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Saída de Campo – Ametista do Sul-RS

A Verdadeira Joia do Rio Grande do Sul

 Situada no norte do estado do Rio Grande Sul e esculpida entre os vales que cortam a BR 386 avista-se com o raiar do sol o brilho de uma jóia verdadeira, a cidade de Ametista do Sul. O nome ao qual bem justo e não é por menos, Ametista do Sul com pouco mais de 7414 habitantes (censo 2010-IBGE)  abriga a maior jazida exportadora do  minério de ametista no mundo. Nessa situação Ametista do Sul tem extraído 70 toneladas do minério por mês, comprovando o potencial de suas jazidas. Exporta para diversos países entre eles China (maior comprador), Alemanha e Índia entre outros. Do que é extraído, 90% da produção é exportado e somente 10% ficam no mercado interno, variando seu valor de acordo com o câmbio estrangeiro.

 

Breve história

A exploração das minas começou por volta dos anos 40 por imigrantes alemães e pouco mais tarde por italianos, aonde era o pequeno distrito de São Gabriel de Iraí. Fora formado no auge da exploração nos anos 70,  tornando-se  uma cidade, no inicio dos anos 90 e recebendo o nome de Ametista do Sul. Durante esse período Ametista chegou a ter aproximadamente 300 minas ativas de exploração do minério (atualmente funcionam aproximadamente 100 minas), grande parte dessa produção era exportada para nossos vizinhos latinos, mais especificamente o Peru onde eram confeccionadas jóias e adornos oriundos dos minerais extraídos dos geodos de ametista.

O trabalho de campo foi planejado de forma a proporcionar a melhor observação sobre alguns aspectos estudados em aula desde conceitos e princípios geológicos, ciclo das rochas, mineralogia, hidrologia, a relação geologia x meio ambiente, ecologia e impactos ambientais.

Tendo em vista a distancia a ser percorrida foram escolhidos afloramentos para o desenvolvimento do trabalho. Estabeleceram-se paradas técnicas, sendo, uma mina em atividade, com um guia que apresentou os dados relevantes no que se refere a exploração econômica do local; o Parque- Museu Ametista do Sul, onde encontrava-se uma mina desativada, um acervo de minerais;  o Shopping Ametista onde se verificou uma grande variedade de joias e artesanatos resultantes da atividade mineradora, uma vinícola, nova atividade econômica que aproveita as minas desativadas para o processo de produção de vinhos e a Igreja São Gabriel, revestida com aproximadamente 40 toneladas de ametistas e decorada com enormes geodos.

 

Projeções…

Existem muitas fabriquetas que processam e transformam os adornos oriundos dos geodos de ametista, no qual trabalham muitas mulheres e suas famílias. Todavia, muitas pessoas que residem em Ametista do Sul não mais trabalham na exploração das minas e deslocam-se todos os dias a longas distâncias para labutarem nas cidades vizinhas executando outros tipos de atividades econômicas no estado do Rio Grande Sul e Santa Catarina.  Os moradores sofrem uma série de dificuldades se considerarmos que por muitos anos dependeram das atividades das minas para sua sobrevivência e que esta realidade não mais se verifica.

Porém, mesmo com essas dificuldades Ametista do Sul salienta sua religiosidade, refletida no centro da cidade através da belíssima Igreja,  a primeira no mundo a ter revestimento interno em pedras preciosas, a Igreja de São Gabriel (padroeiro de Ametista do Sul) e, no centro da praça, onde localiza-se uma pirâmide que, para os esotéricos, a Ametista tem energias especiais. A pirâmide  também tem o seu interior totalmente revestido com a porção dos geodos formados por pedras preciosas. Tanto as ametistas da Igreja de São Gabriel, quanto as da pirâmide, foram doações dos garimpeiros da região de Ametista do Sul.

Enfim vale a pena conhecer essa maravilha de jóia que é cidade de Ametista do Sul que desempenha importante função na projeção do estado do Rio Grande do Sul para o mundo.

 

Projeto de Ensino:

A saída de campo dos alunos do primeiro semestre do Curso de Tecnologia em Geoprocessamento, realizada em 16 de maio de 2012, sob a responsabilidade da professora do Curso de Tecnologia em Geoprocessamento Rosemar Lemos, partiu de um projeto de ensino  da disciplina de Ciências do Ambiente.

O objetivo principal do trabalho de campo no município de Ametista do Sul foi avaliar a geologia do município bem como as áreas de recuperação ambiental em áreas de minerações de ametista,  visto que o mercado é dominado por micro, pequenas e médias empresas sendo a maioria dos minerais-gemas encontrados espacialmente concentrados.

Para atingir esta finalidade foram traçados os seguintes objetivos específicos:

1.         Avaliar histórica e espacialmente os pontos de mineração a serem visitados;

2.         Entrevistar moradores que dependem da exploração mineral no município, a fim de caracterizar a mão de obra presente.

3.         Analisar as minas desativadas com a finalidade de constatar os possíveis impactos ambientais e recuperação ambiental.

Nas paradas em minas foram coletadas rochas para descrição petrográfica verificando-se o tamanho do grão, textura, índice de cor, quantidade de SiO2, estruturas, mineralogia e nome da rocha.

As refeições foram realizadas em paradas programadas na estrada e o almoço ocorreu na cidade de Ametista.

No retorno, e em sala de aula serão realizadas discussões sobre o trabalho de campo relacionando os conhecimentos construídos em aula com os verificados no campo.  Como forma de conclusão, os alunos serão divididos em duplas para redigir um relatório. Este procedimento visa a redação de um texto científico, especificamente um relatório, resultante da comunhão de idéias e observações efetivadas.

 

Redação: Acadêmico Rubens Barbosa Leal.

Referências Bibliográficas:

AMETISTA DO SUL. Disponível em: http://www.ametistadosul.com/. Acesso em: 22 mai 2012 22h 50min

IBGE, Secretária de Turismo de Ametista do Sul. Disponível em: http://www.pormin.gov.br/informacoes/arquivo/gemas_ametista_esmeralda_turmalina_propriedades_aplicabilidade_ocorrencias.pdf. Acesso em: 22 mai 2012 23h00min

Sr. Vilmar (Garimpeiro de Ametista do Sul)

Publicado em 22/05/2012, na categoria Sem categoria.