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INICIATIVAS DA UFPEL

INICIATIVAS DA UFPEL – Unidades Acadêmicas e Administrativas:

ESTRUTURA E TRANSPORTE:
– Conversão de dois espaços da universidade em abrigos para pessoas e animais domésticos: ESEF (Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia) e CESC (Centro de Esportes, Saúde e Cultura) – Pessoas atendidas: 370;
– Abrigo de animais de grande porte (porcos, cavalos e cães errantes) na Fazenda Escola;
– Disponibilização da frota da Universidade (ônibus, caminhões, vans e carros) para resgate de pessoas, coleta de alimentos e assistência aos que precisam;
– Alimentação de prédios com 20 geradores da universidade;
– Manutenção predial preventiva e corretiva de dois abrigos/alojamentos.

VOLUNTARIADO DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA:
– Envolvimento de 350 pessoas (estudantes, professores, técnicos e terceirizados) na ação de acolhimento às vítimas;

– Um grupo de 18 servidores da UFPel coordena ações de gestão da informação no Projeto AbrigosRS (abrigosrs.org/pelotas). Trata-se de um projeto voluntário que tem o compromisso de servir como ferramenta de informação aberta, confiável e atualizada sobre os mais de 55 abrigos já mapeados na cidade de Pelotas. O projeto conta, hoje, com 160 voluntários, estudantes e servidores da Universidade Federal de Pelotas, que registram diariamente os dados de abrigados e as necessidades de cada abrigo.

– Participação da UFPel em mutirão de atendimento dos sistemas de justiça e de assistência social em abrigos de Pelotas. A proposta das Instituições organizadoras do Mutirão é de visitar todos os abrigos, levando documentos e cidadania às pessoas que estão desalojadas em decorrência das cheias que assolam o RS.

– O colegiado da graduação da Faculdade de Veterinária, aliado à direção da unidade, estão promovendo o evento chamado de ¨Tarde com SOLIDARIEVET¨, que consiste em palestras beneficentes sobre temas do mundo da Medicina Veterinária, voltadas a arrecadar fundos para adquirir insumos aos abrigos de animais da cidade de Pelotas. O evento ocorre sempre nas tardes de sábado por plataformas on line.

– O Grupo Direito Educação Vulnerabilidade (GDEV), com docentes na Faculdade de Direito e PPGD/UFPel, está divulgando informações oficiais de órgãos públicos a respeito do direito à educação em Pelotas e no RS, por meio do Instagram oficial do GDEV: @gdevgrupo.

– Membros do grupo de pesquisa de Nutrição no Autismo (Protocolo Nutricional ao Autismo – PANA), com docentes da Faculdade de Nutrição e do Programa de Pós-graduação em Nutrição e Alimentos, estão atuando de forma voluntária no abrigo municipal destinado à famílias atípicas. Nesta atividade, são realizadas atendimento às famílias para identificar necessidades alimentares específicas, rastreamento de risco nutricional a crianças e adolescentes atípicos, e orientação específica na cozinha para o preparo de alimentos frente a alguma particularidade.

– O Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial organizou o Projeto de Extensão “Mãos Solidárias: Acolhendo e Reconstruindo Pelotas” para canalizar as forças de cada um em prol de auxiliar a comunidade. A proposta tem por objetivo dar apoio aos abrigos e ao SAS – Serviço de Assistência Social (Rua Marechal Deodoro, 404), auxiliando na classificação e distribuição de doações para as vítimas das enchentes.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL:
– Atuação no comitê de crise da Prefeitura de Pelotas;

– As atividades realizadas em conjunto com a Sala de Situação do Comitê de Crise Municipal de Pelotas e o Comitê de Crise Regional resultaram de uma série de interações técnicas, com colaborações preconcebidas entre o município de Pelotas e outras entidades como a Defesa Civil Militar. O objetivo primordial dessas colaborações é o aprimoramento do conhecimento institucional nos municípios circunvizinhos, visando incentivar a gestão pública no desenvolvimento de soluções eficazes para avaliação de risco ao evento de inundação de maio de 2024, ampliando assim a capacidade de resposta a esse evento extremo. Essas relações têm sido cultivadas ao longo de mais de 10 anos através de ações pontuais. Durante as interações, os diversos membros deste grupo, vinculados ao grupo da UFPEL, empenham-se atualmente na identificação de monitoramento hidrológico, modelagem hidrológica, modelagem espacial (topografia), modelagem temporal de deslocamento de massas de água (modelagem hidráulica), previsões meteorológicas (vento/chuva), e na investigação de lacunas nos protocolos, bem como na identificação de áreas para melhorias nas ações da Defesa Civil Municipal nos municípios da Zona Sul, inclusive na avaliação da qualidade dos produtos disponibilizados. Essas iniciativas visam contribuir para uma resposta mais efetiva das Prefeituras e outras entidades, como, a Defesa Civil Militar, os Bombeiros, o Exército, a Polícia, a Marinha, a Polícia Federal, a Brigada Militar, a Polícia Civil, a Polícia Municipal, a PRF, o DAEP, e o Ministério Público. O grupo é composto por professores do Centro de Engenharias, Faculdade de Meteorologia, Centro de desenvolvimento tecnológico, Instituto de Física e Matemática e Instituto de Ciências Humanas.

– Implantação de sistema de monitoramento em tempo real em diversos pontos da Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Canal São Gonçalo;
– Força tarefa no atendimento dos animais domésticos em todos os abrigos. Envolvendo o atendimento veterinário nos locais e no hospital veterinário, incluindo o recolhimento e destinação de cadáveres;
– Resgate e reabilitação dos animais silvestres;
– Com uma equipe em campo, dividindo-se estrategicamente para atender múltiplos locais onde estão alojados os animais resgatados, a ação ganha ritmo nos abrigos monitorados pela Prefeitura de Pelotas. Em paralelo, colegas se mobilizam em diversos abrigos da cidade. As atividades seguem intensas no Hospital Veterinário, onde não apenas urgências são atendidas, mas também exames laboratoriais, de imagem e cirurgias são realizados com precisão e agilidade. A equipe não poupa esforços: os animais resgatados que não apresentam quadros graves recebem cuidados no próprio local de resgate, contando com o suporte de médicos veterinários, entre eles professores, técnicos, residentes, do curso de Medicina veterinária da UFPel. Nesse cenário de solidariedade e comprometimento, alunos do curso de Medicina veterinária, pós-graduandos e demais profissionais se engajam desde a triagem até o monitoramento clínico diário, dedicando-se tanto aos pets quanto aos equinos resgatados. A magnitude da operação é notável: mais de 300 cães e mais de 100 equinos são minuciosamente monitorados a cada dia, garantindo a qualidade dos cuidados prestados. Além dos abrigos sob a tutela da prefeitura, os professores do curso de Medicina Veterinária e os residentes ampliam sua atuação, prestando suporte técnico também em abrigos da iniciativa privada distribuídos pela cidade de Pelotas. A solidariedade não conhece limites quando se trata do bem-estar animal;

– A UFPel tem contribuído ativamente na previsão dos níveis de inundação do Canal São Gonçalo durante a crise climática no Rio Grande do Sul.Por meio da  utilização de modelos de medição e machine learning (uso de inteligência artificial) é possível previr o nível da água do São Gonçalo durante um certo período de tempo. Esses modelos, se baseiam em registros históricos e informações meteorológicas antecedentes, além da utilização de IA. As informações obtidas pelos modelos podem fornecer informações úteis e seguras para a tomada de decisões das autoridades públicas da cidade;

– Professores e alunos do curso de Fisioterapia da UFPel, em parceria com a Liga de Fisioterapia Hospitalar (LAFIH), participam de ações de prevenção de contágio de doenças virais respiratórias nos abrigos da ESEF e CESC. Folders explicativos, feitos pelos alunos, sobre prevenção e formas de contágio de doenças virais respiratórias, entre elas Covid-19, Gripe e Bronquiolite, são entregues semanalmente aos abrigados. Além disso, professores e alunos realizam busca ativa de possíveis indivíduos com sintomas gripais, que são encaminhados à equipe médica caso se confirme a doença.

– Mapa topográfico 3D da cidade de Pelotas: Um projeto interdisciplinar, organizado por professores e estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), desenvolve um modelo 3D do mapa topográfico da cidade para auxiliar as autoridades públicas no planejamento urbano e na mitigação das enchentes oriundas do Canal São Gonçalo e Lagoa dos Patos, em Pelotas. O mapa que deve abranger todo o território da cidade de Pelotas, constituído por um mosaico de 25 x 25 cm, na escala horizontal de 1:5000, e na vertical de 1: 3000, começou a ser montado junto à Sala de Situação, no Nono Batalhão de Infantaria Motorizado. Já abrangendo as áreas mais afetadas, ao longo do dique.

Início do projeto: O projeto, idealizado pela professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel (Faurb) e do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU), Adriane Borda, iniciou após a impressão de um mapa 3D do relevo do Rio Grande do Sul para ser utilizado nas escolas capacitadas a receber deficientes visuais. O mapa, que destaca o relevo do estado, permitindo a experiência tátil, facilita entender o porquê das águas dos rios da região central deságuam no Guaíba e por consequência na Lagoa dos Patos até chegar ao seu destino final, o Oceano Atlântico.

Com a emergência climática ocorrida no Rio Grande do Sul no final do mês de abril, cidades inteiras foram devastadas pelas águas. Inevitavelmente, essas águas chegaram também à Lagoa dos Patos, forçando diversos moradores a deixarem suas casas devido as inundações.

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo está situada no limite da área de risco de alagamento, e por isto foi necessário a movimentação emergencial de todos os equipamentos possíveis de um laboratório de fabricação digital para o segundo andar da faculdade. Deve-se destacar que este laboratório foi ampliado, com recursos federais, a partir do envolvimento do GEGRADI com a produção de EPIs (equipamentos de proteção individual) para o enfrentamento da Pandemia COVID19. Frente à crise atual, no último minuto de interditar o acesso à FAURB, a partir da ideia do Projeto de produção de recursos didáticos, as impressoras 3D foram novamente movimentadas e distribuídas nas residências de membros do grupo para estabelecer uma rede entre professores, estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais e ex-bolsistas do grupo, para enfrentar o desafio desta produção. Isto ocorre independentemente do estado de greve declarado pela ADUFPEL, que muitos destes membros estão aderindo, no sentido de uma ação cidadã e na expectativa de contribuir desde os lugares de conhecimento de cada um.

Para compreender um melhor cenário da região de Pelotas, criou-se pelas autoridades a Sala de Situação, no Nono Batalhão de Infantaria motorizado, que reúne diariamente autoridades públicas da Prefeitura de Pelotas, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, meteorologistas, matemáticos, engenheiros ambientais, hídricos e cartógrafos, entre outras especialidades e serviços, para debater sobre as ações referentes a contenção das águas que avançam sobre a cidade.

Desenvolvimento do mapa: O processo de desenvolvimento do mapa da cidade de Pelotas envolveu vinte e cinco pessoas, para abarcar as diferentes etapas de processamento e edição de informação digital tridimensional para chegar à execução dos modelos físicos que compõem o mosaico de peças produzidas por sete impressoras 3D da UFPel e mais uma de propriedade de um estudante. O desenvolvimento do mapa contou com o acesso a um levantamento planialtimétrico da cidade produzido em diferentes momentos e por diversas tecnologias, dificultando a compatibilização para sua tradução em um formato passível de realizar o jogo de encaixe. Este foi o maior desafio para o GEGRADI. pois o grupo estava acostumado na modelagem de elementos arquitetônicos com geometrias complexas dirigidos à produção de recursos assistivos para a experiência tátil dirigida a pessoas com deficiência visual, no âmbito do Projeto MODELA Pelotas (representações relativas ao patrimônio cultural para apoiar ações extensionistas no campo da educação patrimonial).  A Profa. Adriane, conta que, apesar do esforço da equipe, “foi desafiador passar da escala do elemento arquitetônico para a escala da cidade”, o que envolveu a apropriação de outras tecnologias digitais em um tempo muito curto de aprendizado, dada a emergência da demanda, exigindo um esforço quase contínuo para alinhar a produção durante uma semana até conseguir que as impressoras pudessem começar a produzir os blocos que originaram o mapa”.

Utilização e benefícios: Mesmo com as dificuldades, tendo em conta que cada peça pode levar até 12 horas somente para ser impressa, fora o tempo de investimento da modelagem em si que todavia ainda não foi compreendido por ser uma inovação e depender dos estágios de apropriação das ferramentas por cada membro do grupo.

Além da utilização do mapa pelas autoridades públicas na Sala de Situação, tem todo o potencial para apoiar a educação ambiental nos diferentes níveis de ensino, inclusive para ser distribuído como recurso didático em escolas. Esta ação de produção do modelo já efetiva um passo importante para a UFPel e a Faurb, integrando as diferentes áreas do conhecimento.

MODELOS FÍSICOS EM ESCALA REGIONAL E URBANA DA CIDADE DE PELOTAS: Ação extensionista de apoio à compreensão e gerenciamento do estado de emergência climática: produção por fabricação digital.

EQUIPE GEGRADI/PROGRAU/FAURB/UFPEL

COORDENAÇÃO GERAL Profa. Dra. Adriane Borda Almeida da Silva / PROGRAU

PRODUÇÃO DE MODELOS DE SUPERFÍCIE E SÓLIDOS Msc Edemar Xavier Jr / PROGRAU

CONTROLE DE SOBREPOSIÇÃO E RECORTE Designer de Animação Mauricio Montone, Msc Edemar Xavier Jr / PROGRAU

AJUSTES PARA A ESCALA DA MESA DE IMPRESSÃO Rafael Eslabão / Acadêmico de Eng. Eletrônica/UFPel

OTIMIZAÇÃO DOS MODELOS DE  SUPERFÍCIE (2D) Arq. Cláudia Freitas / Mestranda PROGRAU, Arq. Samanta Quevedo da Silva / Mestranda PROGRAU

FECHAMENTO DOS MODELOS DE SUPERFÍCIE (3D) Arq. Karine Braga / Mestranda PROGRAU, Arq. Samanta Quevedo da Silva / Mestranda PROGRAU, Aline Ferreira / Acadêmica de Arquitetura/ UFPel

AJUSTES DE ESCALA (x,y 1:5000; z 1:3000) Rafael Eslabão / Acadêmico de Eng. Eletrônica/UFPel

IMPRESSÃO 3D Profa. Dra. Luísa Félix Dalla Vecchia/ PROGRAU, Profa. Dra. Tássia Vasconselos / FAURB, Rafael Eslabão / Acadêmico de Eng. Eletrônica/UFPel, Luiz Mombelli / Acadêmico de Arquitetura/ UFPel, Adriel Matielo / Acadêmico de Eng. Computação/ UFPEL

COLABORADORES Prof. Msc. Arq. Otávio Peres / doutorando, Arq. Otávio Viana / Mestrando PROGRAU, Profa. Dra. Diuliana Leandro/ PPGCAmb/ UFPel

Disponibilização dos dados planialtimétricos (Coordenação Profa Diuliana): Andréa Castro de Souza, Diovana da Silva Guterres, Diuliana Leandro, Larissa Aldrigh, Melory Araújo, Vanessa Faria de Oliveira, Everton Zirbes, Rodrigo Machado Bartell, Isabella Silva Viana

COLETA E DISTRIBUIÇÃO DE DOAÇÕES E REFEIÇÕES:
– Mediação entre os movimentos sociais e os órgãos do poder público (Prefeitura e Defesa Civil), principalmente na coleta e distribuição de alimentos para os movimentos sociais;
– Estabelecimento de pontos de arrecadação de doações na Instituição;
– Doação de 100mil marmitas para os locais que estão produzindo refeições para os desabrigados.