UFPel tem seu primeiro PDI. Documento vale até 2020
Estão definidos os caminhos por onde a UFPel deverá traçar suas ações e objetivos nos próximos cinco anos. Após um período de elaboração, que durou cerca de seis meses, e que incluiu um processo de consulta à comunidade, já está valendo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFPel, com vigência até 2020. O documento, o primeiro da Instituição, foi aprovado por unanimidade, com destaques, na tarde desta sexta-feira (13), pelo Conselho Universitário (Consun) (foto).
Agora, os destaques aprovados serão incorporados ao texto, que em seguida será publicado em sua versão final. Uma reunião em dezembro terá como pauta a materialização das metas e elaboração de cronograma.
O texto alicerça-se no Projeto Pedagógico da Universidade, aprovado em 1991 e revisado em 2003, e no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em junho de 2014. A partir dessas bases, inspira-se na ideia de que a Universidade, sempre pautada nos princípios que regem a Administração Pública, deve orientar-se pelo compromisso com a democracia, com a natureza pública e gratuita da instituição, com a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão e com a permanente atenção aos interesses da coletividade e da região, conforme registrado em seu texto de apresentação.
A feitura do PDI faz parte do trabalho de redação de quatro novos documentos para a Universidade. O PDI é elaborado juntamente com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), o Estatuto e o Regimento Interno da Instituição, estes três últimos tarefas da Constituinte Universitária, em andamento. A realização dos documentos faz parte do programa de Gestão da atual Administração da Universidade, como forma de atualizar a Instituição ao contexto do século 21.
A partir da reflexão sobre o Projeto Pedagógico da UFPel e os desafios do PNE, numa construção coletiva forjada em numerosos encontros, seminários e debates realizados ao longo do primeiro semestre de 2015, foram estabelecidos os 19 objetivos estratégicos da Universidade que orientam o PDI.
Eles abrangem áreas como comunicação, educação básica, integração e intercâmbio, inovação tecnológica e desenvolvimento regional, internacionalização, arte e cultura, difusão científica e tecnológica, relações com a sociedade e eficiência administrativa. Contemplam ainda temas como a qualificação da graduação e da pós-graduação, políticas de acesso, inclusão e permanência, pedagogia universitária, qualificação dos servidores, condições de trabalho e estudo, planejamento espacial e sustentabilidade.
Para que os objetivos estratégicos destas áreas se cumpram, o PDI foi dividido em cinco grandes temas, que abrigam os objetivos específicos e ações a serem realizadas. São elas Gestão Institucional; Gestão Acadêmica: Ensino, Pesquisa e Extensão; Assistência Estudantil; Gestão de Pessoas e Infraestrutura.
O PDI não é um texto extenso. Suas 18 páginas têm uma redação clara, objetiva e de fácil leitura. Os objetivos e ações listadas definem de forma direta o que deve ser feito, em cada área, nos próximos cinco anos.
Para o reitor Mauro Del Pino, o PDI reúne a riqueza de pontos de vista sobre a UFPel e estabelece, coletivamente, o futuro que a instituição almeja e quer construir para si.
Documento definidor
O PDI é o documento que define os objetivos estratégicos gerais da Instituição e suas ações. O Plano, trabalhado desde março, foi construído por um grupo formado por diretores de unidades acadêmicas e os gestores ligados à Administração Superior.
Para o início dos trabalhos, o grupo participou de um Seminário que discutiu os novos rumos da Universidade Pública e resgatou a história da UFPel. No início de abril, os objetivos estratégicos foram apontados. No mesmo mês, o grupo definiu os eixos temáticos com o objetivo de agrupar os objetivos específicos e as suas ações de desenvolvimento.
Nesta etapa, o grupo foi dividido para trabalhar os eixos temáticos Ensino, Pesquisa, Extensão, Assistência Estudantil, Gestão de Pessoas, Infraestrutura e Gestão Institucional, Planejamento e Avaliação. Em maio, o trabalho realizado pelos pequenos grupos foi apresentado e disponibilizado, via Cobalto, para sugestões do grande grupo. Em junho, uma comissão foi formada com o objetivo de analisar e compatibilizar o trabalho realizado pelos grupos temáticos.
O trabalho da Comissão foi finalizado em julho e apresentado aos diretores e gestores. Nesta etapa, outra comissão foi formada para pensar a metodologia de Consulta Pública.
A Consulta foi realizada em setembro e outubro e teve 64 contribuições da comunidade, na forma de emendas. Destas, 51 foram acolhidas e 13 não aceitas, por não serem pertinentes ao documento. Os proponentes das emendas não acatadas receberam, por e-mail, a justificativa do não acolhimento. As etapas seguintes foram a validação do texto pela comissão de representantes da Gestão e de diretores de unidades acadêmicas e o envio ao Consun, com a aprovação nesta sexta-feira (13).