Por Bruno P Nunes
Chamamos de multimorbidade a presença de dois ou mais problemas de saúde em uma mesma pessoa. Esses problemas incluem condições físicas, como problema no coração, diabetes e problema de visão, e de saúde mental, como a depressão. Estudos apontam que a multimorbidade está relacionada à idade e às condições socioeconômicas dos indivíduos, ou seja, pessoas idosas com piores condições econômicas e de vida tendem a ser os mais afetados. Nos últimos anos, pacientes com multimorbidade têm se tornado cada vez mais frequentes, o que se explica, em parte, pelo envelhecimento das populações. Segundo dados de pesquisas regionais e da Pesquisa Nacional de Saúde, de 2013, no Brasil, no mínimo, um a cada cinco adultos e metade dos idosos têm multimorbidade.
A multimorbidade pode levar à queda da qualidade de vida, ao maior risco de hospitalização, à incidência de problemas de saúde mental (como depressão e ansiedade), a uma dificuldade de encontrar o tratamento adequado para essas doenças e a um maior risco de morte. Cada condição exige orientações e cuidados diferenciados, mas que, ao mesmo tempo, sejam articulados entre si. A existência de múltiplas condições também impõe desafios para os profissionais da saúde, já que os modos tradicionais de tratamento, centrados em uma doença individual, podem não se aplicar em pessoas com multimorbidade.
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