Texto: “Deste Castelo Ecoa a Voz Que nos Diz: Não Desistam”: A Idade Média e a Extrema-Direita Portuguesa

Thiago Pereira da Silva Magela (UNEMAT)[1]

 

Marc Bloch após a derrota francesa para os nazistas em 1940 realizou uma análise sobre a catástrofe que se abateu sobre a França. Nestas memórias publicadas posteriormente com o título de Estranha Derrota (2013), o grande medievalista citando Henri Pirenne nos diz que o dever primeiro de todo historiador é se interessar pela VIDA.

Naquele mesmo ano, 1940, Walter Benjamin escreveu o texto Sobre o conceito de História (2020). Neste escrito, as reflexões benjaminianas na tese II nos entrelaçam com o alerta blochiano. Segundo ele, a esperança da nova geração é olhar para o passado para pensar alternativas mais felizes para os seres humanos. Cada geração tem a chance de fazer história.

Lamentavelmente Benjamin temendo ser pego pela Gestapo tirou a vida naquele fatídico ano, já Marc Bloch lutou na resistência francesa até ser capturado em 1944 pelos nazi. O medievalista francês foi torturado e assassinado pelos nazistas. Dois autores marcantes para a história da historiografia, e que no momento da catástrofe nos alertaram que o dever dos historiadores é com a “vida” e que o passado pode servir para pensar alternativas de futuro mais felizes.

Muito embora, os alertas dos consagrados Marc Bloch e Walter Benjamin sobre o dever dos historiadores e o potencial do passado, o que encontramos hoje é uma verdadeira tergiversação do passado. O passado é usado e abusado constantemente no mundo contemporâneo. Diferentes apropriações das mais diversas fatias do pretérito estão sendo alvo de investigação pelos historiadores ao redor do globo. No caso dos usos do passado medieval o cenário não é diferente. Diversos colegas estão preocupados com as formas de representação da Idade Média no mundo atual, em especial, os usos políticos do passado medieval.

Paulo Pachá (2019), Carlile Lanzieri Júnior (2021) e Felipe Ribeiro – neste blog – já refletiram sobre os usos e abusos realizados pela extrema-direita brasileira acerca do período medieval. A Idade Média foi, como demonstraram os trabalhos destes autores,  embranquecida, transformada em homogeneamente cristã e patriarcal para atender os projetos de futuro da extrema-direita brasileira.

O Brasil teria nesta versão tergiversada o seu vínculo com a Idade Média portuguesa. O Portugal Medieval foi forjado nestas narrativas da extrema-direita como a única raiz cultural brasileira excluindo assim elementos indígenas e africanos do processo de formação das brasilidades. A Idade Média lusitana seria o “lugar” onde os cristãos lusitanos formaram um reino na luta contra os inimigos da fé (muçulmanos). Aqui está o elemento unificador do delírio extremista, a Reconquista.

Seja nos usos realizados pela extrema-direita brasileira ou portuguesa a concepção de um “choque de civilizações” é muito presente. Assim, a ideia de Reconquista Ibérica possui centralidade nas explicações e representações que procuram apresentar este período como exemplo de luta pela fé contra os “inimigos” da “fé verdadeira” ou da “verdadeira” cultura ocidental.

O caso português merece atenção tendo em vista o avanço de uma “internacional fascista” na última década. No caso português que trataremos daqui em diante o alerta foi disparado para os historiadores quando no dia 12 de agosto de 2020 uma organização de extrema direita intitulada Nova Ordem de Avis ameaçou de morte três deputadas negras -obviamente de partidos de esquerda- caso elas não deixassem Portugal em 48 horas.

Este acontecimento me pareceu decisivo para a reflexão sobre os usos políticos do passado medieval em Portugal. Afinal, um grupo se denominar Nova Ordem de Avis indicava que na sociedade lusitana existiam representações latentes sobre a Idade Média na cultura histórica e que uma visão nacionalista predominava no imaginário social.

O caráter racista e anti-imigração desta organização se espraiava por uma concepção difundida no senso comum de que o reino português nasceu da Reconquista, e mais especificamente da luta contra o não-cristão. Criando assim uma idealização da Idade Média que encontra suas bases no nacionalismo do século XIX e sua ampliação e difusão durante o salazarismo. Portanto, o uso da Idade Média para fins nacionalistas não é uma novidade. Entretanto, as formas de apresentação deste passado são requentadas para as lutas do presente, e precisamos compreender como estas forças políticas têm utilizado o passado medieval.

No entanto, antes de avançar é preciso inserir algumas variáveis fundamentais para entendermos quais fatores podem explicar este anseio pelo passado medieval. A meu ver, as últimas crises de reprodução ampliada do Capital, o processo de deslegitimação das democracias liberais e a aceleração do tempo em conjunto produziram efeitos significativos nas consciências históricas. Os três fatores estão conectados no processo histórico que nos trouxe até aqui.

Como Josep Fontana (2017), Walter Scheidel (2020) e Thomas Piketty (2014) indicaram desde a crise de 2008 a confiança na capacidade do Capitalismo global de fornecer uma vida digna aos cidadãos comuns e os níveis de concentração de renda chegaram a escalas ultrajantes. Assim, os setores médios da população que antes se beneficiavam de algum tipo de Estado de Bem Estar Social cada vez mais sentiram o peso dos arrochos fiscais ditados por instituições financeiras internacionais, e lógico estes homens e mulheres viram progressivamente sua qualidade de vida e acesso ao consumo se reduzir.

A (in)capacidade da política de solucionar os problemas urgentes da população começou a ganhar ares de um ódio à democracia e mesmo uma repulsa ao fazer político e à política. Temas como corrupção, ineficiência e crise tomaram a cena do debate intelectual. Autores como Steven Levitsky e Daniel Ziblatt (2018), David Runciman (2018) e Jacques Rancière (2014) colocaram na ordem do dia uma questão central: a democracia não é eterna e suas bases institucionais estavam sendo fragilizadas por políticos eleitos com apoio popular contra o “sistema” e contra a fraqueza e ligeireza da democracia em solucionar problemas concretos dessas pessoas comuns.

Assim, as emoções entraram no radar daqueles intelectuais que tentavam compreender como políticos autoritários eram eleitos democraticamente e esgarçavam a democracia até onde a corda podia ser puxada. Ódio, raiva, rancor, e ressentimento se mesclavam com esperança, fanatismo e brutalidade.

Somando-se a estes fatores temos a aceleração do tempo e a redução dos horizontes de expectativa para usar o termo de Reinhard Koselleck (2006). Quando François Hartog (2013) tratou do problema do presentismo, ou seja, de um regime de historicidade que encurtou a percepção humana sobre a relação entre passado, presente e futuro. As demandas da “tirania do instante” ou do amplo presente como defende Hans Ulrich Gumbrecht (2015) reduziram significativamente o futuro como alvo de projetos políticos de longo prazo.

Devemos acrescentar que não se tratou apenas de uma nova forma de se relacionar com a temporalidade ou uma alteração da relação entre o espaço de experiência e o horizonte de expectativa. Segundo Rodrigo Turin (2019), a dinâmica neoliberal promoveu uma aceleração social intensificada pelas novas tecnologias que dessincronizou as estruturas sociais e pulverizou o tempo histórico em ritmos desconexos. Assim, a própria contemporaneidade se tornou assimétrica e múltipla. Muito embora, a dinâmica neoliberal esteja promovendo uma tentativa de sincronização do tempo que força a sociedade a uma temporalidade disruptiva que não permite tempo para que projetos coletivos apareçam dado sua demanda acelerada e destrutiva. Diante deste cenário me parece que há uma crise de representação do tempo. Ou seja, a crise do tempo neoliberal levou diferentes grupos sociais a buscarem uma forma alternativa de ressincronizar as suas experiências no tempo.

Quero dizer com isto que hoje as dimensões políticas do tempo são fundamentais para desvelarmos os usos do passado medieval. Tendo em vista que diferentes grupos sociais procuram temporalizar-se e conferir sentido ao seus mundos sociais. Assim, a temporalização e as formas de representação do tempo são campos da luta política nos quais os grupos sociais procuram ressincronizar os indivíduos fraturados pela multiplicidade do tempo contemporâneo e a destruidora (des)temporalização neoliberal.

O problema é que a crise que vivemos não é apenas econômica, ela se apresenta como desastre ecológico que pode levar a própria espécie humana à extinção. O advento do Antropoceno projeta para o futuro a destruição dos recursos naturais, logo o futuro como elemento fundamental da experiência temporal humana se encontra também em dúvida. Desta forma, o futuro passou a ser representado na indústria cultural através de distopias e o passado se apresentou como alternativa para o presentismo que sufoca os sonhos humanos e os desejos de alternativa.

Assim, a Idade Média surge como um vazio, um topos, uma fantasia escapista do “deserto do real” como diz Zizek (2015). O conservadorismo e a extrema-direita se reencontram com a Idade Média, e a recriam à sua imagem e semelhança em diferentes espaços do globo. Não se trata da Idade Média dos historiadores, mas daquela que é recriada todas as vezes que a miséria fascista se apresenta.

É neste contexto que se enquadra o caso português. O partido Chega surge em 2019 da fragmentação das fileiras do CDS e do PSD, partidos tradicionais da direita lusitana. O polêmico líder do partido Chega chama-se André Ventura. Ele foi eleito vereador pelo PSD em Loures em 2017 numa campanha marcada pelo ataque aos ciganos e outras polêmicas. No entanto, no ano seguinte ele rompeu com o PSD alegando que o partido tinha abandonado suas bases e se tornado de centro-esquerda, e que ele procurava criar um partido que atendesse os “interesses” dos portugueses.

Desde a sua criação podemos dizer que o Chega se apresenta como um partido antissistema, e foi assim interpretado por Riccardo Marchi (2020) um investigador que se dedica a estudar a direita lusitana. Apesar disso, este autor recebeu críticas duras de diversos intelectuais portugueses por tentar escamotear o racismo e o fascismo que constituem os discursos e práticas dos membros e apoiadores deste partido.[2]

Portanto estamos falando de um partido político que nasceu inserido nas dinâmicas das redes sociais e que utiliza sistematicamente os recursos disponíveis no Facebook e no Instagram para difundir suas ideias e projetos.  Como sabemos o marketing digital tem influenciado significativamente os resultados eleitorais em diversos países onde a extrema-direita tem avançado. Fica a dúvida, como os historiadores podem contribuir para desvelar estas estratégias?

A meu ver, o cuidado dos historiadores com os usos do passado nas redes sociais pode ser uma contribuição importante no combate aos abusos realizados por tentativas ultra-nacionalistas de distorcer a história de acordo com seus desejos e anseios políticos do momento. E os usos da Idade Média constituem parte significativa do processo de legitimação desses grupos políticos.

Desta forma, analisei o perfil do Instagram do partido Chega com o objetivo de compreender como a Idade Média portuguesa era mobilizada naquela rede. Através da ferramenta de análise de mercado digital Not Just Analytics procurei entender o alcance daquele perfil e pude verificar que a taxa de engajamento era acima da média apesar de contar naquela data com 41.802 seguidores. No que diz respeito às publicações, o universo que se apresentava ainda era modesto com apenas 1.446 publicações, e aquelas que possuíam alguma referência ao período medieval eram apenas 0,55% publicações. Porém, mais importante do que a quantidade era quando a Idade Média era mobilizada nas redes do partido Chega.

Durante a campanha para as eleições legislativas de 2019 André Ventura visitou a cidade de Tomar, “antiga sede dos templários”. Ele fez questão de tirar uma foto em frente à estátua de Gualdim Pais e publicar nas redes [Fig.1]. Qual motivo explicaria a escolha por uma foto com a estátua de um templário naquele contexto?  É importante dizer que Gualdim Pais participou ativamente ao lado de Afonso Henriques de diversas campanhas militares, entre elas a mais célebre foi a batalha de Ourique que ocupa um espaço no imaginário social da “Reconquista” portuguesa. Somando-se a isto, como cavaleiro da ordem dos templários esteve no Reino de Jerusalém participando, por exemplo, do cerco da cidade de Jafa. Ou seja, tratava-se de associar André Ventura aos símbolos “nacionais” construídos ao longo do século XIX e do Salazarismo.

[Fig. 1. PARTIDO CHEGA. André Ventura e Pedro Cassiano Neves em campanha na maravilhosa Cidade Templária, TOMAR! Faz parte do percurso de campanha no distrito de Santarém… Se está por perto será bem-vindo!. Tomar. 13 set. 2019. Instagram: @partidochega. Disponível em https://www.instagram.com/p/B2WIlTxnB3-/. Acesso em: 13 abr. 2023]

Em janeiro de 2022 novamente em campanha pelas eleições legislativas André Ventura visitou o túmulo de Afonso Henriques e se colocou em posição de reverência ao primeiro rei de Portugal [Fig.2]. E não por acaso alguns dias depois realizou um grande discurso em Guimarães em frente a parte das muralhas “medievais” da cidade em que foi colocado os seguintes dizeres “Aqui nasceu Portugal” [Fig.3].

[Fig. 2. PARTIDO CHEGA. André Ventura esteve ontem no túmulo de D. Afonso Henriques, em Coimbra, a prestar homenagem ao pai da nossa grande Nação! . Coimbra. 06 jan. 2022. Instagram: @partidochega. Disponível em https://www.instagram.com/p/CYZdeQeo-xS/. Acesso em: 13 abr. 2023]

[Fig. 3. PARTIDO CHEGA. Mais uma grande arruada, desta vez, no berço da Nação. Obrigado, Guimarães!. Guimarães. 24 jan. 2022. Instagram: @partidochega. Disponível em https://www.instagram.com/p/CZH79e0r_Uk/. Acesso em: 13 abr. 2023]

As visitas a Coimbra e a Guimarães – cidades de forte apelo simbólico por seus papéis no medievo português – não eram novidades tendo em vista que nas eleições presidenciais em 2021 ele realizou o mesmo percurso. Inclusive a frase que dá título a esta breve reflexão foi dita em frente ao Castelo de Guimarães quando anunciou aos seus apoiadores que estava bem perto “de uma palavra: reconquista”.[3]

Portanto, os usos da Idade Média nas redes sociais do partido Chega são pontuais, porém, aparecem em momentos chaves da disputa eleitoral para reativar na memória o nacionalismo português e recompor um horizonte de “guerra” entre cruzados x inimigos.[4] Mas também de reconstruir na memória coletiva um modelo de sociedade pautado na tradição cristã, na branquitude e no patriarcalismo. É bem verdade que outros elementos do passado são mobilizados como a Expansão Marítima, mas este é tema para uma outra conversa.[5]

Em vias de conclusão, é preciso realizar um amplo estudo comparado que se dedique a cotejar as diferentes formas e estratégias utilizadas pelas extremas-direitas em suas mobilizações do passado medieval. Desafio este que só podemos realizar através de uma ampla cooperação dos historiadores que, como Bloch, se comprometem com a vida e daqueles que, como Benjamin, desejam sonhar com futuros mais felizes. Desvelar quando e como são acionadas nas lutas do presente as Idades Médias tergiversadas pode contribuir e muito para uma defesa da democracia.

 

Bibliografia

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de História: edição crítica. São Paulo: Alameda, 2020.

BLOCH, Marc. A Estranha Derrota. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

FONTANA,  Josep.  El  Siglo  de  la  Revolución:  Una  Historia  del  mundo desde 1914. Barcelona: Crítica, 2017.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Nosso amplo presente: O tempo e a cultura contemporânea. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

JÚNIOR,  Carlile  Lanzieri.  Cavaleiros  de  cola,  papel  e  plástico:  Sobre  os  usos  do passado medieval na contemporaneidade. Campinas/SP: D7 Editora, 2021.

KOSELLECK, Reinhard. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.

LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

MARCHI, Riccardo. A nova direita anti-sistema: o caso do Chega. Lisboa: Edições 70, 2020.

PACHÁ, Paulo Henrique de Carvalho. Por que a extrema direita brasileira ama a Idade Média  europeia?  Disponível  em: < https://www.viomundo.com.br/politica/paulo-pacha-por-que-a-extrema-direita-brasileira-ama-a-idade-media-europeia.html>. Acesso em 11 de junho de 2021.

PIKETTY, Thomas. O Capital no século XXI. Rio de Janeiro: intrínseca, 2014.

RIBEIRO. Felipe Augusto. Brasil (Neo)Medieval: Idiossincrasias de um uso do passado. Blog do POIEMA. Pelotas: 20 jun. 2022. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/texto-brasil-neomedieval-idiossincrasias-de-um-uso-do-passado/.

RANCIÈRE, Jacques. O ódio à democracia. São Paulo: Boitempo, 2014.

RUNCIMAN, David. Como a democracia chega ao fim. São Paulo: Todavia, 2018.

SCHEIDEL, Walter. Violência e a História da desigualdade: Da Idade da pedra ao século XXI. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

TURIN, Rodrigo. Tempos precários: aceleração, historicidade e semântica neoliberal. Rio de Janeiro/ Copenhagen: Zazie Edições, 2019.

ZIZEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do real!: Estado de sítio. São Paulo: Boitempo, 2015.

[1] Doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense.  (thiago.magela@unemat.br). Link do currículo lattes:  http://lattes.cnpq.br/1853923328846987

[2] CAMPOS, Adriano. Et. al. Contra a higienização académica do racismo e fascismo do Chega. Jornal Público, Lisboa, 11 de julho de 2020.

[3] FERNANDES, José; GOMES, Hélder. Ventura apela a “nova reconquista”, chama “travesti de direita” a Rio (e não se demarca de atos hostis contra jornalistas). Jornal Expresso, Lisboa, 18 de janeiro de 2021.

[4] O CHEGA se coloca como defensor da história portuguesa, ou seja, esse passado recortado e fatiado a sua imagem e semelhança que joga para fora a presença dos ciganos, negros e demais imigrantes.

[5] É o caso de celebrações da Batalha de Aljubarrota e da recordação da Batalha de Alcácer-Quibir. Reforços do patriotismo através da cavalaria e da guerra.


Publicado em 11 de julho de 2023.

Como citar: MAGELA, Thiago Pereira da Silva. Blog do Poiema. Pelotas, 11 jul 2023. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/texto-deste-castelo-ecoa-a-voz-que-nos-diz-nao-desistam-a-idade-media-e-a-extrema-direita-portuguesa/ . Acessado em: data em que você acessou este artigo.