Mundo está desiludido com ordem norte-americana e embarcou em revisionismo, diz Foreign Affairs

O mundo jamais está satisfeito com a ordem ditada pelos Estados Unidos, acredita o ex-assessor de Segurança Nacional do primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, Shivshankar Menon, em artigo para a revista Foreign Affairs.

 

Menon sublinhou a tendência, de acordo com a qual muitos países passam a rever as condições políticas estabelecidas. Além disso, segundo ele, foi a desconfiança na hegemonia de Washington que gerou o revisionismo.

“Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA encabeçaram duas ordens: a keynesiana que não mostrou interesse algum em como os Estados gerem os seus assuntos internos no mundo bipolar da Guerra Fria, e, já depois da Guerra Fria, a ordem neoliberal no mundo unipolar, que ignora a soberania nacional e fronteiras onde for necessário. Ambas as ordens foram proclamadas como ‘abertas, baseadas nas regras e liberais’, manifestando os valores da democracia, do chamado mercado livre, de direitos humanos e da supremacia da lei. Na realidade, se baseavam na dominância e nos imperativos do poder militar, político e econômico dos EUA”, lembrou Menon.

EUA precisam conter iniciativa da China na América do Sul, diz general norte-americana

Nesta quinta-feira (2), a general norte-americana, Laura J. Richardson, chefe do Comando Sul do Exército dos Estados Unidos, afirmou que Washington precisa descobrir uma maneira de conter o avanço da Nova Rota da Seda na América do Sul.

 

A fala da militar ocorreu durante um painel virtual de debate do Instituto das Américas, salientando que a iniciativa chinesa causaria “insegurança e instabilidade” na região.
“[A Nova Rota da Seda da China] é absolutamente algo com o que temos que lidar e que precisamos conter. Temos que encontrar uma maneira de fazer isso ou a iniciativa continuará causando insegurança e instabilidade, não apenas na minha região, mas no planeta inteiro”, afirmou.
Segundo o governo chinês, a Nova Rota da Seda busca promover a cooperação internacional entre Pequim e mais de 60 de seus parceiros comerciais na Ásia, África e Europa. Em fevereiro, o governo da Argentina anunciou a adesão de Buenos Aires ao projeto no que deve render investimentos chineses de US$ 23,7 bilhões (cerca de R$ 113,7 bilhões) no país sul-americano.

EUA trabalham em alternativa à Nova Rota da Seda

Richardson ressaltou que o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA está trabalhando em projetos na América do Sul que possam oferecer uma alternativa aos projetos chineses de infraestrutura.

Segundo ela, a organização militar norte-americana está trabalhando com Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai em recursos para uma base de dados da bacia hidrográfica do rio da Prata. Além disso, no Chile, os militares dos EUA estariam oferecendo assistência em questões relacionadas à pesca ilegal, disse a general.
A chefe do Comando do Sul citou ainda que a mesma organização também presta algum tipo de assistência em Honduras, Equador, Peru, República Dominicana e Argentina.
https://br.sputniknews.com/20220602/eua-precisam-conter-iniciativa-da-china-na-america-do-sul-diz-general-norte-americana-22897326.html

Em uma década, Nova Rota da Seda da China já mobilizou quase US$ 932 bilhões

Afetada por sanções, Rússia não recebeu nenhuma cifra em investimentos ou financiamentos por parte da iniciativa chinesa no primeiro semestre deste ano.

 

O ambicioso projeto chinês de ampliar sua rede de comércio, investimento e influência pela Ásia, Europa e África, intitulado Belt and Road Initiative, também chamado de Nova Rota da Seda, chegou este ano à cifra de US$ 932 bilhões (cerca de R$ 4,6 trilhões). Os dados são de um relatório publicado em 24 de julho, pelo think tank Green Finance & Development Center, da Universidade de Fudan, em Xangai.
Dois pontos, em especial, chamam atenção no relatório. O primeiro é a redução dos investimentos e financiamentos em projetos de energia limpa. Os investimentos em iniciativas do setor, que abrange energia solar, eólica e hidrelétricas, caíram 22% no primeiro semestre deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Em contraponto, o relatório aponta que não houve investimento ou financiamento de projetos envolvendo o carvão como fonte de energia. Já os setores de petróleo e gás constituíram 80% dos investimentos chineses em outros países, e 66% dos contratos de construção firmados pelo governo chinês.
Outro ponto de destaque é a preferência da China por projetos firmados na Arábia Saudita, em detrimento da Rússia. No primeiro semestre deste ano, a cifra dos projetos firmados pela iniciativa, entre investimentos e financiamentos, ficou em US$ 28,4 bilhões (cerca de R$ 142 bilhões), uma ligeira queda em relação aos US$ 29,6 bilhões (cerca de R$ 148 bilhões), registrados no ano anterior. Deste total, a maior beneficiária foi a Arábia Saudita, com US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27,5 bilhões), seguida da República Democrática do Congo, com US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) e da Indonésia, com US$ 560 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões).
Já a Rússia, afetada por sanções ocidentais, não foi alvo de nenhum investimento ou financiamento por parte da iniciativa chinesa. Pequim, no entanto, continua apoiando politicamente Moscou e comprando gás e petróleo da Rússia.
https://br.sputniknews.com/20220802/em-uma-decada-nova-rota-da-seda-da-china-ja-mobilizou-quase-us-932-bilhoes-23961045.html

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Este miércoles 6 de abril en la ciudad de Buenos Aires, en la sede del sindicato de la Unión Obrera Metalúrgica (UOM)se inauguró el Instituto Jorge Abelardo Ramos. Continue lendo

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