Oficina Módulo IV

Oficina Módulo IV – 2024

Chiquinha Gonzaga

Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) começou seus estudos musicais em casa, no Rio de Janeiro, com o maestro Lobo, contratado por seu pai. Aos 11 anos, compôs sua primeira música, a “Canção dos Pastores”, para a festa de Natal. Aos 13 anos, foi obrigada a se casar com um oficial da marinha mercante, com quem teve três filhos. Aos 18 anos, separou-se do marido e viveu um novo relacionamento, do qual teve mais um filho.

Sua carreira profissional teve início como professora de piano e pianista no conjunto choro carioca, criado por seu amigo músico e compositor Joaquim Callado. O reconhecimento e o sucesso chegaram em 1877, quando estreou com o choro “Atraente”, música editada pelo pianista e compositor Artur Napoleão, com quem aprimorou seus estudos de piano. A partir de 1885, passou a musicar peças teatrais e a compor diversos gêneros musicais, como tango, lundu, polca, fado, habanera, choro, marcha, maxixe e modinha.

Um de seus maiores sucessos foi o tango “Gaúcho” (possivelmente o mais conhecido), lançado em 1897 na peça “Zizinha Maxixe”, de Machado Careca. Quatro anos depois, a música recebeu letra do mesmo autor teatral e passou a se chamar “Corta-Jaca”, sendo incluída na revista “Cá e Lá”. Foi encenada em Portugal e, a pedido de Nair de Tefé, esposa do presidente Hermes da Fonseca, foi executada em uma audição no Palácio do Catete

A pedido do Cordão da Rosa de Ouro, em 1899, compôs a primeira marcha carnavalesca, “Ó Abre Alas”, música que ainda é cantada em todo o Brasil nos dias atuais. Chiquinha Gonzaga foi a mulher que abriu caminho para a participação profissional feminina na música brasileira. Além disso, participou de campanhas republicanas e abolicionistas, sendo fundadora da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT) e precursora dos direitos autorais.

1° tema Sonhando (Chiquinha gonzaga) Choro-Habaneira

https://acervo.casadochoro.com.br/works/view/10432

2° tema Água de Vintém (Chiquinha Gonzaga) Tango Brasileiro

https://acervo.casadochoro.com.br/works/view/10665

Luciana Rabello

Luciana Maria Rabello Pinheiro, uma musicista cavaquinista, compositora e produtora, nasceu em 24/01/1961 em Petrópolis, RJ. Iniciou sua jornada musical aprendendo violão com seu avô materno e posteriormente estudou piano e teoria musical com a professora da escola clássica, Maria Alice Salles, sendo sua aluna por cinco anos.

Desde 1976 atua como cavaquinista profissional, fazendo parte do grupo Os Carioquinhas. Luciana é a fundadora da gravadora Acari Records, da Escola Portátil de Música e do Instituto Casa do Choro. Com mais de 30 anos de carreira, colaborou em discos e shows de renomados artistas da música brasileira, como João Nogueira, Paulinho da Viola, Raphael Rabello, Paulo César Pinheiro, Elizeth Cardoso, Chico Buarque e Radamés Gnattali.

Em 2000, lançou seu primeiro CD solo pela Acari Records. Além disso, ministra aulas de cavaquinho, samba Novo e apreciação musical na Escola Portátil de Música.

Velhos Chorões (Luciana Rabello e Paulo Cesar Pinheiro)

Melodia voz e instrumentos não transpositores

Letra da Música

Melodia da música para Instrumentos em Bb

Melodia da música para Sax Alto e Baritono Eb

Melodia da música para trombone

Tia Amélia

Amélia Brandão Nery nasceu em Pernambuco em 25 de maio de 1897 e faleceu em 18 de outubro de 1983.. Vinda de uma família de músicos – seu pai era clarinetista, violonista e regente da banda da cidade, enquanto sua mãe era pianista – ela começou a tocar piano aos seis anos, focando no repertório clássico. Aos 12 anos, compôs sua primeira música, a valsa “Gratidão”. Apesar de desejar seguir uma carreira artística, seu pai conservador não permitiu, preferindo que ela cantasse na igreja. Casou-se aos 17 anos por imposição paterna e foi impedida de seguir seu sonho, dedicando-se então a pesquisas folclóricas.

Após ficar viúva aos 25 anos, com três filhos, decidiu se tornar pianista profissional. Foi contratada pela Rádio Clube de Pernambuco, onde alcançou sucesso. Em 1929, mudou-se para o Rio de Janeiro e tocou no Teatro Lírico, sendo tão bem recebida que ficou conhecida como a “coqueluche dos cariocas”. O sucesso a levou a gravações e apresentações em diversas rádios. Em 1933, a convite do Itamaraty, realizou uma turnê pelas Américas com sua filha.

Retornando ao Brasil em 1939, excursionou pelo país com sua filha, a cantora Silene de Andrade. Após o casamento da filha, retirou-se do cenário musical e foi viver em Marília, SP, e posteriormente em Goiânia, GO. Lá, conheceu a cantora Carmélia Alves, que a incentivou a retornar à carreira artística. Voltou a se apresentar em programas de rádio, televisão e clubes, tocando suas próprias composições e de outros artistas. Seu programa de maior sucesso, “Velhas Estampas”, ficou no ar por 14 meses e resultou em um LP na Odeon com o mesmo nome. Seu último trabalho foi o disco “A Benção, Tia Amélia”, lançado pela gravadora Marcus Pereira em 1980.

Bordões ao Luar (Tia Amélia)

https://acervo.casadochoro.com.br/works/view/3764

Cuíca no Choro (Tia Amélia)

Carolina Cardoso de Menezes

Carolina recebeu suas primeiras aulas de piano de seus pais, Osvaldo Cardoso de Menezes e Dona Sinhá. Aos 13 anos, passou a estudar com Zaíra Braga, aprimorando-se depois com Gabriel de Almeida e Paulino Chaves. Também teve a oportunidade de ter aulas com Chiquinha Gonzaga.

Graduou-se no Instituto Nacional de Música em teoria musical e solfejo, continuando os estudos em harmonia com seu primo Newton Pádua.

Alcançou fama através do rádio, iniciando em 1930 e tocando como pianista em várias emissoras, como as rádios Tupi, Educadora e Mayrink Veiga. Nas rádios, acompanhava renomados cantores da época ou integrava formações instrumentais e orquestras. Lançou diversos discos solo – o primeiro em 1931, com composições de grandes artistas nacionais e suas próprias. Sua última gravação comercial foi em 1999.

Era especialista em choros e sambas, interpretando-os em arranjos considerados ousados e modernos para a época. Misturava vários ritmos, do foxtrot ao rock’n roll, continuando a se apresentar até o ano de sua morte. Próximo ao falecimento, expressou decepção por não ter sido convidada para participar da minissérie Chiquinha Gonzaga, da Rede Globo.

Dois Choros Cantados da Carolina Cardoso de Menezes

Palavra de Honra (Carolina Cardoso de Menezes e Armando Fernandes)

https://discografiabrasileira.com.br/fonograma/name:in/PALAVRA%20DE%20HONRA

https://acervo.casadochoro.com.br/works/view/5408

Suplicando (Carolina Cardoso de Menezes)

https://discografiabrasileira.com.br/fonograma/name:in/SUPLICANDO

https://acervo.casadochoro.com.br/works/view/5411

Choro Cantado

Homenagem a Velha Guarda (Sivuca)

Doce de Coco (Jacob do Bandolim)

Em uma breve pesquisa encontramos muitos outros choros cantados.

https://acervo.casadochoro.com.br/Works/index/page:24?title=&date_start=&date_end=&artistic_name=&arranger=&genre=can%C3%A7%C3%A3o

https://acervo.casadochoro.com.br/works/view/10007