Texto: Reis que cultuam Reis: Carlos Magno e os Imperadores Germânicos (962-1493)

Reis que cultuam Reis: Carlos Magno e os Imperadores Germânicos (962-1493)

Gregory Ramos Oliveira
(POIEMA-UFPEL)

 

Como acreditar que Roma caiu quando, até meados do século VIII, do “Ocidente” ao “Oriente”, da Galícia à Anatólia, o Império dos Romanos e a Igreja Latina seguiam existindo? Para essas sociedades, seja nos territórios da antiga Pars Occidentalis ou diretamente sob a tutela do basileus ton rhomaíōn, o “soberano dos romanos”, Roma seguia existindo. Entretanto, no oeste, onde o “espírito” de Roma era conduzido prioritariamente pelo bispo da Cidade Eterna (e suas dependências espirituais na chamada “Cristandade”), a dignidade imperial foi gradualmente reconduzida para outra figura além do soberano de Constantinopla. Afinal, em 797, o herdeiro de Constantino havia sido deposto por uma mulher. Irene, mãe de Constantino VI (que teve seus olhos arrancados antes de ceder seu trono), assumiu o poder através de um golpe condenado pelos ocidentais, os mesmos que já viam o “Império dos gregos” como um opositor, principalmente após as questões iconoclastas.

Doravante, justificavam que o trono dos Césares estava vacante (FAVIER, 2004, p. 474). Quem era, então, digno de ser considerado o imperador, não apenas dos romanos, mas de todo o “povo cristão”, coincidentemente reunidos sob a autoridade da mesma figura (com exceção das ilhas britânicas e do norte da península ibérica)? O filho de Pepino, o Breve, neto de Carlos Martel, herdeiro único (por força do “destino”) do primeiro soberano da segunda dinastia franca, os Carolíngios. Carlos Magno (768-814, anos régios), rei dos francos e lombardos, exterminador dos ávaros e “cristianizador” dos saxões e frísios, parecia exercer um imperium antes de ser coroado no Natal de 800 pelo bispo de Roma, Leão III. O “cristianíssimo” monarca teve um regime longo, marcado pela manutenção da Frância unificada por seu pai e, principalmente, a expansão de seu domínio sobre boa parte do oeste europeu. Carlos adotou uma série de medidas para dar coesão ao seu Império, principalmente através da adoção de leis voltadas para sua administração. Ele poderia não ser um rei erudito, mas inteligentemente se cercou de grandes expoentes de sua época. Alcuin, Baudulf, Angilbert e Einhard, entre outros membros de seu entourage compunham uma espécie de intelligentsia capaz de edificar uma Frância que se tornou a potência de sua época.

Aliado de Harun al-Rashid, califa abássida, sua Realpolitik envolveu o constante atrito com o Império Romano (de Constantinopla), o avanço contra os territórios do Emirado Omíada de Córdoba para a construção da Marca Hispanica (onde foi pessoalmente derrotado pelos bascos cristãos, em 778), uma guerra de três décadas contra os saxões, além de conflitos na Frísia, península itálica, Bavária, contra eslavos na fronteira oriental e a destruição do Caganato Ávaro. Ao final de seu regime, a guerra contra Godofredo, rei dos daneses, poderia ter adiantado os assaltos dos piratas nórdicos no Atlântico Norte em várias décadas, não fosse a morte súbita do monarca escandinavo, em 810 (FAVIER, 2004, p. 524-526).

Todo o legado de conquistas, expansão e consolidação de um domínio capaz de rivalizar com um Império Romano (que falava grego) teve seu destino traçado quando Luís, o Pio (813-840), se tornou o único herdeiro e sucessor direto de Carlos. Em 814, a efêmera “Era de Ouro” dos francos inicia seu termo. As fronteiras começam a colapsar, rebeldes surgem ao redor do Império e, principalmente, os filhos de Luís se tornam os responsáveis pela erosão e colapso da Frância, que não sobrevive ao século IX. Não por acaso, a primeira mitificação de Carlos Magno e um passado glorioso que foi perdido é criada ainda no primeiro quartel do século IX, quando um erudito saudosista, Einhard, constrói a primeira “Vida de Carlos Magno”, paradigmaticamente chamada de Vita Karoli.

Em 818, enfrentando o princípio de difíceis decisões acerca de questões políticas e sucessórias, o “piedoso” Luís manda executar o rei dos lombardos, Bernardo, seu sobrinho de dezoito anos. Na série de guerras civis, os irmãos Luís, o Germânico, e Carlos, o Calvo, se voltam contra Lotário (817-855), co-imperador e sucessor de Luís. Doravante, a Frância se divide em três grandes domínios.

Uma das três Frâncias, a Frância Ocidental, se torna, após o golpe de Hugo Capeto, em 987, o Reino da França. No lado leste, a Frância Oriental e territórios da Lotaríngia passam a compor o Império Romano, haja vista que seus líderes conservaram a dignidade imperial e, principalmente, a tutela de Roma e dos principais domínios da Igreja Latina. Não se fala, nesse momento, em um Sacro Império Romano-Germânico, nomenclatura adotada muito a posteriori, mas sim Imperium Romanorum. Nesse sentido, quando o sangue dos descendentes de Carlos Martel havia a muito se diluído, e os monarcas germânicos mantém o título imperial (ao contrário dos franceses), a legitimação de seus diferentes regimes demandava a adoção de uma figura capaz de retomar as glórias do “Império que foi” para construir o “Império que ainda é”. O próprio entourage carolíngio recorria a tal estratégia, principalmente quando utilizavam o epíteto de “Novo David” ou, principalmente, “Novo Constantino”, reis de um passado mítico que legitimariam caracteres de Carlos Magno e de seu império como uma continuidade ou ressurgimento desse referido passado.

Assim sendo, Otto I (962-973), também chamado de Magno, busca nesse monarca a legitimação para sua dinastia de sangue saxão (ignorando, por exemplo, o genocídio cultural perpetrado por Carlos nas guerras franco-saxônicas). Vitorioso contra os húngaros, o filho de Henrique, o Passarinheiro (duque da Saxônia e primeiro rei não-franco da Frância Oriental), retoma efetivamente a dignidade imperial ao se sagrar imperator, quase três décadas depois de se tornar rex em Aachen, solidificando a ligação de seu domínio com o de Carlos Magno. Otto também era tratado como imperador antes de obter a dignidade: “a realidade política precede a sagração” (FAVIER, 2004, p. 561).

Se Otto recorre à Aachen para costurar o seu regime ao de Carlos, Otto III (996-1002) retoma, no ano 1000, o próprio corpo do monarca. O neto de Otto Magno e da Theophanu (filha do basileus João I Tzimisces), havia sido feito rei e imperador em 996, e passa a retomar o título Renovatio Imperium Romanorum para o seu domínio, assim como Carlos havia feito. O imperador nutria a inspiração de reunir, sob sua tutela, todo o populus christianum, de Roma à Constantinopla. Otto parte até Aachen, procurando o túmulo que havia sido vilipendiado pelos normandos em 881 (FAVIER, 2004, p. 562-563), e se depara, supostamente, com o corpo de Carlos sentado, em singular estado de preservação, com as unhas compridas, joias e itens que viriam a compor as peças iniciais do relicário carolíngio. A morte de Otto III pausa o empenho germânico de santificar o monarca (WILSON, 2007, p. 149-150).

Seria a dinastia posterior, iniciada por duques da Suábia, que efetivaria o projeto de canonização de Carlos Magno. Por 80 anos, o título de imperator foi propriedade dos sete monarcas da casa Staufer, reis entre 1138 e 1254 (WILSON, 2016, p. 37). Apesar da ligação com o ducado da Suábia, dividido então entre Welfen, Zähringen e Waiblingen, cronistas contemporâneos à Frederico Barbarossa (1155-1190), mais célebre imperador Staufer (Waiblingen), faziam questão de ressaltar a origem Sália do monarca, através de Agnes, sua avó (FREED, 2016, p. 2), em detrimento com a ascendência regional (FREED, 2016, p. 14-15). A origem “hereditária” da autoridade da monarquia Staufer seria uma alternativa à questão eletiva envolvendo, principalmente, a querela com a Igreja Latina.

A dúvida entre quem detinha a autoridade principal no Império Romano “renovado” era presente desde a coroação de Carlos. De um lado, a Igreja Latina percebia seu eminente soberano, o bispo de Roma, como o “fazedor de reis”, detentor de uma autoridade que supostamente Constantino havia legado, fato atestado pela Donatio Constantini, uma forja do século VIII (WILSON, 2007, p. 23-24). Foi o papa Leão III quem coroou Carlos Imperator et Augustus, realizando inclusive a proskynēse, liturgia supostamente bizantina (FAVIER, 2004, p. 493), e ungido em Roma o monarca dos cristãos. Entretanto, fora Carlos quem sagrou, em Aachen, Luís, o Pio como co-imperador, em 813, sem a necessidade de aprovação de Roma (FRIED, 2016, p. 425).

A tensão entre Igreja e Império marcaria boa parte da história da Germânia Imperial. De um lado, a Igreja Latina e seus apoiadores se colocavam em oposição à autoridade do Imperador. Do outro, o monarca germânico buscava intervir na definição de domínios eclesiásticos e na elevação de aliados aos títulos clericais (o que inclui o papado). Assim que este foi eleito ao título imperial, ganhou automaticamente a oposição do “partido” eclesiástico, situação que se manteria uma constante durante o seu longo império (e no restante da dinastia) (FUHRMANN, 1986, p. 126-127).

A dignidade imperial foi reconhecida por Anastásio IV, bispo de Roma, somente após o Tratado de Konstanz (1153), as posses da Igreja na Itália seriam respeitadas pelo Império (FUHRMANN, 1986, p. 141-142). Na busca por afirmar sua autoridade imperial sobre a região itálica, pró-papado, Frederico mira o vale do Pó, especialmente buscando punir Milão. Em 1155, Barbarossa é coroado na Cidade Eterna. Dois anos depois, Frederico chega à um novo acordo com o Adriano IV, sucessor de Anastásio, e as petições imperiais na Itália inteira deixam de ter significado (FRIED, 2015, p. 222).  Em 1159, a morte de Adriano IV levou a sucessão de dois papas: Alexandre III, de Siena, e Victor IV, indicado por Frederico. Victor excomunga Alexandre, que retribui e excomunga também o imperador, iniciando dezoito anos de cisma (FUHRMANN, 1986, p. 142-149). A derrota das tropas imperiais – comandadas pelo próprio Barbarossa – pelos milaneses na Batalha de Legnano (1176), força a suspensão de animosidades pelo imperador e o reconhecimento do pontificado de Alexandre no ano seguinte (FRIED, 2015, p. 225).

No contexto da excomunhão de Frederico por Alexandre, sob o apoio de outro (anti)papa, Pascal III, o imperador retoma a figura de Carlos Magno. Em 1165, em uma manobra voltada para obter o apoio dos senhores seculares do Império, Barbarossa efetiva a canonização de “São Carlos Magno”, reconhecida unicamente pelo papa pró-império.

O local de seu sepulcro, esquecido após a expedição de Otto III, havia sido redescoberto através da “inspiração divina”, segundo os partidários do imperador (WILSON, 2007, p. 156). Barbarossa (que seria, a seu turno, mitificado) não foi o único Staufer a usar a figura de Carlos Magno como um instrumento de legitimação de seu regime. Ao longo reinado de Barbarossa, segue o império de Henrique VI (1190-1197), o desafortunado monarca cujo curto reinado contribuiu para a erosão de sua dinastia. Frederico II (1215-1250) é indicado aos dois anos como sucessor. Apesar de ter expandido as fronteiras do Império para além da totalidade da Frância de Carlos Magno, o legado de Frederico Barbarossa se fez sentir na desastrosa repetição de sua política combativa pelos seus sucessores.

De seu avô, Frederico II herda as querelas contra a Igreja Latina, o vale do Pó e os príncipes da Germânia. No princípio de seu problemático reinado, ainda com dezessete anos e com o apoio de Filipe Augusto, Frederico II avança contra os opositores na Germânia e toma Aachen, em 1215. O monarca faz questão de realizar uma entrada triunfante na cidade, onde foi coroado na catedral de Carlos Magno, ocasião em que ouviu sermões que o desafiavam para empreender uma Cruzada. Impulsivo, ele declara o voto cruzado aos dezoito anos, o que levará a sua primeira excomunhão em 1227, onze anos antes da segunda, parte da eterna oposição da Igreja Latina (FRIED, 2015, p. 273-277).

Para aquela igreja, Frederico II mandou que fosse construído um relicário para Carlos (WILSON, 2007, p. 157) (Figura 1). Sua morte, em 1250, evita um golpe que teria a chancela da Igreja e de potentados opositores. Conrado IV, seu filho, tenta tomar a força o poder, invadindo a Itália assim que Frederico falece, mas a malária o leva em 1254. (FRIED, 2015, p. 281-283).

Após a dinastia Staufer, principalmente Frederico I e II, dois mitos passam a conectar Carlos Magno aos “Fredericos”. De um lado, o “mito carolíngio” evoca o monarca cristão que reuniu o Império e “preparou o terreno”, como Constantino havia feito. É o mito que levou a diferentes cronistas e, principalmente, trovadores ao redor da “Cristandade” até, pelo menos, o século XV, a imaginarem o Carlos Magno “Imperador da Barba Florida”, um Cruzado antes das Cruzadas, monarca que lamenta a morte de Roland e dos Doze Pares e é o centro das “Canções de Gesta”. Do outro, o mito “Frederítico”, que imagina Frederico I e II como o “Imperador dos Últimos Dias”. Em ambos os casos, a tônica para a mitificação do Imperador dos Romanos (seja ele Carlos Magno ou Frederico) segue o mesmo roteiro: o presente tenta se legitimar através de usos do passado.

Figura 1. No Karlsschrein (1215), de Frederico II Staufer, Carlos Magno, Leão III e Arcebispo Turpin (personagem das Chansons de Gesta) aparecem destacados no fundo do objeto que guardaria o corpo exumado do monarca. Imagem de domínio público, disponível em: <https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Aachen_Pfalzkapelle_SchreinKarl4.JPG >. Acesso em 22 de set. 2021.

Convenientemente, os contemporâneos de Carlos Magno imaginam-no enquanto um rei mítico, um “Novo Constantino” de uma “Nova Roma”, ou um “Novo David” e “Novo Josias” de uma “Nova Israel”, a Frância (WILSON, 2007, p. 92). Seus contemporâneos são os primeiros a se apropriarem de monarcas do passado para construir uma base de legitimação para justificar o presente. Posto termo ao seu império, o mito se completa. Através dos olhos de outrem, Carlos passa a ser visto como um modelo. É assim que Carlos mergulha no imaginário coletivo: não como o homem, mas como o mito, nomeadamente o Imperador Cristão. Se Constantino havia sido o primeiro Imperador a se converter ao cristianismo e, desta forma, aquele que iniciou a tendência de mitificação de um monarca temente ao deus dos cristãos, Carlos Magno toma o seu lugar.

Muito posteriormente, outros monarcas veriam no mito carolíngio uma forma de legitimação. Carlos IV (1346-1378), filho de João de Luxemburgo, é o primeiro imperador romano a utilizar o nome do monarca dos francos desde os tempos Carolíngios. Rei da Boêmia, é o responsável por criar, em Aachen, uma capela voltada aos Húngaros, e dar prosseguimento ao culto ao monarca (Figura 2). Entretanto, após os séculos XIV e XV (FAVIER, 2004, p. 596-597), as celebrações à São Carlos Magno esvanecem. Atualmente, conforme aponta Johannes Fried (2016, p. 554), em algumas cidades germânicas (Frankfurt e Aachen, por exemplo), a missa do dia de São Carlos Magno ainda é celebrada.

Figura 2. Águia imperial (Reichsadler) em detalhe do Karlsbüste, relicário doado pelo imperador Carlos IV Luxemburgo à Catedral de Aachen (1350). Imagem de domínio público, disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aachen_Domschatz_Karlsb%C3%BCste_Detail_24092016_1.jpg>. Acesso em 22 de set. 2021.

Os imperadores Habsburgo do século XV-XVI recorrem à regalia carolíngia e à crença em um Carlos-cruzado, enquanto alguns, como Maximiliano I (1508-1519), são vistos como “Novos Carlos” (WILSON, 2007, p. 164-167). Entretanto, desde Frederico III (1452-1493), os imperadores deixam de ser coroados em Roma. O enfraquecimento da coesão do Império Romano leva à gradual erosão das referências ao monarca dos francos entre os germânicos.

No alvorecer da era dos nacionalismos, o trauma decorrente da Invasão Napoleônica fez com que recaísse sobre Carlos uma anacrônica identidade francesa, levando à procura de uma figura alternativa (WILSON, 2007, p. 194). Em seu lugar, o mito do Imperador se volta ao monarca adormecido em uma gruta de Kyffhäuser, Frederico Barbarossa, germânico por excelência, em um mito gestado por um Império Alemão conduzido pela casa prussiana de Hohenzollern. Este mito político, de certa forma análogo ao Carolíngio, identifica em um passado uma Era de Ouro, cuja nostalgia “desemboca geralmente na pregação profética de sua ressurreição” (GIRARDET, 1987, p. 15). Entretanto, enquanto, para Ottos e Fredericos, a “Era de Ouro” é a Carolíngia, o Império de Wilhelm I (1871-1888) é associado à “Era de Ouro” dos Staufer.

Ao observar as diferentes manifestações do mito relacionado ao monarca dos francos, um leigo chegaria a seguinte pergunta: Quem foi Carlos Magno? Quando Otto I parte para o sepulcro de Carlos Magno ou quando Frederico Barbarossa celebra um santo nunca reconhecido pela Igreja Latina, eles não fornecem respostas para a referida questão. Antes disso, seus mitos levam aos questionamentos “Quem foi Otto Magno?” ou “Quem foi Frederico Barbarossa?”. O Imperador Cristão mítico, veterotestamentário e apocalíptico, não é nem Carlos Magno, nem Constantino ou Frederico Staufer (I ou II); é o passado decomposto, recomposto, adaptado e modelado de acordo com o ideal do presente que o recebe.

Carlos Magno não inicia esse processo, mas sua recepção diminui a distância, física e cronológica, entre o último Imperador Cristão (Constantino) e os diferentes presentes que os recebem. Se existem Cruzadas, Carlos é um Cruzado. Se é necessário convencer os príncipes de que o sangue imperial carolíngio ainda corre, Carlos é o primeiro da Dinastia e, como o próprio Império, é visto como prova da continuidade da Roma dos Césares. E, assim como o adormecido de Kyffhäuser é brevemente despertado após sete séculos, Carlos é invocado sempre que diferentes presentes (o seu futuro) identificam no herdeiro de Carlos Martel um exemplo de monarca Cristão, em um processo que se expande para além da Frância do século IX.

Bibliografia

FAVIER, Jean. Carlos Magno. Tradução de Luciano Machado. São Paulo: Estação Liberdade, 2004.

FREED, John B. Frederick Barbarossa: the prince and the myth. New Haven: Yale University Press, 2016.

FRIED, Johannes. Charlemagne. Traduzido para o inglês por Peter Lewis. Cambridge: Harvard University Press, 2016.

_______________. The Middle Ages. Traduzido para o inglês por Peter Lewis. Cambridge: Harvard University Press, 2015.

FUHRMANN, Horst. Germany in High Middle Ages. 1050-1200. Traduzido para o inglês por Timothy Reuter. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

GIRARDET, Raoul. Mitos e Mitologias Políticas. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

WILSON, Derek. Charlemagne: A Biography. New York: Vintage Books, 2007.

WILSON, Peter H. Heart of Europe: A history of the Holy Roman Empire. Cambridge: First Harvard University Press, 2016.

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