A cidade de Pelotas situa-se no Sul do Rio Grande do Sul, numa região de fronteira, disputada durante séculos pelas coroas ibérica e espanhola. A localização da área urbana de Pelotas, junto ao Canal São Gonçalo e a Lagoa dos Patos, impulsionou o crescimento da região, permitindo a ligação com o Oceano Atlântico. Ao longo desses cursos d’água, e dos arroios Pelotas e Santa Bárbara, foram implantados diversos estabelecimentos fabris destinados à salga da carne, denominados charqueadas. A manufatura do charque possibilitou o acúmulo de riquezas aos proprietários das charqueadas, que ergueram suas residências urbanas distantes do ambiente fabril. Os bens culturais representativos desse conjunto arquitetônico, testemunhos do ciclo econômico e cultural do charque, foram reconhecidos e tombados em âmbito federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2018.
Na mesma data, as Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Turuçu) também foram reconhecidas e inscritas pelo Iphan, no Livro de Registro dos Saberes.
Nesta direção, acreditamos que a cidade de Pelotas oferece um ambiente cultural de acolhimento para a realização do evento de modo presencial e, principalmente, um ambiente aberto para o compartilhamento de experiências na ampla área de conhecimento que abriga o Graphica sob a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa, inovação tecnológica e extensão.
Nas programações do congresso estão previstas visitas guiadas a esse conjunto de edificações relativas ao patrimônio cultural da cidade. Alguns desses bens pertencem à Universidade Federal de Pelotas e abrigam instituições culturais e museológicas, as quais em diversos momentos sediarão o encontro, como abertura, conferências e encerramento do congresso.
Ressalta-se a potência da cidade de Pelotas, reconhecida como polo universitário, para acolher uma edição do Graphica, consagrado evento de expressão nacional e internacional.
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