5. Territórios negros na região central e na região das antigas charqueadas do RS: fluxos de memórias e fronteiras étnicas em uma perspectiva comparativa

Este projeto de pesquisa, iniciado em 2010, tem por objetivo estudar as modalidades de consolidação territorial e as estratégias de reprodução e de resistência à desterritorialização, empreendidas no transcorrer do tempo por parte das comunidades negras rurais situadas na região central e na região das antigas charqueadas do estado do RS. Procura-se levar em consideração as singularidades, e ao mesmo tempo, as similitudes existentes entre as comunidades negras situadas nestes distintos contextos. Já foram realizadas densas etnografias em três comunidades da região das antigas charqueadas: Monjolo (São Lourenço do Sul), Maçambique (Canguçu) e Fazenda Cachoeira (Piratini). Estas etnografias visam a constituição de relatórios técnicos que subsidiem os processos de regularização fundiária abertos pelas comunidades junto à Superintendência Regional do INCRA.

Reunião de apresentação dos resultados parciais da pesquisa – Comunidade de Maçambique, 28 de setembro de 2013. Acervo do Projeto

Reunião de apresentação dos resultados parciais da pesquisa – Comunidade de Maçambique, 28 de setembro de 2013. Acervo do Projeto.

Saída de campo para levantamento de plantas de uso medicinal, comunidade de Monjolo, em 03 de novembro de 2012. Acervo do Projeto.

Saída de campo para levantamento de plantas de uso medicinal, comunidade de Monjolo, em 03 de novembro de 2012. Acervo do Projeto.

 

Assessoria ao Clube Social Negro Fica Ahi Pra Ir Dizendo no seu processo de transformação em Centro de Cultura Afro-brasileira

Este projeto de extensão tem por finalidade assessorar a constituição de um Centro de Cultura Afro-brasileira no Clube Cultural Fica Ahi Pra Ir Dizendo (Pelotas/RS) nos marcos das recentes legislações e paradigmas, internacional e nacional, de reconhecimento das manifestações expressivas da diáspora africana; de inclusão social por meio de intercâmbios qualitativos entre centros educacionais e grupos identitários e/ou de sociabilidade; da reconstituição e valorização das memórias e experiências de resistência ao preconceito racial; de preservação do patrimônio material e imaterial dos segmentos afro-brasileiros. Além do cuidado com o acervo documental, a equipe vem realizando um mapeamento das manifestações expressivas e portadores de saberes negros da cidade de Pelotas e região, primando pela reconstituição da memória dos clubes sociais negros. Além de auxiliar na organização de atividades culturais diversas (oficinas, palestras, seminários, etc.).

Estudantes do Curso de Museologia entrevistam antigos sócios, dento do espaço do Clube, segundo semestre de 2013. Acervo do Projeto.

Estudantes do Curso de Museologia entrevistam antigos sócios, dento do espaço do Clube, segundo semestre de 2013. Acervo do Projeto.

Inventário, acondicionamento e organização dos documentos históricos do Clube, atividade realizada em 2014. Acervo do Projeto.

Inventário, acondicionamento e organização dos documentos históricos do Clube, atividade realizada em 2014. Acervo do Projeto.

 

Etnodesenvolvimento e Direitos Culturais em Comunidades Indígenas e Quilombolas

Este projeto de Extensão, iniciado em 2014, tem por finalidade o estabelecimento de um vínculo permanente entre universidade e comunidades quilombolas e indígenas da região, de forma a contribuir com o desenvolvimento das mesmas a partir de problemas elencados por elas próprias e respeitando seus padrões culturais. O diagnóstico da situação vivida por cada uma destas comunidades possibilitará a realização de ações que potencializem seus sistemas produtivos (agropecuários ou artesanais), viabilize a gestão dos recursos e a abertura de linhas alternativas de comercialização. A interação intensa entre docentes e discentes e as comunidades viabilizará o reconhecimento mútuo de saberes e cosmovisões, possibilitando trocas interculturais e a valorização de memórias que foram por longo tempo invisibilizadas. O projeto vem privilegiando as comunidades quilombolas do município de Piratini, por meio de parceria com a Pastoral Afro-brasileira e integrantes da comunidade negra daquele município.

Reunião de apresentação do projeto e da equipe, comunidade Rincão do Quilombo (Piratini), em 31 de agosto de 2014. Acervo do Projeto.

Reunião de apresentação do projeto e da equipe, comunidade Rincão do Quilombo (Piratini), em 31 de agosto de 2014. Acervo do Projeto.

Equipe acompanha e registra a fabricação do pão na pedra, parte do repertório culinário das comunidades da região. Comunidade Rincão do Couro (Piratini) em 16 de novembro de 2011. Acervo do Projeto.

Equipe acompanha e registra a fabricação do pão na pedra, parte do repertório culinário das comunidades da região. Comunidade Rincão do Couro (Piratini) em 16 de novembro de 2011. Acervo do Projeto.