Trabalho sobre o fenômeno da impostora em professoras universitárias foi destaque na área de ciências sociais aplicadas no Congresso de Iniciação Científica da 7ª. SIIEPE

O trabalho “Por que não aceitamos o sucesso que temos? estudando o fenômeno da impostora em professoras universitárias” foi destaque na área de ciências sociais aplicadas no Congresso de Iniciação Científica da 7ª. SIIEPE, Semana Integrada de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão. O estudo foi desenvolvido pela aluna Juliana Gomes (CLC) e orientado pela Profa. Simone Mello (CCSO), e integra o projeto unificado que discute gênero na gestão e na academia, coordenado pela docente. “Fiquei muito feliz, pois a Juliana tem sido uma ótima bolsista, é o segundo ano dela com bolsa da FAPERGS e o reconhecimento está aí, um debate importante, numa área concorrida e no congresso que mais recebe inscritos na semana, só tenho a agradecer”, disse a professora. Para Juliana, é uma pesquisa feita com carinho, porque há o sentimento de pertencimento ao tema. “Eu nem achava que tinha chance de ser destaque. Isso é reflexo do fenômeno da impostora que age em mim também”.
O estudo versa sobre o Fenômeno da Impostora, presente em mulheres que possuem  trajetórias de sucesso, mas que não veem em si o quão capazes e qualificadas são. Elas se sentem impostoras, não acreditando serem merecedoras do sucesso que possuem. A pesquisa se deu com professoras universitárias, usando o método CIPS – Clance Impostor Phenomenon Scale, desenvolvido por Pauline Clance (1985). Os resultados revelam que 26,9% das participantes considerou ter poucas características do F.I., 32,7% uma quantidade moderada, 31,7% frequentemente se consideraram impostoras, e isso é preocupante não necessariamente pelo percentual obtido, mas, porque são mulheres academicamente poderosas que vivem em um sistema que valoriza lideranças masculinas ainda que incompetentes e punem mulheres que não se sentem tão confiantes ou que ficam demonstrando isso (TULSHYAN; BUREY, 2021). Em contraste, apenas 8,7% revelaram possuir intensas experiências impostoras, o que leva a questionamentos como talvez o fenômeno não seja tão forte na academia ou as mulheres estão tão emaranhadas nessa sociedade opressora que não reconhecem o fenômeno ou tem relutância em dizer que o possuem.

O resumo está disponível no link