Programa
Programação Sessões Temáticas (Clique aqui)
Conferência de Abertura
Inteligencia territorial y sostenibilidad cultural: pensando el patrimonio agroalimentario con los cinco sentidos
Conferencista:
Prof. Dr. Vicente Julian Sobrinho Simal (Orcid)
Doutor em História da Arte e professor da ETSA da Universidade de Sevilha. Lecciona no Mestrado em Arquitetura e Património nas universidades de Sevilha e Huelva. Como especialista em história da arquitetura industrial e em sistemas de interpretação do património industrial, coordenou numerosos projetos de investigação. Leccionou cursos e orientou teses de doutoramento em várias universidades. Entre as suas publicações destacam- se Arquitetura industrial em Espanha, 1830-1990, e Arquitetura da indústria na Andaluzia. É membro do TICCIH-Espanha. A sua abordagem de investigação, em consonância com as mudanças radicais do nosso novo século e como resultado da responsabilidade social do investigador, é uma oportunidade para rever, conceitual e metodologicamente, o paradigma atual do património cultural no qual a cultura do trabalho está simbioticamente inserida.
Ementa:
La Inteligencia Territorial y la Sostenibilidad Cultural son conceptos relacionados con el desarrollo sostenible y la planificación estratégica de las comunidades y regiones, centrándose en la preservación y promoción del patrimonio cultural y natural. Pensar en el patrimonio agroalimentario utilizando los cinco sentidos puede ser una forma rica y completa de entender y apreciar la cultura, tradiciones y sabores de una región. Utilizando los cinco sentidos, podemos sumergirnos en la riqueza del patrimonio agroalimentario de una región, entender su relación con la tierra, la historia y la cultura, y apreciar la importancia de preservar y promover estas tradiciones para las generaciones futuras. Además, esto puede fomentar un mayor respeto por la agricultura sostenible y la diversidad gastronómica, lo que contribuye a la activación del sentido de pertenencia, el sexto sentido, para preservar la cultural local y mejorar la calidad de vida de las personas que protagonizan la gestión de los territorios.
“El oficio más honroso, el mejor, el más abundante, más delicioso y propio de un hombre de bien y libre, es la agricultura” Cicerón, De officiis, obra filosófica escrita en los últimos meses del año 44 (a. n. e.)
GT’s Pesquisa 1
GT A – Cidade, Memória e Patrimônio Industrial.
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Coordenadora:
Profª Drª Ana Maria Sosa Gonzalez (Lattes)
Painelistas:
Profª. Drª. Elvia Guadalupe Ayala Macías (Orcid)
Profª. Me. Samara Lilian Vilchis Medina (Orcid)
Profª. Drª. Laura Susana Zamudio Vega (México) (Orcid)
Dulce Gabriela Velázquez Juárez (Orcid)
Me. Susana Domingues (Portugal) (Orcid)
Leonor Medeiros (Portugal) (Orcid)
A relação existente entre as cidades contemporâneas e o patrimônio industrial é o principal objetivo de discussão da presente mesa temática. Antigas zonas industriais e portuárias que representaram o desenvolvimento e dinâmicas das cidades latino-americanas desde final do século XIX até a década de 1980 hoje são vítimas do abandono, deterioração, especulação e por tanto de esquecimento. No entanto, algumas propostas de patrimonialização e revitalização desses lugares têm sido promovidas, propostas que muitas vezes excluem a participação comunitária, banalizando o passado e resultando em segregação social no presente. A rentabilização de espaços históricos leva a um lazer padronizado e mercantilizado, com limitações ao acesso público. Ao mesmo tempo, o desconhecimento das trajetórias dessas indústrias responsáveis por grande parte das transformações urbanas nas últimas décadas, leva a um apagamento das memórias vinculadas a esses mundos do trabalho. Esses testemunhos da vida produtiva, dos saberes e fazeres, das dinâmicas sociais e de lazer gerados a partir desses entornos são uma herança cultural que devem ser dados a conhecer para que as novas gerações possam valorizá-los, preservá-los e, ao mesmo tempo, gerar laços de pertença e afetividade. Sem isso não é possível pensar em cidades sustentáveis, nem na valorização do legado dessas indústrias no presente.
GT B – Geoparques UNESCO e a riqueza de seus patrimônios.
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Coordenador:
Profº Drº. Flavi Ferreira Lisboa Filho (Lattes)
Painelistas:
Drª Jaciele Carine Sell (Lattes)
Profº Drº André Weissheimer de Borba (Lattes)
(Todos proponentes integram a Cátedra UNESCO de Geoparques, Desenvolvimento Sustentável e Estilos de Vida Saudáveis, que pode chancelar a temática escolhida)
Conforme a UNESCO, os geoparques compreendem áreas geográficas que possuem uma importância geológica internacional, associada a uma relevância histórica, cultural, paisagística e científica. Em um geoparque, o patrimônio geológico é vinculado ao patrimônio cultural e natural do local, visando promover a conscientização da comunidade para a preservação e a conservação do seu patrimônio, por meio de um viés sustentável, de forma a reduzir os impactos causados no ambiente. Concomitante, um geoparque promove a identificação da comunidade com o território, aumentando o sentimento de pertença e, ao mesmo tempo, incentivando a preservação do espaço. Ademais, estimula a economia por meio do turismo, bem como pela geração de novas oportunidades e pela valorização dos produtos locais identitários, gerando novas fontes de renda para a população. Desta forma, incentivam o envolvimento da comunidade para a conservação, a educação e o desenvolvimento sustentável, sendo o comprometimento da comunidade imprescindível para a implementação dele.
GT C – Docencia e investigación en patrimonio alimentario y sostenibilidad en Andalucía: ecogastronomía y patrimonio alimentario andaluz.
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Coordenador:
Drº. Antonio Luis Diaz Aguilar (Orcid)
Painelistas:
Profº Drº Rafael Cáceres Feria (Lattes)
Profª Anastasia Téllez Infantes (Orcid)
En Ciencias Sociales la concepción del patrimonio como construcción social y proceso metacultural (Kirshenblatt-Gimblett, 2004) es cada vez más compartida. En las últimas décadas hemos asistido a una apertura conceptual donde valores como la tradición o la identidad han cobrado mucha fuerza, nociones como sostenibilidad o memoria biocultural han adquirido centralidad y “nuevos patrimonios” como el alimentario o el agrícola han alcanzado categoría propia. Asimismo, a la participación de técnicos y académicos en los procesos de patrimonialización se han sumado una diversidad de agentes sociales, desde grupos empresariales hasta colectivos pertenecientes a diversos movimientos sociales.
No obstante, las prácticas patrimonialistas, desde las formas concretas de catalogación hasta la gestión de los hechos o lugares catalogados suelen desarrollarse bajo regímenes patrimoniales (Bendix, Eggert y Peselmann, 2013) que suelen invisibilizar la pluralidad y diversidad de colectivos y memorias y reproducir la jerarquización social (Quintero, 2022). En este sentido, este grupo de trabajo centrará su atención en los roles y status derivados del sistema sexo-género en los procesos de activación patrimonial y, no menos importante, en los cuidados (Offenhenden, 2017) y sostenibilidad del patrimonio.
A partir de una introducción sobre los procesos de patrimonialización relacionados con la alimentación en Andalucía, se expondrán los casos de la fiesta de la “matanza vegetal” (embotellado de tomates) y la puesta en valor de variedades hortofrutícolas locales en Almonaster la Real (Huelva), de la elaboración artesanal de los mantecados y polvorones de Estepa (Sevilla), y de las fábricas de conservas de pescado en Ayamonte (Huelva), como marco de reflexión sobre patrimonio, géneros y sostenibilidad.
GT’s Pesquisa 2
GT D – A instrução de processos de Registro de bens culturais de natureza imaterial e a produção de conhecimento.
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Coordenadora:
Profª. Drª Kátia Brasilino Michelan (Lattes)
Painelistas:
Me. Marina Duque Coutinho de Abreu Lacerda (Lattes)
Drª Diana Dianovsky (Lattes)
O objetivo do Grupo de Trabalho é pensar a produção de documentos e conhecimentos no âmbito da instrução dos processos de Registro dos bens culturais de natureza imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para tanto, inicialmente, importa analisar como são contratadas e compostas as equipes de pesquisa que vão a campo e produzem o dossiê e o videodocumentário, nos quais estão recortados e narrados os bens culturais a serem reconhecidos. Tal ponto será apresentado pela pesquisadora e Coordenadora de Registro e Revalidação, Marina Lacerda. Num segundo momento, serão abordadas as especificidades dos conhecimentos históricos e antropológicos dentro dos processos de Registro, questões que serão debatidas, respectivamente, por Kátia Michelan e Diana Dianovsky. Cabe mencionar que a proposta do GT parte da ideia de que, ao mesmo tempo em que o conhecimento produzido nesses processos constrói narrativas e sentidos acerca dos bens culturais, ele também está inserido em um rito processual que possui diretrizes e interesses próprios. Assim, considera-se que discutir essa particularidade do conhecimento produzido no âmbito do reconhecimento patrimonial é fundamental para a entender alguns caminhos da patrimonialização de bens culturais imateriais no Brasil. Diante disso, a proposta, aqui, será refletir, portanto, acerca das limitações e das potencialidades desses conhecimentos construídos.
GT E – Metodologías interdisciplinares para el estudio del Patrimonio industrial.
Coordenadora:
Profª Drª. María Isabel Alba Dorado (Lattes)
Painelistas:
Drnda. Milena Meira da Silva (Lattes)
El paisaje industrial configura en la actualidad un fenómeno de extraordinaria complejidad cuya investigación ha sido abordada tardíamente por la actividad científica en general. Esto ha dado lugar a una situación de insuficiencia conceptual y metodológica para acometer su estudio, lo que unido al proceso de degradación y abandono al que están expuestos en la actualidad muchos de estos paisajes, obliga a replantear los modos en los que hasta el momento éstos han sido abordados. En este sentido, este Grupo de Trabajo tiene como objetivo por un lado, profundizar en el conocimiento de estos paisajes generados por la decadencia industrial y, por otro, abordar una aproximación a su estudio que contemple el aporte de mejoras y/o innovaciones metodológicas que permitan avanzar en el estudio de estos paisajes a partir de su consideración patrimonial y cultural, a través de un enfoque holístico e integrador que abogue por una aproximación interdisciplinar.
GT F – Paisagens Sustentáveis para um Futuro Sonhado: A Ação do Polo Morro Redondo.
Gravação: link
Coordenadora:
Profª Drª Inguelore Scheunemann (Lattes)
Painelistas:
Profª Drª. Francisca Ferreira Michelon (Lattes)
Profº Drº Diego Lemos Ribeiro (Lattes)
Anderson Guths (Secretário de Educação, Cultura e Desporto do Município de Morro Redondo)
O Polo Morro Redondo da Cátedra Unesco-IPT de Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território do Instituto Politécnico de Tomar é um programa que articula diferentes projetos decorrentes do Acordo de Cooperação estabelecido entre a Universidade Federal de Pelotas, através do PPG em Memória Social e Patrimônio Cultural, o Instituto Politécnico de Tomar, a Universidade Católica de Pelotas e a Prefeitura de Morro Redondo. Por sua vez, a Cátedra estrutura-se como um programa transdisciplinar, fundamentalmente conceituado nas Ciências Humanas e que tem como núcleo a Gestão Integrada das Paisagens Culturais enquanto vetor de Sustentabilidade. Portanto, vincula ações integradas com as ciências naturais e sociais e tem como principal contribuição desta cátedra aos parceiros, em especial no hemisfério Sul, incentivar a convergência de esforços e estruturas na proposição de estratégias de integração entre as governanças e os diferentes segmentos da comunidade. Nesta seção, apresentam-se ações e resultados que se desenvolveram no ano de 2022 e que modelam novas perspectivas de sustentabilidade para o município.
****** Os links de acesso para as apresentações dos GT’s serão enviados por e-mail para todos os inscritos no evento.
Mesas
Mesa 1: Patrimônio Industrial e Sustentabilidade
Coordenadora:
Profª. Drª. Francisca Ferreira Michelon (Lattes)
Mediador:
Drª. Jossana Peil Coelho (Lattes)
Painelistas:
Prof. Dr. Vicente Julián Sobrino Simal (Orcid)
Drnda. Simone Rassmussen Neutzling (Lattes)
Prof. Dr. Antonio Soukef Junior (Lattes)
A Carta de Sevilla do Patrimonio Industrial, escrita em 2018, é um documento que se dirige, primeiramente, ao patrimônio espanhol. No entanto, uma parte significativa do seu conteúdo aplica-se, com indistinta adequação, ao patrimônio industrial de muitos países. Destacamos do último capítulo, “Propostas e ações”, o item que inspira o debate aqui proposto. Diz este: “As administrações devem desenhar estratégias próprias que incorporem o Patrimônio Industrial como um recurso ativo para o desenvolvimento econômico, cultural, territorial e social, implantando programas de inovação experimental” (2018, p. 33). De tal modo, entendemos que tanto o patrimônio industrial demanda ser sustentável, sob um planejamento consciente de todas as variáveis que compõem cada caso, como pode – e, idealmente, é o que se deseja – ser um fator de promoção ou incentivo à sustentabilidade do lugar onde se encontra. Sob tal perspectiva, os painéis irão apresentar alguns casos analisados com a finalidade de fomentar a reflexão e o debate criativo e motivador.
Mesa 2: D.O. Sul – Patrimônio, Cultura e Desenvolvimento Territorial
Coordenador:
Prof. Dr. João Fernando Igansi Nunes (Lattes)
Mediador:
Drndo. Alcides Gomes Neto (Lattes)
Painelistas:
Dr. Jaime Milan (CV)
Dr. Jorge Tonietto (Lattes)
Dra. Marilei Elisabete Piana Giordani (Lattes)
A Mesa Denominação de Origem – Patrimônio, Cultura e Desenvolvimento Territorial, dedica-se a tratar dos conceitos e práticas acerca do Patrimônio Alimentar enquanto dimensão de identidade e memória de uma determinada comunidade. Com a presença de representantes da APROVALE e EMBRAPA (Caxias do Sul) e IPHAE (Porto Alegre), a Mesa objetiva compartilhar experiências acerca dos impactos dos bens materiais e imateriais na promoção do desenvolvimento socioeconômico e cultural de uma região, considerando suas potencialidades e particularidades: benefícios humanos (saúde e bem estar), preservação de tradições e técnicas produtivas ancestrais, valorização da identidade cultural e a geração de renda a partir do turismo e da comercialização de produtos com Denominação de Origem (DO), contemplando as contribuições da Indicação Geográfica (IG).
Mesa 3: Cultura alimentar, Tradição e Inovação
Coordenadora:
Profª. Drª. Juliane Conceição Primon Serres (Lattes)
Painelistas:
Drª. Luciana de Castro Neves Costa (Lattes)
Drndo. Eduardo Mauch Palmeira (Lattes)
Drndo. Alcides Gomes Neto (Lattes)
Profº. Drndo. Wagner Halmenschlager (Lattes)
A mesa propõe a discussão de temas novos e tradicionais sobre a cultura alimentar, contemplando produção, circulação, consumo e patrimonialização de referenciais alimentares, a partir de pesquisas desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural – UFPel.
Mesa 4: Racionalidade Ambiental: Novos atores, novas paisagens, velhos conflitos da sustentabilidade
Coordenador:
Prof. Dr. Sidney Gonçalves Vieira (Lattes)
Painelistas:
Profª Drª Andrea Maio Ortigara (Lattes)
Profª Drª Giovana Mendes de Oliveira (Lattes)
Os problemas ambientais, a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade ambiental urbana. A emergência da discussão ambiental hoje frente às possibilidades tecnológicas. A racionalidade ambiental, uma questão de saúde para o planeta e para todos nós. Geografia das desigualdades socioeconômicas e determinantes da fome como um fenômeno político. Compreensão dos dilemas do abastecimento e da distribuição de alimentos no Brasil e questões relacionadas à agricultura familiar, comunidades tradicionais, memória e ancestralidade. Formas alternativas de produção e consumo de alimentos saudáveis em territórios sustentáveis.
Conferência de Encerramento
Patrimônio Imaterial e sistemas alimentares: saberes, sentidos e valorização.
Conferencista:
Deyvesson Israel Alves Gusmão
Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN.
Ementa:
Ao longo de seus 23 anos de existência, a Política de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial implementada pelo Iphan tem sido buscada e acessada por diversos grupos sociais interessados na valorização de saberes relacionados às suas dinâmicas alimentares. O contato entre os sentidos atribuídos pelos detentores aos seus saberes e os conceitos e instrumentos da política pública voltada ao patrimônio imaterial tem colaborado para o entendimento de sistemas alimentares específicos como fatores de compreensão desses saberes desde a perspectiva da noção de patrimônio cultural e, portanto, como elementos constituidores de identidades. Nesse sentido, é relevante evidenciarmos como a política pública tem contribuído para a salvaguarda dos saberes relacionados aos sistemas alimentares e quais possibilidades de garantias de direitos têm sido percebidas a partir da ampla divulgação, promoção e outras formas de salvaguarda de bens culturais relacionados ao chamado patrimônio alimentar.