente aparentemente gostaria que os derevlianos enviassem-na seus aristocratas, e assim o fizeram. Dessa vez, Olga comandou que um banho fosse preparado aos novos legados em uma cabana e que eles deveriam se lavar antes de encontrar a viúva. Mas Olga tinha um plano para os novos enviados: ela ordenou que seus soldados ateassem a cabana com os derevlianos dentro, queimando todos (SIMONE, 2019, p. 108). O próximo passo da regente foi visitar Iskorosten, a capital dos derevlianos e onde o corpo assassinado de Igor ainda estava localizado. Antes de sua viagem, Olga ordenou que os derevlianos fizessem um funeral em homenagem ao governante morto, e que preparassem uma grande quantidade de hidromel. A regente não permitiu que seus guerreiros bebessem, mas ordenou que eles embriagassem os derevlianos. Quando estes ficaram enebriados, Olga ordenou um ataque feroz, tirando a vida de cinco mil derevlianos nas palavras do cronista (SIMONE, 2019, 108-109).

Sucedeu-se então um longo cerco a Iskorosten sem uma aparente vitória dos rus, irritando Olga: “Pelo que esperais? Pois todas as vossas cidades já se renderam a mim e concordaram com o tributo, e já cultivam seus campos e sua terra; vós, porém, morrereis de fome ao recusardes o tributo” (SIMONE, 2019, 110). Os derevlianos argumentaram que Olga ainda estaria se vingando deles, mas a regente argumentou que tudo que ela queria eram três pombos e três pardais de cada casa. Novamente, os derevlianos caíram na armadilha da regente. Diz a PVL,

 

Olga, então, tendo distribuído a alguns dos soldados um pombo, e a outros, um pardal, ordenou que a cada pombo e a cada pardal fosse atada uma mecha, envolta em pequenos embrulhos, com um fio atado a cada uma delas. E ordenou Olga, quando anoiteceu, que seus soldados soltassem os pombos e os pardais. Os pombos e os pardais, então, voaram para seus ninhos: uns para os pombais, os pardais para os telhados. E assim começaram a arder os pombais, ora os celeiros, ora os paióis, ora os palheiros, e não havia casa que não ardesse, e não se podia apagar (o fogo), pois todos os lares começaram a arder. E o povo fugiu da cidade, e Olga ordenou a seus soldados que os apanhassem. Tendo tomado a cidade, incendiou-a; os anciãos da cidade, pois, aprisionou, e matou as demais pessoas, e outras ainda entregou a seus 30 homens como escravas, e as remanescentes deixou para que pagassem tributo (SIMONE, 2019, p. 110-111).

 

O tributo imposto por Olga foi maior que o tentado por Igor, diga-se de passagem. Claro, a destruição completa dos derevlianos em uma vingança de quatro atos é ficcional, bebendo bastante de lendas similares especialmente da tradição germânica (BUTLER, 2004, p. 781-785), já que as palavras são as mais poderosas armas de Olga (BUTLER, 2004, p. 793). Sabemos, contudo, que a regente de fato expandiu seu território ao oeste em uma tentativa de reforma tributária, dando certa confiabilidade em uma guerra contra os derevlianos (DYBA, 2013).

Pois bem, como uma governante assassina se torna uma santa? Conta a PVL que, no ano de 955[5], Olga visitou Constantinopla. O Imperador Constantino VII Porfirogênito (913-959) ficou encantado com a beleza da regente e queria fazer dela imperatriz. Olga recusou, argumentando que ainda era pagã, mas que não recusaria o batismo contanto que fosse feito pelas mãos do imperador, e o basileos apressou-se para batizá-la. Após a conversão da regente em uma narrativa derivada de serviços litúrgicos louvando sua sabedoria antes e depois do ocorrido(GRIFFIN, 2019, 124, p. 117-125), Olga se torna mais que cristã. “Bendita entre as mulheres da Rus” (SIMONE, 2019, p. 112), a primeira governante assumidamente cristã da Rus nomeada pela documentação. Constantino flertou mais uma vez com a regente recém batizada, somente para ser iludido por Olga: “Como queres tomar-me, tendo tu mesmo me batizado, e me chamado de filha? Pois, entre os cristãos, tal não é a lei, e tu mesmo o sabes”. E disse o imperador: “Foste mais astuta que eu, Olga” (SIMONE, 2019, p. 112). Assim como a vingança, esse é um relato ficcional, mas ambos não se contradizem. Se complementam na verdade, pois o batismo cristianiza o poder de Olga sobre as palavras (BUTLER, 2008, p. 242), e ela é apresentada como uma defensora da comunidade de fé, mesmo antes de se cristianizar.

Sua nova fé não foi uma aliança de subserviência à Constantinopla, e Olga sabia que a versão bizantina do cristianismo não era a única disponível. Em um documento alemão há o relato de uma rainha dos Rus chamada Helena que solicitara “falsamente” bispos ao rei alemão Oto I (936-973), em 959 (MACLEAN, 2009, p. 260). A missão ocorreu em 961 ou 962 e foi liderada pelo eclesiástico Adalberto, mas fracassou possivelmente graças a Sviatoslav, que já governava Kiev e não queria abandonar sua crença nativa (MACLEAN, 2009, p. 263; KARPOV, 2012, p. 216-242). Ademais, segundo a PVL seu batismo teria motivado a conversão do seu neto Vladimir I Sviatoslavitch (980-1015) ao cristianismo de rito constantinopolitano em 988, com os boiardos[6] dizendo ao governante: “Se fosse má a lei dos gregos, então Olga, tua avó, não a teria tomado, pois era mais sábia que todos os homens” (SIMONE, 2019, p. 147).

Olga teria falecido em 969 de causas naturais. Há um encômio na PVL após sua morte também inspirado por vários serviços litúrgicos (GRIFFIN, 2019, p. 125-132), transformando a regente uma precursora da fé cristã na Rus:

Ela foi a anunciadora de uma terra cristã, como a estrela da manhã que antecede o sol, como a aurora que antecede o romper do dia. Ela brilhou como a lua na madrugada; assim em meio aos infiéis, ela cintilou, como uma pérola no lodo; pois eram sujos pelos pecados, não foram lavados pelo santo batismo. Ela, porém, foi lavada na santa pia batismal. Tirou de si a pecaminosa vestimenta do primeiro homem, Adão, e vestiu-se com o novo Adão, que é Cristo. Nós clamamos a ela: “Regozija-te, primeira da Rus a conhecer a Deus, foste o início da reconciliação”. Ela foi a primeira dentre os russos a adentrar o reino dos céus, e é louvada pelos filhos dos russos como sua principiadora, pois até a morte orou a Deus pela Rus. Pois a alma dos justos não perece. Como disse Salomão: “Com o louvor ao justo, o povo se alegra, pois imortal é sua memória, posto que é reconhecida por Deus e pelo homem”. Eis que todas as pessoas louvam-na, vendo que ela jaz há muitos anos incorrupta. Pois disse o profeta: “Aos que me honram, honrarei”. A respeito deles, disse Davi: “O justo será tido em memória eterna, não se atemoriza de más notícias. O seu coração é firme, confiante no Senhor: o seu coração é bem firmado, e não teme”. Pois Salomão disse: “Os justos vivem para sempre, recebem do Senhor sua recompensa, cuida deles o Altíssimo. Receberão a magnífica coroa real, e, das mãos do Senhor, o diadema de beleza; com sua direita ele os protegerá, com seu braço os escudará”. Pois escudou ele essa abençoada Olga, do inimigo e do adversário, o diabo (SIMONE, 2019, p. 117-118).

Tal como profetizado pelo cronista, a memória de Olga jamais deixou de ser acionada pelos rus. Iconograficamente, talvez a primeira representação da regente seja em um afresco contendo a genealogia de Vladimir na Catedral de Santa Sofia de Kiev. De fato, Olga quase sempre é mencionada com seu neto nos textos de cunho confessional, tendo a função retórica de “mulher persuasiva” (HOMZA, 2017, p. 143-156). A tópica é comum em hagiografias e homilias criadas em reinos recém-cristianizados da Europa Centro-Oriental como Boêmia e Hungria, retomando a narrativa da conversão de Constantino o Grande e a influência que sua mãe Helena Augusta teria exercido sobre sua nova fé.

Ainda que sua “canonização” tenha sido bem tardia[7], Olga já circulava como santa desde o século XI. No Sermão sobre a Lei e a Graça (Slovo o Zakone i Blagodati), composto em meados do século XI pelo metropolita Hilarião de Kiev, Olga e Vladimir são os responsáveis por transportar a Vera Cruz de Jerusalém para Rus, em análogo à lenda de Constantino e Helena (HILARIÃO, 1991, p. 23). A regente também ganha uma subseção dentro de um encômio para Vladimir escrito por volta do século XIII por um tal monge Tiago. Lá, ela é constantemente referida por seu nome batismal e “embora fosse uma mulher, ela teve a coragem de um homem” (TIAGO, 1992, p. 169). Haveria até relatos de milagres atribuídos ao seu corpo incorrupto transformado em relíquia (TIAGO, 1992, p. 170-171). Sua memória santificada também circulava por diversos serviços litúrgicos criados em sua homenagem, sendo o mais antigo possivelmente composto no século XII na região de Turov (SVETLOVA, 2018, p. 31-33). Todas as fontes mencionadas omitem o lado vingativo de Olga, que circulou por meio da tradição oral até chegar na cronística (SIMONE, 2019, p. 38).

Faz sentido então que um armamento pesado e uma auréola não sejam paradoxais em uma santa venerada. Olga é tão celebrada por seu banho de sangue derevliano quanto por sua conversão nas mais diversas representações posteriores. Entre os assassinatos e a cruz, a astúcia vingativa e a sabedoria cristã há uma defensora de uma comunidade (de fé), perfeita para merchandising de guerra.

Referências

BRZOZOWSKA, Zofia. Święta księżna kijowska Olga – wybór tekstów źródłowych. Łódź: Wydawnictwo Uniwersytetu Łódzkiego, 2014.

BUTLER, Francis. A Woman of Words: Pagan Ol’ga in the Mirror of Germanic Europe. Slavic Review, Vol. 63, No. 4, 2004, p. 771-793.

BUTLER, Francis. Ol’ga’s Conversion and the Construction of Chronicle Narrative. The Russian Review, Vol. 67, n. 2, 2008, p. 230-242.

DEWEY, Horace W.; KLEIMOLA, Ann M. Muted Eulogy: Women Who Inspired Men in Medieval Rus’. Russian History, 10, 2, 1983, p. 188-200.

DYBA, Yuriy R. Administrative and Urban Reforms by Princess Olga: Geography, Historical and Economic Background. Latvijas arhīvi / Latvijas Nacionālais arhīvs. Galv. red. V. Pētersone, № 1 ‒ 2, 2013, p. 30-71.

FRANKLIN, Simon; SHEPARD, Jonathan. The Emergence of Rus, 750–1200. Essex: Longman, 1996.

GAULT, Matthew. Who Is St. Javelin and Why Is She a Symbol of the War in Ukraine? Vice, 25/02/2022. Disponível em: vice.com/en/article/akvyjj/who-is-st-javelin-and-why-is-she-a-symbol-of-the-war-in-ukraine. Acesso em: 14 de setembro de 2022.

GRIFFIN, Sean. The Liturgical Past in Byzantium and Early Rus. Cambridge: Cambridge University Press, 2019.

HILARIÃO DE KIEV. Sermon on Law and Grace. In: Sermons and Rhetoric of Kievan Rus’. Edição e tradução de Simon Franklin. Cambridge: Harvard University Press, 1991, p. 3-29.

HOMZA, Martin. Mulieres Suadentes ‒ Persuasive Women: Female Royal Saints in Medieval East Central and Eastern Europe. Leiden: Koninklijke Brill NV, 2017.

KARPOV, A. Iu. Kniaguinia Olga. Moscou: Molodaia Gvardiia, 2012.

KOVALEV, Roman K. Where Did Rus’ Grand Princess Olga’s Falcon Find Its Cross? Archivum Eurasiae Medii Aevi, n. 21, 2015, p. 161-181.

MACLEAN, Simon. History and Politics in Late Carolingian and Ottonian Europe: The Chronicle of Regino of Prüm and Adalbert of Magdeburg. Manchester: Manchester University Press, 2009.

PUCHKARIOVA, N. L. Jenschiny Drevnei Russi. Moscou: Mysl, 1989.

SIMONE, Lucas Ricardo. Recontar o tempo: apresentação e tradução da Narrativa dos anos passados. Tese de Doutorado (Doutorado em Literatura e Cultura Russa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo: 2019.

Stepennaia Kniga Tsarskogo Rodosloviia po drevneichim spiskam. Teksty i kommentarii v triokh tomakh. Editado por Gail D. Lenhoff e Nikolai N. Pokrovskii. Tomo I. Moscou: Iazyk slavianskikh kultur, 2007.

SVETLOVA, O. V. Istoriia teksta i iazyka slujby kniaguinie Olge: iz Srednevekovia v XXI vek. São Petersburgo: Dmitrii Bulanin, 2018.

TIAGO, O MONGE. Memorial and Encomium for Prince Volodimer of Rus’. In: The Hagiography of Kievan Rus’. Edição e tradução de Paul A. Hollingsworth. Cambridge: Harvard University Press, 1992, p. 165-181.

[1] Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS/UFRJ). Membro do LATHIMM – Laboratório de Teoria e História das Mídias Medievais (UFRJ/USP). E-mail: lcneves.clio@gmail.com. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1647296759249155.

[2] https://www.saintjavelin.com/collections/saint-olha. Acesso em 14 de setembro de 2022.

[3] Na transliteração do ucraniano para o inglês, a letra Г/г é transformada em “h”. Como em português não há sistema de transliteração do ucraniano, e considerando que a variante é comum no idioma de Camões, preferimos transliterar como Olga.

[4] Por Rus, entendemos uma confederação de reinos ao longo dos territórios das atuais Bielorrússia, Rússia e Ucrânia, unidos ao menos a partir do século XI em torno da ancestralidade comum de seus governantes, os kniazi¸e com um povo que se identifica/é identificado como rus (em letra minúscula). Sobre o período abordado neste texto, ver FRANKLIN & SHEPARD, 1996, p. 112-151.

[5] Há um debate historiográfico sobre quando realmente o evento teria ocorrido, com hipóteses sobre 944, 946, 954, 957 e 960 sendo argumentadas (KARPOV, 2012, p. 151-158). Atualmente, a hipótese mais aceita seria 957.

[6] Aristocracia ligada à atividade guerreira.

[7] Não havia uma canonização burocrática no rito constantinopolitano, assim como existia no rito latino. Olga provavelmente só foi incluída no sinaxário da Rus durante o final do século XIII, juntamente com seu neto Vladimir.


Publicado em 27 de Outubro de 2022.

 

Como citar: NEVES, Leandro César Santana. Santa Olga, Regente de Kiev († 969): Astúcia Vingativa e Sabedoria Cristã. Blog do POIEMA. Pelotas: 27 out. 2022. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/texto-santa-olga-regente-de-kiev-969-astucia-vingativa-e-sabedoria-crista/. Acesso em: data em que você acessou.