Módulo Verão

Oficina Encontros no Choro (Módulo Verão)

As aulas iniciam no dia 19 de março, e serão 4 encontros no Conservatório de Música sempre às 17h com orientações por instrumento e prática de bandão das 18h às 19h. Faremos um repertório especifico voltado para os alunos que já participaram do projeto.  Teremos duas apresentações uma no dia 16 de Março no Mercado Público e outro no conservatório de música no dia 18.

As músicas que iremos trabalhar no módulo verão serão de compositores pioneiros do choro com arranjos realizados pelo projeto da escola portátil de choro do RJ

(OBS) Para os novos alunos as oficinas de introdução e vivencia do 4° módulo do projeto iniciam no dia 15 de abril.

1° Semana Anacleto de Medeiros com o Maxixe ¨Os boêmios¨

 

Anacleto Augusto de Medeiros 

Músico, compositor, regente, clarinetista, flautista, saxofonista, contrabaixista, etc. Nascido em 13 de julho de 1866 no Rio de Janeiro, começou a estudar música aos nove anos de idade na Banda do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro.

Foi aprendiz de Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro onde estudou música com o maestro, António dos Santos Bocot, em 1884 Anacleto matriculou se no conservatório de  música , depois entrou  para a Escola Nacional de Música, foi aluno do clarinetista Antônio Luiz de Moura, em 1886 obteve o certificado de professor de clarinete.

Fundou o Recreio Musical Paquetaense junto com os músicos da desaparecida Banda de Paquetá, começou a compor algumas peças sacras , logo em seguida suas composições foram ficando mais populares como, polcas, schottisch, dobrado, marchas, e valsas, com o passar do tempo foi se tornando reconhecido como compositor e suas peças começaram a serem executadas nas bandas de todo país.

Anacleto foi fundador, diretor e maestro de muitas bandas, tendo contribuído de maneira fundamental para a formação de músicos do Brasil, a tradição de bandas se reflete até hoje, por exemplo no desenvolvimento de uma sólida escola de sopros.

A banda que ficou mais conhecida sob a regência de Anacleto foi a do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que chegou a fazer algumas gravações dos discos pioneiros produzidos no Brasil, nos primeiros anos do século XX.

2° Semana Bonfiglio de Oliveira com o Choro ¨Tudo Dança¨

Bonfiglio de Oliveira    

Músico, contrabaixista e trompetista, nascido em 17 de setembro de 1894, começou a estudar música com o pai músico contrabaixista da Banda Mafra de Guaratinguetá, seu primeiro instrumento é o bumbo , que aprende a tocar ainda criança. Tem aulas de trompete com o maestro local e, por volta de 1906, começa a tocar na banda da qual seu pai é contrabaixista. Também integra a banda do colégio em que estuda. Recebe as primeiras lições de composição e regência e logo assume a direção do conjunto colegial. Em homenagem ao diretor da escola, escreveu sua primeira composição, o dobrado  Padre Frederico Gioia.

Concluiu os estudos na cidade de Piquete, São Paulo, começou a organizar bandas de colégios que se apresentavam nas cidades do Vale do Paraíba. Por volta de 1912 foi convidado pelo maestro Lafaiete Silva para atuar como trompetista da orquestra do cinema ouvidor. Mudou-se para o Rio de Janeiro, começou a frequentar as rodas de choro da cidade, foi morar na casa do Pixinguinha, a famosa pensão Viana,conhecida por hospedar músicos e amigos.

Atuou como trompetista e contrabaixista em diversas orquestras de cinemas e teatros, junto com o Pixinguinha realizou várias gravações no início da década de 1910 para a casa de Faulhaber como solista e integrante do conjunto choro carioca. Teve participação ativa nos carnavais cariocas integrante do grupo o caxangá em 1917, compondo marchas-ranchos, em 1919 atuou como diretor de harmonia do rancho Ameno Resedá.

Na década de 1930 fez parte da Guarda Velha e da orquestra Diabos do Céu, foi nesse período   que a maior parte das suas composições, choros, maxixes, valsas e samba foram gravadas. Deixa mais de 50 composições, algumas gravadas por conhecidos cantores e instrumentistas. 

3° Semana Pixinguinha com o Batuque ¨Benguelê¨

 

Alfredo da Rosa Viana FilhoPixinguinha

Pixinguinha, nascido em 4 de maio de 1897, registrado como Alfredo da Rosa Viana Filho, foi um renomado músico, compositor, instrumentista, orquestrador e regente, que teve sua iniciação musical através de seus irmãos e de encontros musicais em sua casa. Seu apelido surgiu na infância devido a uma varíola contraída. Pixinguinha aprendeu a tocar cavaquinho com seu pai e estudou música com César Borges Leitão e Irineu de Almeida, participando do Choro Carioca e gravando músicas aos 14 anos.

Pixinguinha foi diretor de harmonia do rancho Paladinos japoneses, teve seu primeiro emprego profissional na casa de chopp La Concha, e se destacou como músico substituto em orquestra de teatro. Fundou o grupo Caxangá em 1914, estreou como autor na gravadora Odeon em 1916 e formou os Oito Batutas em 1919, com repertório diversificado.

Os Oito Batutas fizeram sucesso, tocando em festas e no Café Assirio, foram financiados para uma viagem a Paris por Arnaldo Guinle. Após turnê pelo Brasil, tocaram em Paris e Buenos Aires, gravando discos para Victor Argentina. O grupo se desfez e alguns membros formaram novas bandas com influências de jazz.

A Partir do final do final da década de 1920 e início da década de 1930, Pixinguinha passou a trabalhar principalmente como regente e arranjador, atuou como regente da orquestra do Cine Rialto que acompanhava a revista Tudo Preto, apresentada pela Companhia Negra  de  Revista, foi assim que conheceu a sua futura esposa Albertina,ela era estrela da companhia, cujo o nome artístico era Jandira Aimoré.

Em 1928, Pixinguinha formou a Orquestra Típica com Donga, gravando sambas e maxixes. Na década de 1930, trabalhou com a Victor e lançou composições como Carinhoso. Em 1946, trocou a flauta pelo saxofone e fez duetos com Benedito Lacerda. Participou de programas de rádio nos anos 40 e 50, destacando a música brasileira. Nos anos 60, fez trilhas sonoras e parcerias com Vinícius de Moraes e Hermínio Bello de Carvalho, sendo um ícone da música brasileira.

4° Semana Octávio Dutra com o Choro ¨Em um bonde¨

 

Arranjo Bonde / Guitarra de 7 cordas

Arranjo Bonde / Violão 7 cordas

Arranjo Bonde / Bateria

Arranjo Bonde  / Clarinete Baixo

Arranjo Bonde / Trombone

Arranjo Bonde / Saxofone Tenor

Arranjo Bonde / Saxofone Alto

Arranjo Bonde / Clarinete em Sib

Arranjo Bonde / Saxofone Soprano

Arranjo Bonde / Flauta Transversal

Arranjo Bonde / Bandolim

Arranjo Bonde / Cavaquinho

Octavio Dutra

Octavio Dutra nasceu em 3 de dezembro de 1884 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Além de músico, compositor, regente, arranjador, violonista e bandolinista, iniciou sua carreira musical como violonista e bandolinista em serenatas e saraus urbanos, compondo suas primeiras polcas e valsas em 1900. Mais tarde, estudou música teórica no Conservatório do Instituto de Belas Artes (1909-11) e dedicou-se exclusivamente à música por mais de 30 anos em vários espaços culturais e sociais da cidade. Durante esse período, sustentou-se financeiramente ministrando cursos de violão e bandolim, regendo, fazendo arranjos e compondo, além de participar de conjuntos instrumentais, blocos de carnaval, orquestras de rádio e gravações publicitárias.

Aos 16 anos, em 1900, compôs sua primeira peça musical, a valsa nº1, que foi seguida pela Polka nº1 no ano seguinte, e pelas valsas nº2 e nº3. Dutra registrou várias gravações de suas próprias músicas, tornando-se um dos compositores de choro mais gravados na primeira fase da fonografia brasileira. Atuando por mais de três décadas na cena musical de Porto Alegre, suas composições logo ultrapassaram as fronteiras do estado, alcançando sucesso e resultando em diversas gravações para as principais gravadoras do país.

(Pesquisa dos dados biográficos Neverton Fernandes)