CLÁUDIO MARTINS COSTA: Instantes de Permanência

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O conjunto de trabalhos selecionados para esta mostra evidencia os aportes de Cláudio Martins Costa (1932 – 2008) em sua investida sobre a bidimensionalidade, sem perder de vista a obra escultórica através da qual se notabilizou. Desenhos, sobretudo, que atestam o olhar do escultor sobre seus temas centrais: a figura humana, com ênfase nos povos indígenas, maternidades e santos, os bichos da fauna brasileira, cavalos, touros e estudos para esculturas onde a volumetria, através do pensamento gráfico, ultrapassa seu caráter projetual e afirma-se como escopo de sua pesquisa.

Para o artista/educador, a escultura deveria se realizar enquanto emoção em volume. Em sua empreitada de conciliação da docência com a criação artística, dedicou seu tempo para o ensino em diversas instituições, tais como o Instituto de Artes da UFRGS, o Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e a Escola Superior de Artes Santa Cecília, em Cachoeira do Sul. Cláudio deixou um lastro de afetos, projetos, documentos de trabalho e ferramentas que indicam uma vida entrelaçada com o fazer e o ensino da arte. Agora, pela primeira vez, a cidade de Pelotas, por meio do Centro de Artes da Ufpel e do Museu Leopoldo Gotuzzo, encontra-se com a obra de Cláudio Martins Costa e participa desta ação que visa recuperar sua memória e legado.

Em sua terceira edição, Cláudio Martins Costa: Instantes de Permanência conclui o ciclo de exposições previsto e referido no catálogo homônimo, fruto de intensa pesquisa e documentação sobre a vida e a obra desta figura exponencial na história da arte do Rio Grande do Sul.

curadoria  _ Clóvis Martins Costa e Tetê Barachini