Fotos XIII RAM – Porto Alegre 2019

OF 02) Oficina Antropoéticas: etnografia, criatividade e outras grafias

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Dia 23/07, na primeira sessão, Teceremos reflexões que nos acompanham e instigam, atravessando a Escrita, o Desenho, a Montagem com imagens e a Bricolagem.
Em um primeiro momento, traremos os trabalhos de Gloria Anzaldúa, Silvia Cusicanqui, Tim Ingold, Donna Haraway, numa iniciação em escrita contra-hegemônica para antropologias implicadas no mundo. Em adição, a partir de autores importantes no campo das imagens e da montagem com imagens – como Sergei Eisenstein, Aby Warburg, Georges Didi-Huberman e Etienne Samain -, serão estabelecidas ligações possíveis com os instigantes conceitos de trapeiro (Benjamin), bricoleur (Lévi-Strauss) e quimera (Severi), que se mostram profícuos para a confecção de uma “antropografia” (Ingold, 2015).

Dia 24/07, na segunda sessão, realizaremos exercício de fotografia e desenho, compartilhando experiências narrativas.
Nas atividades de Desenho, com Aina Azevedo, as ideias que temos sobre o que seja um diário de campo serão discutidas para que nela caibam também desenhos. A partir daí, faremos exercícios práticos desenhados, buscando conectar o olho à mão, a observação à descrição. Nas atividades sobre Montagem, com Alex Nakaóka,
o intuito será o de refletir sobre as potencialidades analíticas originadas pela aplicação da montagem como método na pesquisa antropológica. Como atividade experimental, os participantes irão compor pequenos ensaios fotográficos e, a partir deles, narrar as conexões realizadas entre as imagens. Nas atividades sobre Bricolagem, com Patrícia Pinheiro, serão percorridos e manuseados materiais e coisas aparentemente sem valor ou que se desviem das finalidades originais,
dando-lhes novos significados.

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Dia 25/07, na última sessão, faremos a imersão na comunidade quilombola Morada da Paz, para conhecer as experiências do grupo e praticar o caminhar, o desenho, a coleta, a fotografia. De retorno à UFRGS realizaremos uma exposição efêmera com as obras. Na arte do improviso e lidando com um mundo despedaçado, ao aproximar estética e poética, a oficina propõe refletir sobre as rupturas necessárias para a abertura a outros olhares que não os hegemônicos