Mulheres no acervo do MALG

Convite padrão da ação curatorial Mulheres no Acervo do MALG

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Mulheres no acervo do MALG
texto curatorial

A presente ação é parte de um projeto desenvolvido a partir das atividades de pesquisa do Laboratório de Curadoria do MALG. Em agosto de 2019 iniciou-se um levantamento, ainda em construção, que objetiva identificar a presença de artistas mulheres nas coleções do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo. Porém, entendemos que somente coletar os dados não seria o suficiente e, assim, identificamos possibilidades curatoriais pertinentes que se tornam possíveis com o incentivo da Lei Aldir Blanc.

Compreendemos a relevância das produções das artistas inseridas no acervo da instituição e a necessidade de registros históricos de suas atuações. Somamos a isso a efervescente produção artística contemporânea de mulheres que trabalham, não só a partir de suas próprias vivências, mas também, a partir do desenvolvimento da sociedade e seus movimentos. Com isso, entendemos as influências do contexto histórico nas dinâmicas relacionais e propomos, através da Ação Curatorial Mulheres no Acervo do MALG, um diálogo entre as artistas do presente e as do Século XX.

Atualmente, estamos em isolamento social devido à pandemia da COVID-19. Diante disso, somos impulsionados/as a criar novos modos de produzir cultura, muitas vezes, durante a execução de projetos. A nossa proposta, assim, se constrói em ambiente virtual: desde a seleção de artistas até a própria exposição, por considerarmos um meio seguro de promover a arte e dar acesso ao público.

Nesse momento, convidamos artistas contemporâneas para relacionar suas produções com as de artistas inseridas na Coleção Século XX. Entre as selecionadas está Pâmela Fogaça Lopes que integra a ação com “Bulbo, ou o que brota nas ruas” estabelecendo um elo com “Bulbo” (1988) da artista que compõe o acervo MALG, Tânia Resmini. As produções têm como ponto de encontro, além da organicidade da forma, a multiplicidade do termo “raiz” e seus conceitos não só literais, como também figurativos. A seguir, Ana Tavares apresenta a obra “Mãe Gentil?” (2020) que dialoga com a pintura “Vínculo” (1988) de Arlinda Nunes. Ambas promovem o olhar de/para mulheres e refletem uma possível relação íntima de proteção e cuidado mútuo. E ainda, Fernanda Fedrizzi propõe com “Tecido Urbano” (2020) uma conexão entre si e “Referências Internas” (1989) de Sônia Moeller. As formas e os materiais orgânicos da obra de Moeller são disparadores para Fedrizzi que reflete os fluxos urbanos a partir da própria pele, perpassando as interações com a cidade e tudo o mais que a cerca.

Conceitos contemporâneos se abriram diante da Coleção Século XX a partir da proposição de Mulheres no Acervo do MALG que instiga a abordagem de temas pertinentes ao recorte de gênero. Esperamos que possam usufruir das pontes construídas até aqui e nos acompanhem em novas ações que irão surgir como continuidade do Projeto Mulheres nas Coleções do MALG.

Dezembro de 2020

Amanda Machado Madruga
Coordenadora do Projeto Mulheres no Acervo do MALG
Pesquisadora no Laboratório de Curadoria do MALG

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