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Trajetória

No início de 2008, pela Faculdade de Educação, em parceria com a Escola Superior de Educação Física, esboçamos um primeiro ensaio de um projeto, com características prioritárias de extensão denominado IRIS – Laboratório de Poéticas Visuais. Este projeto trazia consigo dois pressupostos que são a base do que caracteriza nossa atual concepção. O primeiro que acata o desafio de arriscar-se a construir uma cientificidade que se afirme de uma outra maneira, onde o critério de exatidão se encontre intimamente vinculado ao conceito de verdade e ao compromisso de ressignificar pelos caminhos da estética, o sujeito e a história. E outro pressuposto que é metodológico e que conceitua suas técnicas no território educativo da experimentação e do que já se configura como “tradicional” nas Ciências Humanas, ou seja, aliar pesquisa com intervenção.

O Iris, como laboratório priorizava em suas ações primeiras pelo território da extensão a linguagem poética e visual. Realizou nesta perspectiva uma primeira atividade a mostra fotográfica intitulada: O Pulsar do tempo: um espectral teatro de reflexos. Foi ao término dessa atividade, que o Laboratório foi assumindo outra identidade de transição, e adotou o nome de PULSAR, e passou a ser reconhecido assim como PULSAR – Laboratório de Poéticas Visuais Este grupo, coordenado pela professora Denise Bussoletti da Faculdade de Educação, reunia 15 alunos de diversos cursos da UFPel: Física, História, Matemática, e Letras e assumia a interdisciplinaridade também como perspectiva.

Durante o segundo semestre de 2008, o Laboratório PULSAR, em suas atividades de extensão aproximou suas atividades com do grupo de pesquisa dos  alunos do curso de especialização da Faculdade de Educação do Núcleo de Infância  e Cultura: imagem, poética e alteridade. No final de 2008, ambos os grupos (Laboratório e Núcleo) organizaram e preparam conjuntamente sua participação no “5º Foro Latinoamericano: Memoria e Identidad”, em Montevidéu no Uruguai, através de dois trabalhos específicos: a mostra fotográfica “O Pulsar do Tempo” e a oficina “Seis Infâncias”.

As tarefas e atividades desenvolvidas para a ida a Montevidéu, no começo de 2009, uniu definitivamente os dois grupos e formou o que passamos a chamar de NALS (Núcleo de Arte Linguagem e Subjetividade).  Como tarefa principal para o ano de 2009, decidimos realizar um encontro que traduzisse de alguma forma a experiência de aprendizado extraída do 5º Foro. O encontro, durante a escrita desse artigo, está sendo organizado e se realizará nos dias 10 e 11 de setembro de 2009 e intitula-se: Contadores de Histórias: catadores e contra-dores. Atualmente, além dos alunos dos cursos já mencionados, compõem o NALS, alunos da Música,  Artes,  Serviço Social,  Pedagogia e  Ciências Sociais.

Todas essas conformações, encontros e desencontros, metamorfoseando-se em diferentes nominações, possibilitaram experiências riquíssimas do ponto de vista do que objetivamos e reafirmamos como proposta do grupo, ou seja, hoje como grupo de ensino, pesquisa e extensão onde a experimentação artística, dá-se como condição de um fazer educativo pelos caminhos da diversidade, articulando ética, estética e criação. Pretendemos assim problematizar a busca de paradigmas que atualizem as abordagens da relação entre sujeito e conhecimento crítico na contemporaneidade.  A visibilidade pretendida é a que pode ser apreendida através das estéticas periféricas, onde acreditamos que novos sujeitos do discurso pela arte possam emergir como porta-vozes de sua cultura, contribuindo, dessa maneira, para a descentralização das diferentes formas de poder letrados, visuais e midiáticos e apontando para esse novo olhar periférico do mundo.


Alunos que compõem atualmente o NALS: Annanda Jablonski, Angelita Ribeiro, Francisco Maximila, Cléber Costa, Cristiano Pinheiro, Daiane Fernandes, Everton Lessa, Gilberto Carvalho, Lucia Carvalho, Rafael Barbosa, Renata Troca, Renel Prospere, Roberto Souza,  Miriam Romero, Vanessa Martins.